27: Corra

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Eu nem sei o que falar desse capítulo. Enfim, comentem e votem...

O amor dói Causa raivaCiúmes Obsessão Por que você não me ama de volta?

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O amor dói
Causa raiva
Ciúmes
Obsessão
Por que você não me ama de volta?

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ALEXA LEBLANC

Sou despertada por um chacoalhar violento que me sacode e joga para frente, porém, sou impedida de cair por alguma faixa que me restringe, envolvendo meu tronco com força, apertando os meus seios de uma forma nada prazerosa. Gemo dolorosamente, lutando para abrir as minhas pálpebras preguiçosas , que roçam a retina à medida que forço os olhos a se abrirem. Arde como o inferno e eu me pergunto por quanto tempo apaguei.

Flashes das poucas lembranças que o álcool me deixou armazenar começam a invadir a minha mente como as luzes cegantes da boate. Me agarro ao meu último resquício de sanidade e puxo uma quantidade de ar suficiente para exercer a força necessária para abrir os olhos. Quando isso acontece, minha primeira visão é de uma estrada deserta, escura, e que parece interminável. Pisco os olhos repetidas vezes para me certificar de que isso é real, e quando a visão não desaparece, eu sei que estou aqui de verdade, num carro em movimento, enfaixada ao banco do passageiro, com Damiano ao volante. Ele não se move um milímetro, seus olhos nunca saem da estrada e eu tenho tempo para entender o que está a acontecer antes que ele note que acordei.

Lembro de termos saído da boate logo após ele ter dado uma surra assassina no cara que beijei. Coitado. Tudo graças a Manon, que provavelmente seduziu o homem da segurança e o subornou para não chamar as autoridades. O que eu não agradeço agora, pois acho que preferia passar a noite numa cela minúscula de prisão, a ter que enfrentar o que quer que Damiano tenha planeado para mim. Ele não parece muito feliz, mas também não consigo ler as suas emoções daqui. A pouca luz da lua ilumina as suas feições endurecidas e tudo o que eu posso sentir agora é uma enxurrada de medo lavando as minhas entranhas como se fossem roupas encardidas. Está chovendo lá fora. Meu estômago se revolta em antecipação e eu tenho que fazer força para não vomitar. Solto um ruído parecido com um arroto e ele olha para mim de soslaio.

Estremeço. Ele está fodidamente irritado.

Sinto vontade de abraçar o meu próprio corpo em uma tentativa de me proteger, mas não consigo. Meus antebraços estão restringidos pelo cinto, que ele amarrou de uma forma estratégica, para que assim, eu não possa me mover.

— Por que estou presa? — minha voz sai arranhada e grogue, provavelmente por toda a bebida que ingeri, e pelo medo, o fodido medo que me ensandece.

— Eu não sei. Me diga você — a voz dele, oh, a voz dele. Seu tom reverbera pelo carro fechado, intoxicando cada canto dele e me deixando instantaneamente sem ar.

Dominados Pelas Sombras|+18Onde histórias criam vida. Descubra agora