C: 2 - O PESO DA ESPADA É MENOR DO QUE O PESO DAS LEMBRANÇAS.

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3020 palavras.

O REI KRISTOF MAGNUS ocupava seu trono de prata, adornado com uma coroa robusta, destacada por uma safira no centro

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O REI KRISTOF MAGNUS ocupava seu trono de prata, adornado com uma coroa robusta, destacada por uma safira no centro. Seus trajes azuis, ricamente bordados com fios dourados, conferiam-lhe a majestade real. Enquanto isso, a jovem princesa o observava, com uma ruga de preocupação, seus cabelos negros obscurecendo sua visão, enquanto ela permanecia descalça sobre o mármore gelado.

— IRRESPONSÁVEL! — A palavra ressoava pela sala do trono, ecoando pela terceira vez. A rigidez nítida sobre a face do rei, enquanto Ellianor fitou os próprios pés.

O rei continuava sua repreensão, destacando a imprudência da filha em meio a uma guerra. A corte, composta por lordes e servos, testemunhava o espetáculo, murmurando entre si. O rei, elevando a voz, expressava sua frustração:

— Eu não quero mais receber notícias de que minha própria filha fugiu do castelo para cavalgar. Está ouvindo?

Incapaz de evitar o confronto, a jovem finalmente ergueu o rosto. As grandes janelas iluminavam a sala, as cortinas brancas balançavam, enquanto ela respondia com determinação: — Estou!

Não posso cavalgar, não posso sair do castelo, o que me resta?

Os murmúrios entre os presentes fazia Ellianor apertar os punhos e cerrar os dentes. Teremos fofoca hoje a noite. Ela sabia que para uma história circular, bastava meia dúzia de bocas entregando notícias, sejam elas falsas ou verídicas. Quando Ellianor deixou o castelo para cavalgar, não imaginava que receberia uma repreensão do pai e nem que se sentiria errada por desejar quebrar as regras. Mas uma coisa era certa, a dinâmica de pai e filha havia mudado; Ellianor não era mais uma menininha e não cabia mais no colo do pai. Logo, não poderia ser tratada como antes.

— Céus! — o rei bufou. — Sor Cedrick, acompanhe a princesa, proíba-a de deixar o castelo e se ela fizer, tranque-a na torre.

Ela sustentou seu olhar desafiador para o rei, ponderando sobre proferir palavras que poderiam ferir, mas não era necessário. O fracasso do rei estava evidente para todo o reino: seis anos contendo uma guerra, alcançando finalmente um tratado de paz, apenas para quebrar o cessar das espadas e destinar sua filha a outro casamento.

Sem proferir uma palavra, ela deu as costas e dirigiu-se para fora do castelo. Sob o sol que acariciava minha pele, o doce aroma das flores permeava o ar. Arbustos floridos enfeitavam a paisagem, árvores balançavam com o vento, e o castelo permanecia sólido sobre pedras negras, com uma folhagem subindo pelas pedras, entrelaçando-se à construção como se fosse parte dela. Entre os arbustos, parou diante do imponente portão de ferro. Considerou gritar aos guardas para abri-lo, mas a ordem do rei era clara: não abandonar o castelo.

Nem mesmo posso ir à Rua da Prata

Determinada, deu meia volta, afastando-se do portão, não regressaria ao seu aposento e nem aos livros. Seu destino a conduziu à construção de Malthus, um dos primeiros reis de Celestia, conhecido por investir em guerreiros.

𝐈𝐍𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑Á𝐕𝐄𝐈𝐒: 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖𝒆 𝒆 𝑷𝒓𝒂𝒕𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora