Eu não sei o que você faria se fosse possuído pelo maior inimigo do seu próprio pai, mas eu posso te contar que Alexa LeBlanc não teve freios em se deitar na cama do homem que queria destruí-la.
Um pacto alimentado por uma grande sede de vingança le...
Damiano odeia vadias que não comentam e nem deixam like!
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O mundo é um puteiro sujo onde quem sente muito está sempre sendo fodido.
Que covardia.
Arthur Diogo, em Essa intensidade me fazendo mergulhar.
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• DAMIANO RUSSO •
Desço as escadas após o exercício matinal e o devido banho, pronto a preparar algo para o desjejum. Os meus cabelos estão soltos porque fiquei com preguiça de usar o secador depois do banho e decidi deixá-los secarem naturalmente, então passo a mão neles de segundo a segundo, ordenando-os para não molharem o meu rosto.
Passo pela sala de estar e constato o silêncio glorioso na casa. Suspiro em alívio, não vou ter que lidar com a Giada hoje. Ela é problemática e tenta uma aproximação sempre que me vê. Sinto que acha que temos algo diferente de amizade e parceria depois do meu deslize, e me incomoda sempre que tenho que colocá-la no seu lugar. Então simplesmente a evito.
Quase fico de bom humor ao ver que não lidarei com ela esta manhã, mas automaticamente o meu ânimo desmorona. Nunca tive nada de graça mesmo. A hacker está na cozinha, atarefada com algum tipo de nassa em uma taça no balcão e assobia como se já vivesse aqui há anos.
— Bom dia — cumprimento, já em direção ao frigorífico para pegar um pouco de queijo e um pote de peito de frango desfiado, que eu faço questão de ter sempre para o desjejum.
— Bom dia, flor! — devolve, radiante, e eu franzo o cenho com o apelido — Não precisa, já estou a cuidar disso.
— O que é isso? — aponto para a taça nas suas mãos.
Tenho quase a certeza de que não posso comer o que quer que ela tenha decidido fazer.
— Panquecas — ergue a colher e faz a massa escorrer como demonstração — E antes que você diga que não vai comer, pelo açúcar, saiba que coloquei mel para adoçar.
— Não vou comer na mesma — dou de ombros, indo pegar o pão integral no armário — E antes que você diga que eu não vou comer porque não gosto da sua comida, o que seria estranho já que eu nunca provei, saiba que sou alérgico.
— À panquecas? — ela franze o cenho e entorta o nariz. Eu a olho com estranheza. Alérgico à panquecas?
— Ao mel — esclareço enquanto monto a minha sanduíche no balcão partilhado com a Giada — E ao leite de vaca também — aponto com o indicador para o pacote de leite que ela comprou na mercearia, que certamente usou para as panquecas.