Capítulo 35

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SAMUEL:

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SAMUEL:

Sempre tive tudo na minha vida. Roupas caras, brinquedos que muitas crianças gostariam de ter, comia o que sempre queria.

Um pai que eu me espelhava.. Que sempre tive o desejo de ser parecido, ou até mesmo, mais que ele, para poder ouvir somente uma maldita palavra vindo dele.. Essa tal palavra, que nunca ouvi.

Não isso não chegou à me afastar tanto na minha vida..

Um irmão que tinha o orgulho de falar para os outros quando era mais pequeno, que era meu irmão.. Que ia ser um grande CEO.. Ele se tornou isso.

Mas aos poucos, fui deixando de admirá-lo, não por culpa dele, mas sim pelo homem que tentei fazer me dizer algo que me enchesse de emoção.. Claro, também por aquela noite.. Aquela maldita noite!

Mas.. Também não me afetou em nada na minha vida..

Mas isso.. Isso.. Tá me fazendo sentir algo se apertar em mim.

Minha mãe.. Minha lora.. A mulher que eu cresci admirando, que venérei como uma rainha.. A rainha que ela é.

As crianças da minha escola sempre me zoavam por te ela como mãe, só pelo simples fato do corpo dela ser tatuado, o cabelo curto.. Falavam que eu tinha dois pais homens.

Nunca ligava.. Isso somente me fazia amá-la ainda mais..

Mas agora.. Agora.. Eu tô perdendo a única mulher da minha vida.. A única mulher que abaixo minha cabeça.. A mulher que mesmo estando com raiva de mim, não me deixa de lado, cuida para eu não me machucar.

A mulher que canta até hoje durante a noite para eu poder dormir e não ter sonhos ruins.. Ela acha que eu não sei que faz isso.

Não posso perdê-la.. Não posso perdê-la.. Não posso.. Não posso..

-- Samuel,  Já chega. Ele morreu. -- Ouço a voz do meu padrinho, mas mesmo assim, não paro de socar o rosto do homem a minha frente. -- Samuel! -- Me puxa para trás.

Estava ofegante, minhas mãos doíam, estavam cheias de sangue.. Mas isso não me fazia me importar.

-- Samuel? O que aconteceu? -- Pergunta e noto o tom preocupado na sua voz.

Não respondo ele, dou as costas e saio de lá, sempre com meu olhar fixo no chão. Desço aquele morro sem olhar para ninguém, não estou com cabeça para isso. Mas, podia ouvir os cochichos das velhas daquele lugar, sei que é pela minha roupa esta suja, mas não ligo.

-- Senhor? Aonde está.. -- Ignoro o meu segurança e continuo andando pela rua.-- Senhor? --

Sem paciência alguma, pego minha arma e atiro na cabeça dele, seu corpo cai no chão já morto, largo a arma e volto a andar.

O que aconteceu? O que causou essa maldita doença? Mamãe sempre foi correta com seus exames.

Foi a gravidez?

Minha gordinha Onde histórias criam vida. Descubra agora