capítulo 13

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Nat

Passamos 4 dias naquele lugar.

Loian começou a encher o saco depois de algumas horas. Como quando eu e Wanda acordamos juntas. Tipo, literalmente juntas. Eu estava com a cabeça apoiada em seu ombro e ela estava me abraçando. Já teria sido extremamente constrangedor sem o filho da puta dizer:

— Parece que o casalzinho finalmente acordou, não é?

Ou quando eu e Wanda começamos a nos entediar, isso já fazendo mais de 2 dias, e começamos a jogar o jogo da velha num caderno que ela tinha trazido pra anotações, e ele começou a implicar dizendo:

— Aí, morena, corta ela na lateral aí debaixo.

— Isso! – dissera Wanda, me impedindo de ganhar. Eu lancei um dedo do meio pra ele, mas sorri pra ela.

A Wanda fica estranhamente linda quanto tá feliz, e não faço ideia do porquê reparei nisso. Na verdade, não faço ideia do porquê eu senti o que senti nas horas que passamos juntas, principalmente com Loian implicando tanto.

E teve uma outra vez que ele estava com a camisa enfiada na boca (Wanda já aceitara que precisaria jogar a peça fora) e eu ela estávamos conversando sobre o que faríamos depois da escola.

— Eu pretendo continuar com os Vingadores – ela dissera. – Sabe, levar isso pra frente. Ser heroína de verdade.

— Você tem talento, e alguém tem que cuidar dos meninos.

"Eu acho que quero ter uma vida dupla. Sabe, uma vida normal onde tenho uma família e alguma agência de super heróis onde eu possa continuar sendo espiã."

— Você quer ter família? Tipo... marido e filhos?

— Você parece surpresa.

— Bem, é. Poucas pessoas imaginariam isso de você.

— Eu sei. De qualquer forma, terei que adotar. Sabe, longa história, mas não posso ter filhos.

Ouvimos ele cuspir a camisa e dizer, ofegante:

— Se vocês criarem uma família, aí não importa se você pode ou não ter filhos.

Ela pegou a camisa com seus poderes e pôs em sua boca novamente, estando tão vermelha quanto a cor do poder.

Sabe, eu percebi depois de poucas horas que ela gostava de mim. Era meio óbvio, qualquer um iria perceber. Mas a parada é que... eu não seu o que sentir sobre isso.

Não estou incomodada, nem um pouco. Na verdade, isso parece até bom... Eu não sei o que pensar, depois de dias sozinha com ela e um cara que ficava falando da gente como casal a cada oportunidade que tinha, eu realmente não sei o que eu estava sentindo.

Depois daquele "sótão", por assim dizer, nós fomos descansar um pouco na escola. Já tínhamos pegado informações o suficiente para investigações feitas no conforto do nosso dormitório. Então em vez de realmente pararmos e termos um dia de paz, fomos até o seu dormitório e começamos a formular teorias.

Yelena ficaria com Kate no dia seguinte, e naquele dia eu e Wanda não tivemos tempo de fazer nada além de conversar sobre as teorias. Então eu não poderia falar com elas antes de continuarmos a missão.

Ao fim do dia, ela já estava bocejando, o que eu achei realmente muito fofo. Antes eu só estava zoando, mas agora era realmente muito fofo. Por um segundo, eu me distrai pensando nela bocejando e só voltei à realidade quando ela disse:

— Nat? Cê tá prestação atenção?

— Oi? Ah! – eu senti meu rosto esquentar e desviei o olhar pro chão. – Ãhn, é melhor pararmos por hoje. Você já tá ficando com sono.

— Não, eu aguento!

— Não aguenta, não. – Digo com uma risada. – Vou indo, boa noite.

Mas antes que eu pudesse sair, ela agarrou meu braço e eu me virei antes dela falar:

— Nat, só queria dizer que hoje foi legal.

Caralho, por que ela é tão linda?

— Ãhn, acho que sim.

— Boa noite, Nat.

— Boa noite, Wanda.

Eu saí quase correndo para fora do quarto e fui até o meu dormitório, Yelena já estava dormindo.

Podia ser só os sintomas de noites mal dormidas, mas o calor do meu peito aumentava a cada segundo que eu pensava em Wanda. E um pensamento surgiu na minha mente e nunca mais saiu: e se eu estivesse gostando dela?

a espiã e a vingadora- wantasha Onde histórias criam vida. Descubra agora