Capítulo 15

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-- Dá para vocês falar o que está acontecendo? -- Pergunto novamente

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-- Dá para vocês falar o que está acontecendo? -- Pergunto novamente. -- Pai? -- Olho para ele.

Ele levanta o olhar, me encarando e vejo angústia em seus olhos.

-- Me perdoe, pretinha. Eu..Eu só.. -- Se cala.

Começo a ficar nervosa com tanta demora. Me viro para o senhor a minha frente.

-- O que o senhor está fazendo aqui? Ainda mais com esses armários junto? -- Ao seu lado, estava seu filho.

Aquilo é uma arma na cintura dele?

-- Há trinta anos atrás, eu perdi a minha filha.. Ela foi encontrada morta. -- O encaro atenta. -- Fiquei trinta anos achando que minha filha foi morta, me culpei por anos.. Mas aí quando eu vi.. Quando eu vi aquela marca em seu braço, fiquei atordoado. -- Olho para meu braço aonde continha a marca.

-- O que a marca de nascença têm.. -- Ele me para.

-- Não é uma marca de nascença. -- Ele começa a tirar o palito e tira a blusa que estava por baixo. Caralho, o velho malha. Ele se vira e vejo a mesma marca que a minha nas costas dele. -- É uma queimadura.. -- Se vira para mim. No automático toco meu braço. --... Meu pai fez em mim, e fez na minha filha.. -- Vejo raiva em seus olhos.

Como a porra de um pai têm a coragem de fazer isso com o filho? Sinto uma pontada na cabeça e resmungo.

Droga, de novo essas dores de cabeça...

Imagens de um lugar parecido um estábulo aparece em meus pensamentos. Tinha quatro homens no lugar e uma garotinha.

Dois dos homens, segurava o outro que se debatia, ele parecia ser novo aínda.

-- Oupa Naum, Oupa.. -- Uma garotinha começa a chorar, enquanto o homem a sua frente segura seu braço e prende com uma espécie de algemas.

-- Não! Pai, por favor. -- O homem se debate mais, tentando chegar na menina.

-- Isso é preciso, ras. -- Diz e vai até uma brasa que tinha um ferro. -- Você sabe a importância de ser um akello.. Ela é uma Akello. -- Sorri assim que olha para a menina.

-- NÃO! PAI, POR FAVOR! --

-- Oupa.. Oupa, lina naum quer. -- Chora mais.

Os olhos do homem se tornam frios, e ele da um sorriso cruel.

-- Logo passa. -- Ele aproxima o ferro tente no braço da menina, a queimando com a brasa.

-- AAAAAH.. PAPPA.. AAAH.. --

Pisco diversas vezes para espantar as lágrimas e as lembranças que insistem em passar.

-- Filha.. -- Olho para meu pai.

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