C: 9 - QUER QUE EU PARE?

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2961 palavras.

— ENTÃO, QUAL É O PROPÓSITO desta reunião? — Ellianor sentou-se à cabeceira da mesa retangular, fitando a taça de vinho antes de acariciar a tábua da mesa com a ponta dos dedos

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ENTÃO, QUAL É O PROPÓSITO desta reunião? — Ellianor sentou-se à cabeceira da mesa retangular, fitando a taça de vinho antes de acariciar a tábua da mesa com a ponta dos dedos. Meu pai costumava ocupar este lugar. Kristof teve sua cabeça retirada no mesmo dia em que ela chegou; não teve coragem de assistir à despedida em nome do falecido rei.

— Bem, princesa... — começou Amadeu, entrelaçando os dedos e apoiando as mãos sobre a mesa. — Há muitas questões a serem discutidas... Mas, inicialmente, há uma notícia que Vossa Graça talvez não aprecie...

— Desembucha logo, seu saco de merda com ossos. — Brant rosnou do outro lado da sala de conselhos, havia recebido roupas novas, os cabelos castanhos presos em uma trança e nem sinal da fuligem em seu rosto.

Amadeu lançou um olhar de soslaio para o selvagem, lambeu os lábios e continuou: — O sacerdote se recusa a coroar uma rainha sem marido.

— Ele o quê? — Ellianor ergueu uma sobrancelha e inclinou-se para frente.

— Ele se recusa a...

— Ouvi corretamente, caro Amadeu. — ela interrompeu. — Recuso-me a acreditar nesse absurdo.

— E não é só isso, Vossa Graça, — prosseguiu. — o povo acredita que aquele que salvou Celestia na noite do incêndio, deveria ser o verdadeiro rei.

— Dorian. — ela disse.

— Exatamente, princesa.

— Decidi, Amadeu. Não me casarei; acredito que há outras formas de conseguirmos auxílio e alianças do que um casamento. Aliás, Dorian se mostrou contra meu reinado, disse que o povo se viraria contra mim.

— Princesa, talvez seja realmente necessário. — dessa vez, o garoto loiro falou, vestindo um traje requintado, com fios dourados bordados nos ombros, cabelos bagunçados e olhos claros.

— Sei pouco sobre você. — Elli estreitou os olhos sobre o rapaz. Quanta gente estranha que meu pai escolheu.

— Ora, majestade. Não gostaria de perder tempo com esse insignificante. — disse uma mulher, vestindo um traje atípico, um vestido vermelho com decote profundo, pedras douradas pregadas aos ombros, segurando o tecido e cabelos castanhos-avermelhados na altura dos ombros. Elli a considerou bonita, elegante e graciosa.

— Insignificante? E você, sua... sua cadela.

— Petter, querido, quer mesmo que eu diga que animal você é? — ela debochou.

— Já chega, por favor. — Elli interrompeu. — Não conseguem entrar em um consenso?

— Perdão, majestade. — disse a mulher.

— Você é Guida, não é?

— Tenho inúmeros nomes, mas se esse lhe agrada, pode me chamar assim.

𝐈𝐍𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑Á𝐕𝐄𝐈𝐒: 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖𝒆 𝒆 𝑷𝒓𝒂𝒕𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora