Capítulo 6

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O caminho para a casa está sendo silencioso, o único barulho é do dedo do cara batendo no volante

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O caminho para a casa está sendo silencioso, o único barulho é do dedo do cara batendo no volante.

Me sinto nervosa e com uma pitada de  medo, tô com medo mesmo é do meu pai está em casa.

-- Você tem algo para me oferecer? -- Pergunta de repente.

-- Não? -- Saio mais como uma pergunta do que uma confirmação.

-- Então para de ficar nervosa, não vou fazer nada com você. -- Revira os olhos.

-- Por que quis me trazer? -- O encaro. Ele fica quieto. -- Pra mim é estranho isso. --

-- Qual é o seu lances com o Nathaniel?-- Muda de assunto.

-- Ele é o meu chefe. -- Dou de ombro.

-- Só isso? -- Pergunta desconfiado.

-- É apaixonado pelo seu irmão? --

-- Da onde tirou isso? Tá doida! --

-- Vai saber. --Sei que eles não são irmãos de sangue, isso é óbvio. Mas o jeito que ele sempre olha para o Natan.. Bom, é mais raiva do que outra coisa.

Ele para o carro na frente de casa e noto a porta aberta, tudo estava escuro, menos a da sala, tá do mesmo jeito que deixei.

Papai não voltou pra casa?

-- Tenho que fazer umas coisas nesse bairro. Quando for para ir trabalhar, já vou ter voltado. Então, me espere dentro dessa bomba. -- Diz se referindo ao carro.

-- Você não é meu motorista para ficar dirigindo pra mim. -- Bufo. -- E esse carro não é meu. -- O vejo revirar os olhos.

-- Prestou pra nada vir com você.-- Sai do carro e segue pela rua.

O que ele veio fazer aqui?

Deixo quieto e tranço o carro do vizinho, e ando até a porta de casa com cuidado. Nunca se sabe.

O bairro nunca foi perigoso, todos se conhece e nunca tivemos problemas com roupas ou algo do tipo.

Mas o que aconteceu com aquela mulher?

Assim que entro em casa, já noto o chão com o sangue. Fecho a porta e vou a passos lentos para a cozinha.

Não ouço nada vindo da casa, está tudo do mesmo jeito. Pego um balde com água, um pano e um cheirinho.

Volto para a sala, me abaixo no chão e começo a limpar. Tenho um tio chamado Lucas, ele é um policial mitar, então acabei me acostumando quando ele chegava aqui com algum ferimeto pelo corpo, eu que ajudava. Tô mais que acostumada a vê sangue.

(...)

Passo meu perfume e arrumo meu cabelo, pego minhas coisas e saio do quarto.

Depois que limpei tudo na sala, subi para meu quarto e fui tomar o meu banho para ir a empresa.

Tentei ligar para meu pai, mas ele não atende, tô começando a ficar preocupada. Ele já fez isso duas vezes, mas sempre voltava logo cedo.

-- Você demorou. -- Tomo um susto. O cara estava sentado no meu sofá.

A mão esquerda dele está machucada..

Tem sangue...

-- O que tá fazendo aqui? E o que houve com a sua mão? -- Má aproximo e seguro a mão dele.

Parece que ele bateu em algo, o sangue não é dele.

-- O que você aprontou, hein, mocinho?-- Falo como se ele fosse uma criança.

Pego um pano que sempre coloco na bolsa e começo a limpar. Olho para ele quando não ouço nada.

Ele estava me encarando, seus olhos tinha um brilho intenso.. Mas não de um jeito.. Não sei explicar.

Por que essa cena é tão familiar?

-- O que foi? --

--... Nada. Vamos.-- Se levanta e vai saindo de casa.

Saio logo atrás, fecho a porta e vou para a direção do ponto. Mas paro quando sinto meu braço ser puxado, não ao ponto de machucar.

-- Vem logo. -- Me puxa na direção de um carro preto.

Da onde ele tirou isso?

(....)

-- Obrigada. -- Ele vai embora sem falar nada.

Entro na empresa e cumprimentam seguranças que ali estava. Vou até a moça simpática do outro dia e falo com ela.

-- Seja bem-vinda a empresa, carolina.--

-- Obrigada. -- Pego o meu crachá e subo para o meu andar.

Assim o elevador se abriu, vou até a sala que a moça disse. Bato e entro, tem uma senhorinha organizando umas coisas.

-- Olá, querida. Vêm, vou ajudá-la em algumas coisas e explicar. -- Diz toda sorridente.

Fico por umas horas com a senhora Eliane. Ela me explica tudo como funciona e como o chefe gosta.

Pelo que entendi, ele não é exigente em certas coisas, nunca reclamou com as moças da limpeza sobre algo.

Pego o carinho que iria usar, vou até o elevador e entro, encontrando a secretária do Natan.

-- O que você está fazendo aqui? Esse não é o seu elevador! -- Diz toda nervosa. -- Esse somente o CEO, e os dois que trabalham com ele que usa. --

-- Então, por que você está aqui? -- A encaro.

-- Eu sou diferente! Eu posso, sou a secretária do nat. -- Diz com soberba.

Alguém avisa que ela continua sendo somente a funcionária, como todo mundo..

-- Quem deve me repreender, é o dono. Não a secretária dele. -- A porta se abre e saio de dentro.

Paro no fim do corredor que dá a sala do Natan, e pego o que ia usar no momento.

Vou trabalhar somente nesse andar, e pelo que vi, não tenho muito trabalho. Tem somente quatro salas aqui.

A primeira é a do Natan, ele tem um corredor só para ele, depois vem a do advogado, a do secretário dele e a da sala de reunião. A última sala é a maior que tem, então será mais trabalhoso lá.

Olho rapidamente o celular e não vejo mensagem nenhuma do papai. Aonde esse homem se enfiou?

-- Senhorita Lomes? -- Me viro assim que ouço a voz do Natan.

Ele estava com o cabelo solto, barba por fazer e com seu terno preto sobre medida.

Ele está sério.. Muito sério, podia vê raiva em seus olhos escuros.

-- Sim, senhor? -- Coço o nariz.

-- Na minha sala, agora. -- Fala e entra na sua sala.

Olho para frente e vejo o sorriso da mocréia. Dou-lê  um murro.

Vou para a sala dele e estava aberto a porta.

-- Entra e fecha a porta. -- Faço o que ele  pede, ou melhor, manda mesmo. -- Senta. -- Me encara.

Ele é quem mesmo?

Você não pode ficar desempregada, Lina.. Respira e não pira.

🌟....

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