Missing 2T - Hyunho (Concluída)

Capítulo 20 - Parte 2

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- Você tem certeza?

Minho perguntou mais uma vez, o coração disparado dentro do peito. Não conseguia evitar o nervosismo.

Hyunjin havia tocado no assunto no café da manhã, enquanto os outros estavam distraídos demais com suas próprias coisas. E claro, perguntou a opinião do namorado.

- Tenho. Eu quero isso - sorriu - Agora se acalma porque você parece mais nervoso do que eu.

- Abrir sua história para a imprensa é uma decisão corajosa demais.

Apertou a mão do maior, transbordando orgulho. Quando foi questionado mais cedo, respondeu sinceramente, sabia da importância daquele ato judicialmente, mas não era o que importava.

- Você sabe que vai interferir negativamente pra sua mãe, não é? - Minho assentiu - E tudo bem?

- Não precisa se preocupar comigo. Ela merece pagar.

- Sim, mas sentimentos não podem ser controlados.

- Eu que o diga - Ele riu - Passei a vida toda tentando me forçar a amar ela e nunca deu certo.

- Sempre foi assim? - Os olhos de Hyunjin se voltaram para o mais velho, a cautela sendo perceptível. Mas pela primeira vez, ele apenas perguntou, sem medo.

- Nem sempre.

Minho suspirou fundo, acessando as memórias que sempre estiveram presentes apesar de todas as tentativas para apagá-las.

-> Flashback on

- Pai?

O pequeno Lee chamou mais uma vez, extasiado. Poucos minutos atrás, havia ouvido o celular da mãe tocando e como a mais velha estava no banho, resolveu atender.

E uma vez que leu o nome na tela, entendeu perfeitamente de quem era aquela ligação. Lee MinJung. Seu pai. Aquele que nunca havia conhecido. Aquele que conhecia somente pelas histórias que a mãe lhe contava.

Sua cabeça fantasiosa de criança, imaginou que era o anúncio de que ele voltaria. Afinal, tudo o que sabia era que ele precisou viajar para longe devido ao trabalho.

- Pai? Sou eu. O Minho. Você lembra de mim? Já tenho 8 anos, sabia? Meu aniversário foi ... - pausou, tentando calcular por mais que matemática não fosse seu ponto forte - faz uns dias. Eu pedi pra mamãe te convidar, mas ela disse que não deu pra você vir.

Porém, o silêncio do outro lado da linha durou longos minutos, enquanto o garoto inocente pensava ser alguma falha pela distância em que estavam.

- Minho? O que está fazendo?

Largou o celular imediatamente ao ouvir a voz da mãe, murmurando inúmeros pedidos de desculpas. Não queria deixá-la brava.

Porque "brava" era o que ela sempre estava. Nunca havia conhecido uma mãe carinhosa e preocupada como a de seus amigos da escola.

Minho era uma criança exemplar e madura para sua idade. Sempre era elogiado nos lugares que ia pela educação e gentileza. Aprendeu desde cedo a se cuidar sozinho, consequentemente parando de usar fraldas e aprendendo a usar o penico antes que seus colegas, sabendo preparar seus próprios lanches quando sentia fome e tirando sempre nota máxima nos deveres de casa que fazia sozinho.

E quando não conseguia agir como o esperado e precisava dormir na sala por medo de um simples grilo, era absurdamente frustrante.

Mas a verdade era que a matriarca estava ocupada demais para notar as consequências por trás da perfeição do filho. Ocupada demais superando um abandono com dívidas exuberantes para pagar.