Uma bruxa, magoada e com ego ferido, profetizou a ruína do rei de Celestia e a chegada de seu filho, que traria o fim à dinastia Magnus; a morte e a desonra andariam ao seu lado. Mas eram apenas boatos, histórias para assustar crianças, e Ellianor M...
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OS MÚSICOS ENTOAVAM canções em suas flautas e vozes risonhas cantavam a melodia. Palmas tamborilavam, enquanto a corte dançava.
"Quando um belo rei chegar... Eu vou dançar, Eu vou cantar, Ele trará a paz para nós. A paz para nós. A paz para nós. O reino vai cantar. Vai cantar. Vai cantar."
O garoto Magnus havia enganchado seu braço no de Ellianor e havia a arrastado até o meio do salão do trono, girou em torno dela e bateu palmas no ritmo da canção. Risos ecoavam e por um momento, o terror da guerra havia cedido espaço a uma comemoração.
— Devo confessar que não sei dançar. — disse a jovem princesa envergonhada.
— Eu posso consertar isso. — ele sorriu e se aproximou, estendeu uma das mãos para ela. — Só não pise em todos os meus dedos.
Elli considerou pegar na mão do pretendente, rodopiar pelo salão e dar à corte prateada exatamente o que eles queriam: um casal apaixonado. Mas não poderia, não está apaixonada, pelo menos não por Dorian.
— Perdão, Dorian, mas acho que temos assuntos mais importantes a debater e sugiro não perdermos tempo com... danças. — ela forçou um sorriso.
— Como quiser.
— Poderia me acompanhar, acho que aqui está um pouco agitado.
Após o príncipe concordar, Elli o conduziu em direção às escadas, onde estavam indo em direção aos aposentos e um longo corredor com tapeçarias e assentos confortáveis.
Ela não podia negar, Dorian Magnus era belíssimo. Possuía cabelos negros rebeldes, olhos escuros e pequenos, um sorriso perfeito e um rosto delicado demais para um homem. Elli observou as vestes do rapaz enquanto caminhavam lado a lado, vestia um traje escuro requintado, com botões dourados e bordados prateados.
— Diga-me, como foi durante a invasão? — ela questionou. Seguiram até uma mesa de madeira com algumas cadeiras no canto da parede. Dorian antecipou seu passo para puxar uma cadeira para a princesa.
— Por que insiste em reviver esses momentos? Não é doloroso para você? — ele questionou, enrugando a testa.
— Eu não estava aqui, tive que fugir para me proteger e proteger minha ama. — era o que ela dizia para si mesma, tentava se convencer de que não era medrosa. Ela tentou ajudar sua ama, carregou Magda nas costas para salvá-la, mas de nada adiantou e a ama foi morta. Ela morreu por mim. Ainda era difícil perambular pelo castelo e não encontar alguém que tanto amou.
Na manhã do dia anterior, Elli havia acordado e estava indo para a reunião do conselho, pensou em ir até sua ama e lhe contar que estava indo se sentar no lugar que era de seu pai, mas no mesmo instante, ela se lembrou do fim terrível que Magda teve e um arrepio percorreu seu corpo.