C: 16 - VIDA LONGA AO REI.

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5097 palavas.

O VENTO SOPRAVA através das árvores com uma intensidade crescente, levantando folhas secas do chão e agitando os estandartes que tremulavam ao lado da comitiva

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O VENTO SOPRAVA através das árvores com uma intensidade crescente, levantando folhas secas do chão e agitando os estandartes que tremulavam ao lado da comitiva. O som dos cascos dos cavalos era o ritmo que guiava a marcha, cada passo ecoando contra a trilha rochosa. À medida que Dorian avançava, ele sentia o frio do norte cortar o ar, um prenúncio do território que se aproximava.

Os estandartes de Celestia, brilhantes em azul e prata, balançavam ao vento. Dorian estava à frente do grupo, montado em um corcel negro de postura orgulhosa. Os cavaleiros que o seguiam mantinham a formação, olhos atentos às sombras que se escondiam entre as árvores.

Conforme o caminho se tornava mais íngreme, a floresta começava a mudar. As árvores eram mais altas, com galhos retorcidos que bloqueavam parte do céu. O vento fazia os galhos se mexerem como se fossem dedos apontando na direção errada, e o ar parecia mais denso, carregado com o cheiro de musgo e terra molhada. O vento trazia um frio constante, tornando cada respiração uma pequena névoa branca.

Os cascos dos cavalos batiam contra as pedras, um som sólido, mas abafado pelo farfalhar das folhas ao redor. Dorian observava o caminho, procurando por sinais do Reino do Norte. Sabia que o Rei do Norte não era um homem fácil de lidar, mas essa negociação era crucial para manter a paz entre os reinos, pelo menos era isso o que ele queria mostrar aos seus súditos.

O vento parecia mais forte quando entraram em uma parte mais estreita da trilha, com árvores de ambos os lados e uma ravina profunda à direita. Dorian sentiu um arrepio, uma sensação de que algo os observava, talvez dos galhos ou das sombras que se moviam com o vento. Ele olhou para os outros cavaleiros e viu que eles também estavam alertas, seus olhos atentos ao redor, as mãos próximas ao cabo de suas espadas.

Eles estavam se aproximando das montanhas, e com isso o clima se tornava mais imprevisível. Nuvens escuras começavam a se formar no horizonte, e Dorian sabia que essa viagem seria mais do que apenas uma simples negociação. O vento e o som dos cascos dos cavalos eram apenas o começo do que viria a seguir.

— Existe outro atalho? — perguntou Dorian, virando-se para Amadeu de Arthman.

O antigo conselheiro olhou para ele por um instante antes de responder, seus olhos escuros analisando Dorian como se estivessem procurando sinais de impaciência. Amadeu sempre tinha sido cauteloso, um traço que o havia mantido vivo durante seu tempo em Celestia. Agora, ele estava de volta ao norte, um território que conhecia bem demais, e sua lealdade ainda era uma incógnita para Dorian.

— Este é o atalho, vossa graça — respondeu Amadeu, sem hesitação.

Dorian franziu a testa. O que ele está escondendo? Será que esse "atalho" vai nos levar para o lugar certo? Ele não confiava completamente em Amadeu, um conselheiro deposto, um nortenho que havia servido em Celestia, mas sabia que precisava dele para viajar por aquelas terras traiçoeiras.

𝐈𝐍𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑Á𝐕𝐄𝐈𝐒: 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖𝒆 𝒆 𝑷𝒓𝒂𝒕𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora