C: 12 - O LOBO, O CORVO E A COROA.

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2288 palavras.

O VENTO GÉLIDO serpenteava pelos corredores do castelo, agitando as cortinas alvas e enviando arrepios pela espinha de Brianna enquanto ela avançava

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O VENTO GÉLIDO serpenteava pelos corredores do castelo, agitando as cortinas alvas e enviando arrepios pela espinha de Brianna enquanto ela avançava. Seus cabelos negros dançavam ao sabor da brisa fria, como sombras inquietas em meio à penumbra do corredor. Com um breve impulso, Brianna abriu a porta do seu aposento, deixando-a balançar suavemente enquanto adentrava o quarto. Uma onda de calor acolhedor a envolveu, trazendo-lhe alívio imediato do frio cortante. Ao fechar a porta com um suspiro de alívio, seus olhos se fixaram na figura inesperada que repousava em sua cama.

— Dias gélidos se aproximam — disse o garoto, seu tom carregado de uma premonição sombria.

— Tenho certeza de que há uma princesa esperando ser cortejada — respondeu Brianna, enquanto caminhava em direção ao garoto Magnus e se acomodava em uma cadeira de madeira, mantendo seus olhos fixos nele.

— Ah, sim, estou cortejando. Achei que ela apreciaria um momento de solidão — ele comentou, esticando-se preguiçosamente na cama e dirigindo seu olhar profundo para a dama.

— E o que o trouxe até aqui? Estou certa de que tem um aposento muito mais luxuoso que este à sua disposição.

— Preciso de suas previsões — afirmou o rapaz, sentando-se na cama e fitando-a com intensidade.

— Previsões? — pensei que não acreditasse, ela pensou enquanto arqueava uma das sobrancelhas. — Lembro-me das diversas vezes em que o ouvi caçoar.

Dorian se ergueu da cama com determinação, suas vestes negras adornadas com detalhes em azul reluzindo à luz do quarto. Sua voz carregava uma mistura de ambição e ressentimento enquanto ele expressava seus desejos de restaurar a honra de sua linhagem.

— O destino está prestes a me coroar como rei, para que eu possa finalmente realizar o maior feito para mim e meu pai, ambos injustamente banidos pelo reinado daquele rei bêbado e frouxo.  — ele começou a perambular pelo aposento, como um leão em sua jaula, impaciente e ávido pelo poder que ansiava há tanto tempo. — Mas diga-me, Brianna, será que meu destino finalmente se cumprirá? Eu conseguirei a coroa que vocês miseravelmente falharam em tomar?

— O destino reserva muitos mistérios, Dorian. Mas suas ambições não são impossíveis de se realizar. — respondeu ela, escolhendo suas palavras com cuidado enquanto observava o jovem caminhar pelo quarto. — O que você busca pode ser alcançado, desde que esteja disposto a enfrentar os desafios que se apresentarão em seu caminho. O caminho não será tão simples, estamos falando de traição e você sabe bem qual a punição para tal ato, não?

Dorian parou diante de uma janela, fitando o horizonte, muito além da Cidade da Prata.

—   Traição? — ele riu desdenhoso. — Eu estarei fazendo um favor para essa garota. Me diga, o que ela sabe sobre batalhas e economias? Deveria dedicar seu tempo somente para suas agulhas e livros. Este trono é meu por direito. Uma mulher não deve governar.

𝐈𝐍𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑Á𝐕𝐄𝐈𝐒: 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖𝒆 𝒆 𝑷𝒓𝒂𝒕𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora