Capítulo 6

27 2 1
                                    

Elisabeth

Pelo grande deus vampiro, ela pensou quando a realidade se abateu nela, estava totalmente dominada nos braços do boçal, totalmente embreagada pelo cheiro dele, pelo gosto dele, pelo seu toque forte e selvagem e seu calor, mas lembrou que ele já tinha feito isso antes, ele já tinha mostrado interesse sexual nela da outra vez, isso fez a despertar um pouco, ela empurra ele mordendo sua boca, e pra sua infelicidade sente o gosto do sangue dele, isso a apaga novamente, e o agarra enfiando as mãos nos seus cabelos e puxando, mas não importava o pensamento dentro dela se acomulava e mesmo perdida e entorpecida se afastou dele.

Tentou se defender e quebrou tudo que podia encima dele, só para no final lhe dar um tapa na cara e fugir, não sabia onde ir então correu para o jardim ofegante, quando viu um lugar mais escondido desmoronou ali, estava com raiva e seus olhos encheram de lágrimas, como ele podia ficar enfeitiçada pelo cheiro dele? Aquele vampiro maldito a tinha lhe desprezado, viu sua desgraça e não fez nada, ele simplesmente a deixou ser espancada pelo seu pai, só para depois sentir vontade de se aproveitar dela assim que a viu na boate e agora quando ela era uma serva ele o fez, sua mente se enche de imagens de Joseph, em como ele também mentiu para ela e a usou se aproveitando dela, usando seus sentimentos para ter proveito, Gião não era diferente disso, no momento em viu que ela tinha interesse nele usou isso para tirar vantagem dela.

Se encostou na parede chorando agora mais copiosamente, ela tinha fugido naquele mundo em que era só uma boneca, para aplacar os desejos, seja do seu pai por poder ou Joseph por ganância, no entanto onde isso a levou ? Agora não passava novamente de uma boneca para aplacar a luxúria de Giao, odiou isso, essa ideia doía muito no seu peito, passo a mão na boca limpando a mesma na esperança de conseguir tirar o gosto dele, mas não tinha jeito, o cheiro dele também estava nela e odiava como gostava disso, começou a se esfregar freneticamente, viu sua pele ficar vermelha e depois voltar ao normal só para ficar vermelha novamente.

O destino sempre seria cruel assim com ela? Ela nunca seria nada além de algo usável? Qual era a utilidade dela nesse mundo? Ela pensou que finalmente estaria bem, mas estava enganada, como ela pode baixar a guerda assim? Ela sabia onde isso a levaria, parece que não aprendeu a lição, Joseph já tinha sido erro o suficiente, já tinha sofrido o suficiente por uma loucura momentânea, dessa vez não precisava ver o mesmo morrer, mas aí acabar sendo usada como antes, a idéia fez seu estômago embrulhar, ela respira fundo fechando os olhos, tudo que ele precisava fazer era se controlar, não podia se deixar levar, sabia que seus desejos eram traiçoeiros, tinha que ser racional e manter aquele maldito boçal longe, mesmo que estivesse enlouquecida pelo seu cheiro, não podia permitir ser usada novamente.

Ela faria o impossível para isso é não se importava, ela o espancaria se fosse necessário, me levanto aos poucos, tomando ar, ficar em pânico não ia adiantar nada, o jeito era se tornar uma fortaleza indestrutível e quando ele se aproximar atacar e repelir, respiro mais um pouco e caminho devagar para casa, chegando lá, eu tiro as roupas lavando elas, e entro no chuveiro bem quente, fecho os olhos aproveitando o calor, as lembranças vem como um soco na minha cara, sinto meu corpo que estava dormindo a quase um século e meio acordar, tudo em mim lembra o toque dele , o calor de seu corpo, como suas mãos grandes me apertaram e como o gosto dele e do seu sangue era bom, sinto minhas presas se alongarem, e meu interior pulsar de desejo e me repreendo .

Fico no banho por muito tempo, saio colocando minha combinação, quando vou para sala desanimada Nahr está lá, ele me olha preocupado e só agora lembro que íamos sair.

__ Você está bem Elisabeth?
__ Sim... Quer dizer me desculpa eu esqueci que íamos sair.
__ Está tudo bem, eu achei estranho você não ter ido me encontrar e vim te ver a porta estava aberta.

Nahr se aproxima dela e coloca a mão no seu ombro, ela se sente acolhida e o abraça, sentindo o cheiro de pinheiro dele a confortando, escuta ele rir .

__ Você parece minha irmã caçula sabia, acho que vou te considerar assim posso?
__ Sim, abrigada.
__ Elisabeth, pode contar comigo, eu sei que a vida de nobre, principalmente fêmea não é fácil, nem todo mundo tem sorte de ter uma boa família, mas olha estou aqui pra te ajudar.

Ele fala isso segurando meu rosto e vejo carinho nos seus olhos, não havia qualquer interesse romântico ali, apesar dos seus olhares mais cedo, Nahr parecia entender a situação e separar as coisas, no momento era como ele falou, um carinho fraternal, ela o abraça de novo e chora silenciosamente.

__ Tá tudo bem, Lize não precisa ficar assim.
__ Lize ?
__ Sim, e seu apelido agora, olha para mim, sei que te conheço faz pouco tempo, mas gosto de você como minha irmã, então pode ficar tranquila que vou te ajudar ok.

Ela finalmente se acalma e Nahr a solta a olhando.

__ O que aconteceu ?
__ Não sei dizer ao certo, mas me sinto sufocada e enlouquecida.
__ Isso não é tão grave, Lize todos nós passamos por isso.
__ Passam ?
__ Somos imortais as vezes o peso das memórias são muito grandes nossos traumas também, mas pode superar, existe meios para isso, que tal fazer terapia ajuda muito.

Elisabeth o olha pensando como nunca pensou sobre isso, era um alternativa ótima e talvez só talvez conseguisse levar sua vida, e quem sabe.... Se assustou com o pensamento ela tinha pensado em Giao, mas sabia que ele só estava realmente tirando vantagem dela, maldita hora que ela sentiu seu cheiro maldita hora que ainda estava desejando mais, maldita hora que ela o desejava.

Deseja-me Onde histórias criam vida. Descubra agora