Noite

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O quarto está só iluminado pelo brilho da lua. E a brisa que entra pela janela aberta, faz as cortinas balançar, traz da rua o cheiro das flores do jardim.
Eu sei que não devia estar aqui, este não é o meu lugar. Mas algo me fez vir aqui, uma força que não sei de onde vêm.

-Eu sabias que no final irias aparecer, minha ratinha!- a sua voz faz com que os pelos dos meus braços fiquem em pé.

-Vem! Vem aqui minha ratinha! Vem ..- ergue o seu braço na minha direção. E eu vou, porque eu quero e porque ele está a mandar.

- Linda menina! Não te podes esconder de mim. Sabes que eu sei sempre por onde andas, ratinha! - os seus dedos fazem carícias na mesma face.
E apesar de ele estar sentado numa poltrona, ainda assim a nossa diferença de altura faz com que ele esteja no mesmo nível do que eu. E seja fácil eu olhar nos seus olhos e sentir o seu hálito no meu rosto.
Quando ele me toca é tão bom, há muito tempo que eu não sentia o seu carinho e é tão bom como quando éramos crianças e brincávamos às princesas e aos castelos.

-Sabes o que fazer, foi para isso que vieste aqui, certo?

Não lhe respondo, só me ajoelho à sua frente entre as suas pernas, assim como vi a Raquel.

-Linda menina!- ele fala enquanto abre os botões das calças e abaixa o fecho.

- Eu nunca fiz isto!- digo por fim. Mas a minha voz está estranha como se viesse de dentro da mesa cabeça e não da minha boca.

- Não acredito! Mas não importa. Vamos tu sabes que queres fazer! Eu sei que estavas atrás da porta e me viste com a Raquel e eu sei que querias estar no seu lugar!

Os meus joelhos se dobram, eu sinto o chão duro a beliscar-me a pele. Mas não me incomoda.
Olho nos olhos dele, e vejo o mesmo fogo que vi quando ele estava com a amiga, a mesma tensão no maxilar e eu desejo ver a mesma expressão de prazer. Mas desta fez eu quero ser a causa.

Toco o seu membro, a sua maciez me admira como pode ser algo parecer tão duro e forte e ao mesmo tempo tão suave ao toque. Percorro com a ponta do dedo as veias salientes da base até à ponta que neste momento está vermelha e sensível
Sinto-a molhada e essa umidade só aumenta á medida que eu continuo a minha exploração.

Começo a ouvir os gemidos que saem da boca dele, o que me dá coragem para continuar.
Olho para cima e encontro os seus olhos sobre mim.
Abaixo a cabeça, abro a boca e faço-o deslizar por entre os meus lábios. Mesmo a tempo de capturar a pequena pérola branca que se formou na sua ponta.
O sabor é ligeiramente salgado mas não é mau.
Sinto a mão sobre a minha cabeça

- Linda menina! Eu sabia que serias a melhor, continua. - sussurra por entre gemidos.

- Isso deixa-o bem molhado! Que boquinha mais gostosa! - os suas palavras são como fogo. O meu corpo todo formiga. Os meus seios ficam pesados e sensíveis. Sinto a minha calcinha a ficar húmida e o meu centro a palpitar.
Nunca me senti assim
Como se tivesse prestes a entrar em ebulição

- Mais fundo...isso...mais rápido
...isso! - fala mais alto. E eu só quero continuar porque também estou a gostar. Eu sou a causa deste gemidos, eu sou a razão do seu descontrole.

De repente, sinto o seu corpo ficar rígido e o aperto da minha cabeça mais forte, não ao ponto de magoar.
Sinto um jato quente e engolo sem pensar.

Quando levanto a cabeça. Ele deslizou o polegar pelos meus lábios como se limpasse algum vestígios.

- Tal mãe, tal filha! És uma puta igual à tua mãe! Mas diferente do meu pai, eu aceito aquilo que me oferecem! Eu vou foder-te até ter a certeza que mais nenhum outro vai te querer. Vou foder-te até ao meu cheiro ficar impresso na tua pele e o meu gosto da tua boca.
Porque tu és MINHA, a minha putinha, a minha ratinha!

Acordo de repente e me sento na cama. Aquilo foi um sonho, um sonho muito real.
Passo as mãos pelo meu cabelo e sinto-o húmido assim como o resto do meu rosto.
Tenho o coração a bater a 100 á hora e as pernas a tremer.

- Foi só um sonho! Só um sonho!- repito

Giro as pernas para fora da cama e procuro os meus chinelos. É melhor ir beber um pouco de água frescas.

Vou à cozinha e tiro da geladeira a garrafa de vidro que contém água. Encho um copo e bebo.
A água fresca ajuda a acalmar o meu coração assim como o calor do meu corpo.
Quando, distraidamente, olho pela janela da cozinha, a mesma que dá para o pátio onde fica a piscina e para onde dão algumas janelas dos quartos. Vejo a silhueta dele, recortada pela luz do seu quarto, ele me olha através do vidro e todo o sonho volta à minha cabeça.

Filha Da OutraOnde histórias criam vida. Descubra agora