21: Amnésia

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Esse capítulo não tá' fácil de engolir, pessoal. ;)

Deu trabalho pra' escrever, então não se esqueça de deixar a estrela e o comentário.

E eu desistiria da eternidade para te tocarPorque eu sei que você me sente de alguma formaVocê é o mais perto do céu que eu chegareiE eu não quero ir para casa agora

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E eu desistiria da eternidade para te tocar
Porque eu sei que você me sente de alguma forma
Você é o mais perto do céu que eu chegarei
E eu não quero ir para casa agora

John Rzeznik (Goo Goo Dolls), em Iris.

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• DAMIANO RUSSO •

Uma dor de cabeça excruciante me acorda, dou um resmungo. A luz invade as minhas pálpebras e eu demoro incontáveis segundos para abrí-las, e mesmo assim, quando o faço, dói como se pequenas agulhas estivessem a ser cravadas nos meus olhos.

Cazzo! — xingo e tento me lembrar o que raios eu fiz ontem para acordar igual à uma manhã de ressaca.

Fodi a Fadinha e depois me dirigi para o meu quarto. Só me lembro de alguns flashes do sonho que me atormenta todas as noites, mas isso nunca aconteceu antes.
Assim, acordando como um morto vivo. Que porra aconteceu comigo?! Isso deve ser obra do fodido do Dagon, estou cada vez mais cansado das suas interferências...

Saio da cama a passos vacilantes, já que o chão me parece mais distante do que o normal, e vou até o banheiro, escovo os dentes e lavo o rosto com a mão livre, já que a outra está com uma ligadura pelo corte de ontem, fruto da brincadeira que eu e a Fadinha tivemos.

Olho para o meu reflexo no espelho por alguns segundos, antes de voltar para o quarto e pegar a calça do pijama que vesti ontem para dormir.

Não sei em que momento da noite eu a despi, só sei que a encontro atirada ao chão.
Com a mente em frenesim, eu coloco a calça de volta e prendo o cabelo com um elástico que encontro na mesa de cabeceira. Já que minha visão não está das melhores, procuro pela caixa dos meus óculos na mala e os coloco quando acho.

Saio pelo corredor e passo pelo quarto onde Alexa dormiu essa noite, porém, não encontro nada além dos lençóis revirados e o ar preenchido pelo seu cheiro.
Imediatamente me lembro de quando abominei o seu perfume, no elevador, quando nos conhecemos. Meu peito vibra com o meu sorriso irônico, zombando da minha própria figura.
A verdade é que o perfume dela é uma das coisas que minha mente se propôs a nunca esquecer. Não importa onde, quando ou como, seu cheiro está incrustado em mim como uma faca cravada no meu peito.

É como se flores tivessem sido espremidas contra a sua pele, é único, feminino, selvagem, fantasioso. Alexa cheira à...fadas.

— Fadas...— bufo, me virando para procurar por ela pelo resto da casa.

Dominados Pelas Sombras|+18Onde histórias criam vida. Descubra agora