Capítulo 35

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DOIS DIAS DEPOIS

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DOIS DIAS DEPOIS.

Limpo minha mão que estava manchada de sangue, olho para o verme na minha frente. Ele está acorrentado pelas mãos acima da cabeça, ao lado da sua querida netinha. Ele estava sem os dentes, mamilos e sem as unhas dos dedos da mão.

Faz dois dias que a minha mulher está desacordada, o médico disse que ela não está em coma, somente é o corpo dela dando um tempo para se recuperar.

As coisas andam um pouco difíceis em questão da nossa família, podemos assim dizer. Minha preta desacordada, meu pai acordou ontem, mas ainda continua fraco e sonolento, perguntou umas três vezes da minha mãe, e falando nela, a mesma está intubada.

Ela teve uma parada cardíaca no mesmo dia que deu entrada no hospital, os médicos não sabem mais o que fazer, não podem ficar entupindo ela de remédio, ele disse que o bebê acaba ficando dependente de remédios assim que nascer.

Samuel? Esse não o vejo nesses dois dias, já mandei meus soldados atrás dele e me informaram que ele está participando de lutas ilegais, a noite, fica em um bar e sobe para o morro do padrinho dele.

Se eu foi conversar com ele, só vai piora a situação, nós dois já não tem uma boa convivência.

-- Acorda. – Falo socando a cara dele. – Não mandei dormir. – Dou as costas e olho para os dois soldados que estava ali. – Deitem ele. – Mando.

-- O que você vai fazer, seu maldito? – A garota pergunta já chorando.
-- Cala a boca, garota. Agradeça que o Samuel não está aqui. – Ela se cala e se encolhe um pouco.

Da última vez que Samuel foi para brincar, como ele mesmo diz, ela ficou e está irreconhecível. A boca dela ele estourou, o nariz ele costurou, ela está tendo dificuldades para respirar, já que a mesma só consegue agora pela boca.

Pego o balde de ferro e me aproximo dele assim que colocam ele deitado. Um dos soldados pega o rato.

-- Senhor? – Respiro junto e me viro para ele. – A capo acordou. – Me informa.

-- Salvo pelo gongo. – Falo sorrindo de lado. – Se divirtam, rapazes. Só não matem ele, ou será vocês que irei torturar. – Falo já saindo.

Senhor ras disse que ele tem que ser jugado e condenado pelas leis do país dele, mesmo não querendo muito, aceitei. Mas ele disse que poderia fazer o que eu quiser, menos matar, assim também com a filha dele.

Saio daquele galpão e entro no carro, onde já estava meu moto. Ele liga o carro e dirigi até o hospital.

(...)

Passo pela recepção e entro no elevador, indo direto para o quarto que a minha preta está. Assim que eu entro, vejo ela olhando para o nada, enquanto lagrimas desciam dos seus olhos.

Me aproximo dela e toco seu cabelo, o que faz ela tomar um pequeno susto e virar o rosto para mim.

-- Nathan? – Ela sorri de lado e começa a chorar.

Me sento na cama e puxo ela para mim, toco seu cabelo fazendo um carinho, beijo sua cabeça, abraçando ela mais forte, mas tomando cuidado com os machucados.

-- Estou aqui, meu amor. – Ela me aperta, enterrando o rosto em meu peitoral.

Ouço a porta sendo aberta e pela mesma, Samuel entra com o rosto com alguns cortes e o nariz com vestígio de sangue.

Lina se afasta de mim um pouco e vira o rosto, vendo o meu irmão que não diz nada, somente se senta na cadeira e encosta a cabeça na mesma, fechando os olhos.

Minha preta respira fundo o olhando triste, como se soubesse o que tivesse acontecido. Vou para falar com ele, mas o mesmo, mas ela toca na minha mão e nega com a cabeça.

-- Quantos dias eu estou aqui? Minha garganta está muito seca. – Pergunta.

Me afasto dela e me levanto, saio para fora do quarto e encontro uma enfermeira saindo de um dos quartos. Peço para ela chamar o médico e trazer água para mim.
Assim que volto para dentro, Samuel estava deitado com a cabeça encostada na cama, enquanto Lina fazia carinho no seu cabelo. Me aproximo e ele vira a cara para o outro lado. Olho para ela e noto seu olhar de dor, ela está sentada.

-- É melhor você deitar. Quebrou a costela e ficar sentada por muito tempo pode piorar. – Ela somente confirma e se deita ainda com a mão no cabelo dele. Seu rosto mostra que estava cansada e seus olhos piscavam lentamente.

A porta é aberta e logo o médico responsável por ela entra. Ele se aproxima e estende a garrafa de água para mim. Pego e me aproximo mais dela e ajudo a mesma a beber.

-- Olá, dona Vasconcelos. Fico feliz que tenha acordado. – Lina me olha de canto. – Como a senhora está se sentindo? –

-- Minhas costelas estão doendo, na verdade meu corpo todo. Minha cabeça pesada. Enfim, estou toda lascada. – Resmunga.

-- A senhora ficou dois dias desacordada. É normal ainda sentir o corpo todo dolorido. No soro irei aplicar um remédio para poder ajudar na questão da cabeça. A senhora não pode ficar se movimentando, isso só irá piorar as dores que está sentindo. – Diz se aproximando e mexe no aparelho ao lado dela.

-- Quando irei poder ir embora? – Pergunta com um bico nos lábios.

-- Somente quando não estiver com dores no corpo, o da costela irá durar por uns dias ainda. –

-- Mas eu não estou com dor no corpo. Quem disse que eu estou? – Dou risada e pego a mão dela.

-- Amor, seja paciente. Isso é para o seu bem. – Aliso seu rosto.

-- Está bem. – Suspira.

Assim que o médico aplica uma agulha no soro, ele pede licença e sai do quarto. Olho para o Samuel e o mesmo aparenta estar dormindo.

-- O que aconteceu para ele está assim? – Pergunta e passa a mão no rosto dele. Me seguro para não tirar.

-- Mamãe piorou e teve uma parada cardíaca. – Suspiro, abaixando a cabeça. – Também estou com medo de algo acontecer com ela, eu entendo ele. Mas estou tendo que manter tudo em ordem, por isso que ainda estou de pé. Ele só está tentando achar algum tipo de escape. – Falo o olhando.

Mesmo ele não gostando de mim, ele é o meu irmão e entendo ele mais que ninguém. Esse sentimento de perder a mãe!

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