Mary Laurent, Diana Barry, Ruby Gillis, Jane Andrews e Tillie Boulter estavam reunidas no quarto de Anne.
As garotas estavam todas sentadas no chão em círculo enquanto brincavam com uma pena, estavam soprando a pena uma para a outra sem deixar que ela caísse.
— Ruby é sério. Deveríamos estar estudando os lábios uma da outra. - Anne disse, o assunto surgiu do nada, Ruby, com vergonha, tentou mudar o assunto mas Anne insistiu. - Os seus são delicados e convidativos.
— É mesmo? - Perguntou Ruby, feliz.
— Os da Tillie são macios até para os olhos. - Tillie ficou envergonhada. - e os da Jane tem formato de um botão que está começando a florescer. Os de Diana tem um suavidade que rivaliza com a própria seda, e os de Mary são uma promessa de calor e conforto, como um abraço acolhedor em um dia frio de outono, com um contorno delicado como se cada curva fosse meticulosamente esculpida pela mão de um artista celestial. Os meus são horríveis, são como lagartas gordas que vivem em um velho salgueiro.
— Parecem um pouco inchados. - comentou Jane.
— E a culpa é minha, eu tenho uma mania péssima de morder o lábio inferior enquanto penso, o problema é que eu tô sempre pensando, é desagradável olhar?
— Eu não acho nada disso, para mim seus lábios são como uma explosão de vivacidade e expressão. É simplesmente magnífica a curva graciosa que se forma quando sorri, ouso até compará-la a um arco-íris após uma chuva intensa, radiante e cheio de cores. Seus lábios são portadores das histórias mais mágicas e cheias de vida, capazes de dançar poeticamente enquanto articulam suas ideias fervilhantes e aspirações encantadoras. Ah Anne, são em seus lábios, que reside o ímpeto apaixonado que a impulsiona na busca por aventuras e pela beleza inexplorada da vida! - Disse Mary.
Anne, ao ouvir tal descrição de seus lábios, provavelmente expressaria uma combinação de surpresa e deleite. Sua personalidade vibrante e imaginativa poderia levá-la a responder de maneira poética e graciosa.
— Oh, que encantadora e poética descrição! Quem diria que meus lábios eram como um arco-íris após a chuva? Imagino que, se fossem realmente tão expressivos, seriam como pequenos contadores de histórias, prontos para narrar cada aventura e sonho que minha mente fervilhante concebe. Agradeço por ver tanta vida e promessa em algo tão simples como meus próprios lábios Mary!
— São perfeitamente rosas e volumosos. - comentou Diana com um sorriso acolhedor.
Anne sorriu agradecida pela descrição graciosa de ambas.
— Vocês acham que a Prissy e o Sr. Phillips se beijaram? - perguntou Ruby mudando de assunto e fazendo todas rirem junto a ela.
— Ainda não. - Respondeu Jane aos risos, apenas ela conhecia os segredo do romance da irmã.- Mas, será em breve eu acho, a Prissy está estudando para os exames de admissão da Queens e às vezes o Sr. Phillips passa lá em casa para dar uma aulas extras.
As garotas não conseguiram conter o riso quando Jane terminou de falar, o quarto de Anne explodiu em risadas altas e duradouras.
— Mas a Prissy é só dois anos mais velha que a gente. - Comentou Tillie.
— Eu pretendo namorado oficial quando estiver com 15 anos, espero que o Gilbert tenha voltado até lá. - Respondeu Ruby.
— Você só pensa em namorados, Ruby. - disse Anne rindo.
— E qual é o problema com isso? - a garota perguntou.
— Eu nunca vi um beijo de verdade antes, os meus pais não fazem esse tipo de coisa. - Disse Tillie.
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𝐼 𝐿𝑜𝑣𝑒 𝑇ℎ𝑎𝑡 𝐺𝑢𝑦 - 𝐺𝑖𝑙𝑏𝑒𝑟𝑡 𝐵𝑙𝑦𝑡ℎ𝑒
Roman d'amourMary Laurent, é uma garota doce e educada acostumada com a riqueza e o luxo que é morar em uma cidade grande, com uma família rica. Mas isso muda assim que sua mãe descobre sobre a traição de seu pai. Envergonhada e com muita raiva, sua mãe, Lil...