C: 21 - A MORTE DE CEDRICK.

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2485 palavras.

NO TERCEIRO AMANHECER, Dorian já estava desperto

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NO TERCEIRO AMANHECER, Dorian já estava desperto. Os primeiros raios de sol mal tocavam os pesados cortinados de seu aposento, projetando sombras que pareciam dançar nas paredes de pedra fria. Desde a decisão do conselho, ele se encontrava sob constante vigilância, vigiado como uma presa prestes a ser abatida, sem sequer ter a chance de falar com Brianna ou buscar conforto nas suas visões do futuro.

Hoje era o dia do julgamento por combate. Dorian sabia que, em qualquer outra circunstância, venceria qualquer adversário sem grande esforço. Mas não Cedrick. Cedrick era o melhor cavaleiro de todo o reino, um comandante implacável da Guarda Real Celestiana, e o mais ágil de todos. Tudo o que conquistei, refletiu com amargura, está prestes a desmoronar.

De que valiam as promessas de Brianna, que afirmava ter visto em suas visões Dorian como rei, poderoso e vitorioso, se a lâmina de Cedrick estava destinada a empalá-lo antes que isso pudesse se realizar? Não, ele não morreria. Era bom demais para uma morte tão banal. Provar sua inocência? Uma piada. Dorian não era inocente. Ele desejou a morte do Rei do Norte, ansiou por ela e sorriu ao vê-lo sangrar. O caminho estaria livre sem aquele bêbado desprezível. Inocente era a última coisa que ele era.

Quando finalmente se levantou, uma breve vertigem o tomou, mas ele conseguiu se apoiar em uma mesa próxima ao leito. Sua mão alcançou uma taça prateada com restos de vinho da noite anterior. Levou-a aos lábios, mas hesitou, olhando para o líquido escuro.

— Não seria irônico morrer envenenado antes de lutar pela justiça? — murmurou com sarcasmo, observando seu reflexo distorcido no vinho. — Sim... É isso! — de repente, largou a taça e dirigiu-se apressadamente à porta. — O veneno é a melhor opção. Mas como consegui-lo com esses cães me rondando?

Ao abrir a porta, deparou-se com três guardas de prata, imóveis, com os elmos brilhando sob a luz fraca. Eles apenas endireitaram a postura, encarando-o com olhos ocultos através de seus elmos.

— Desejo ver minha ama — exigiu Dorian, com a voz tingida de autoridade. — Preciso vê-la antes do julgamento.

— Não há ordens para isso. — respondeu um dos guardas, firme.

— Ordens? — Dorian riu com desdém. — Estou apodrecendo neste quarto há três dias. Não podem me negar um último pedido antes da morte.

— Um guarda o acompanhará até os aposentos de sua ama — interveio o segundo guarda.

— Estes são assuntos pessoais — retrucou Dorian, tentando um último apelo.

— Então volte para seu quarto e apodreça até o meio-dia — o homem respondeu, pousando a mão na espada presa ao cinto.

— Muito bem. — Dorian cedeu, seu olhar escurecendo ao considerar suas opções.

𝐈𝐍𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑Á𝐕𝐄𝐈𝐒: 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖𝒆 𝒆 𝑷𝒓𝒂𝒕𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora