35: Desvelo

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Os mortos sempre reaparecem, né? Oiiii. Espero que gostem. Esse capítulo está...só leiam.

Você me quer? Eu caminho pelo corredorVocê gosta?O quarto é a minha passarela Me dê um tapaEstou presa na portaBeijo, mordida, preliminares

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Você me quer?
Eu caminho pelo corredor
Você gosta?
O quarto é a minha passarela
Me dê um tapa
Estou presa na porta
Beijo, mordida, preliminares

Beyoncé, em Haunted.

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Um chicote, algemas de couro, uma venda de seda e a coleira, que parece uma gargantilha normal, até que se descubra a sua verdadeira função. A submissão.

Damiano une o aro fino da coleira à uma corrente prateada e longa. Engulo em seco, ainda ajoelhada e subjugada. Ele faz tudo com movimentos lentos, antecipando o que está por vir, propositadamente, só para acabar com o meu raciocínio lógico.

Arfo quando ele pousa a coleira no tapete, diante de mim, e pega a venda de seda, passando a mão pelo tecido antes de olhar diretamente nos meus olhos.

Damiano me observa com os seus olhos sombrios e intensos que sempre conseguem deixar a minha respiração presa na garganta. Ele se aproxima, segurando a venda preta, seus passos firmes ecoando no chão de madeira e depois sendo amortecidos pelo tapete.

Ele se agacha lentamente, a voz grave e suave, carregada de uma promessa que me faz arrepiar:

- O que você quer fazer hoje, Alexa? Diga-me.

Sinto o meu coração acelerar. A lembrança da última vez ainda está fresca, mas estou decidida. Quero isso de novo, a adrenalina e o medo. Sei que isso pode desencadear lembrancas más de uma noite horrenda, mas eu não posso mais reprimir o meu íntimo de querer ser perseguida novamente. Talvez assim eu consiga lidar com aquilo. Só saberei se o fizer de novo.

Respiro fundo e sussurro, tentando manter a confiança na voz.

- Roleplay. Quero que façamos de novo.

Ele fica em silêncio por um momento, e vejo um sorriso discreto surgir no canto dos seus lábios. Seus olhos brilham de uma forma que me deixa ainda mais nervosa, mas ao mesmo tempo, ansiosa. Damiano se aproxima mais, acariciando o meu rosto com os dedos, e o toque é suave, mas firme.

- Você tem certeza, pequena?

Aceno com a cabeça, sentindo o meu coração bater forte no peito. Há uma mistura de medo e excitação dentro de mim, mas sei que quero isso. Nossos olhos se encontram, e tento passar a determinação que sinto.

- Sim, eu confio em você - determino, decidida.

Ele sorri, quase carinhoso, e beija a minha testa. Sua voz é um sussurro carregado de poder.

- Então, vamos começar...e lembre-se, você é minha - diz antes de erguer a venda à altura dos meus olhos.

Ele desliza a venda sobre os meus olhos, mergulhando-me na escuridão mais uma vez. A adrenalina dispara, pulsando nas minhas veias. É insanamente delicioso.
Sinto a aspereza da sua mão encontrar a suavidade da minha, me ajudando a ficar em pé. Tento ao máximo manter o equilíbrio, apesar de já estar com as pernas completamente bambas.
Sinto o frio do chão contra os pés descalços, meu corpo tenso, pronto para o que está por vir.

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