C: 5 - OS SELVAGENS DE VAARMA.

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3610 palavras.

O RITMO DO GALOPE cessou, mergulhando o ambiente em um silêncio que suscitava desconfiança nele

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O RITMO DO GALOPE cessou, mergulhando o ambiente em um silêncio que suscitava desconfiança nele. A mulher, encontrada na floresta, por Brant, descansava em seu peito. Ele olhava para ela, ponderando sobre acordá-la ou deixá-la dormir. Ele a considerou muito bonita, estava fascinado pelos cabelos negros como a noite e a pele pálida que se maculava com pequenos arranhões que a jovem deveria ter conseguido na floresta.

Quem ela deve ser e o que estava fazendo no meio do nada? Diante da questão inquietante sobre o que uma mulher tão encantadora fazia no coração da floresta, prosseguiu em seu galope, alcançando finalmente o vilarejo. À medida que se aproximava, moradores curiosos emergiram de suas casas feitas de capim e madeira, prontos para testemunhar o retorno de Brant e principalmente, indagar quem era a mulher que ele trazia consigo.

O vilarejo repousava junto à costa de árvores, um lugar imaculado onde casas se alçavam, e um pequeno leito de rio serpenteava pela aldeia. Mulheres lavavam suas roupas à beira do rio, enquanto crianças brincavam alegremente. Quando o cavalo de Brant emergiu entre as árvores, uma mulher saiu apressada de sua casa, acenando entusiasmadamente.

— Finalmente retornou, meu amado filho, — proferiu uma aldeã com um sorriso nos lábios, enquanto Brant desmontava do cavalo. — senti tanto a sua falta.

Ao tocar finalmente o solo, Brant cuidadosamente desmontou a mulher do cavalo, carregando-a nos braços até adentrar a morada de capim. Cruzou o limiar da porta e a deitou sobre peles de lobo e urso, em uma cama improvisada no chão.

— Quem é essa menina, Brant? — Se pelo menos eu soubesse.

— Encontrei-a na floresta, estava sendo perseguida por um homem.

— Pobrezinha. — lamentou a mulher, de estatura baixa, cabelos dourados, olhos pequenos e um nariz que parecia grande demais para seu rosto. Apesar disso, era incrivelmente gentil e carinhosa com seu filho, mesmo que ele não tivesse nascido de seu ventre.

Sinni era seu nome, filha de uma selvagem com um homem abastado das Terras Altas, ela nunca o conhecera e muito menos se importava com isso. Viveu sua vida inteira em Vaarma e casou-se com um aldeão, mas seu casamento foi infrutífero, já que depois de muitas tentativas, não conseguiu ter um filho. Houve uma vez, em que estavam caçando e ouviram que na Floresta Sombria, ao sul, era um lugar tranquilo e propício para caça, além de que poderiam facilmente encontrar algum rico desavisado e roubar suas jóias. Quando Sinni partiu com seu bando, encontrou uma criança perdida e assim que viu o pobre menino chorar, não pensou duas vezes em levá-lo para casa e cuidar dele como se fosse seu.

Brant havia sido levado pela própria mãe para a Floresta Sombria, ela o deixara sentado sobre as raízes de uma árvore alta e antes de partir, arrancou o pingente de rubi de seu pescoço e entregou ao menino "jamais tire isso, somente assim te encontrarei", foram as palavras dela, antes de beijar a testa do garoto e sumir na escuridão. Brant tinha cinco anos quando isso aconteceu e a única coisa que ele lembrava da mãe — além do colar —, eram os olhos púrpura.

𝐈𝐍𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑Á𝐕𝐄𝐈𝐒: 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖𝒆 𝒆 𝑷𝒓𝒂𝒕𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora