Quem nunca quis saber o que acontece após o "fim"?
Uma vida normal era tudo o que Hyunjin e Minho queriam depois do que viveram na ilha. Mas será que traumas tão profundos podem ser esquecidos facilmente? Laços podem resistir a duras verdades ou um...
O jantar foi descontraído. Eles pareciam em sincronia e isso acalmava os três corações aflitos que queriam tanto que aquilo desse certo. A Hwang mais velha contava histórias e histórias, sempre buscando deixar o ambiente leve enquanto os dois garotos intercalavam entre rir e provocarem um ao outro.
Minho não conseguia deixar de reparar nas semelhanças que mãe e filho tinham e isso ficava mais claro a cada momento ao lado deles.
O casal também não poupava elogios a comida. Hyunjin fazia questão de sempre reforçar como sentia falta daquilo. Por fim, insistiram em ajudar a mulher com a louça e continuaram a conversa animada de antes.
- Mãe. Tem uma coisa que preciso contar - Disse entre um assunto e outro enquanto esperava que Minho lhe entregasse o próximo prato lavado - Lembrei agora.
- O que foi, meu bem? - Ela levantou de onde estava, se aproximando com o olhar atento. Eu decidi abrir o caso para a imprensa e isso significa que vão conhecer a nossa história - Contou e o Lee imediatamente o encarou, havia entendido a questão ali - Eu estava nervoso demais pensando nos prós e contras que acabei esquecendo que isso te envolve também.
- Não era um plano inicial, mas o Jinnie acabou mudando de ideia porque a decisão pode interferir no resultado do julgamento - Minho acrescentou ao notar a expressão reflexiva de Eunji.
- Entendi - Ela disse por fim, voltando a se sentar - Não é como se fosse novidade, todos já me conhecem. Não sei como, mas pouco tempo depois que voltaram da missão a imprensa já estava batendo na minha porta.
- Eu sinto muito por isso - Hyunjin secou as mãos, indo se sentar na cadeira ao lado da mãe.
- Eu também sinto - ela sorriu fechado - Quando vai ser?
- No dia do julgamento - Respondeu calmo, esticando a mão para tocar a dela. - Tudo bem pra você?
Por algum motivo, o toque dela já não era desconfortável como antes.
- Se for o necessário - Ela sorriu verdadeiramente pela ação do outro - Só queria pedir … se fosse possível, para ajudar.
- Claro. Vai ser passado por você qualquer informação sobre o papai e o Baek hyung.
- Não só isso, meu bem. Quero ajudar você também. Posso? - Eunji perguntou baixo e suspirou aliviada quando o filho assentiu.
Minho aproveitou a deixa para sair a passos lentos, estava gostando da visita, mas sentia ser um momento pessoal ali. Queria que tivessem esse momento de mãe e filho.
E com os pensamentos na própria relação com a sua, caminhou até a pequena varanda no apartamento da Hwang, sorrindo largo pela vista agradável das luzes da cidade apesar de estarem no andar mais baixo.
Pensar em Misuk ainda era confuso. Dividia-se em querer ter uma mãe com quem contar, mas sabia que a sua jamais seria essa figura de proteção. Estaria ele nutrindo sentimentos pela imagem de uma mãe e não pelo que conhecia de uma?
Ele não sabia, portanto aceitou todos os sentimentos que quisessem aparecer por ali. Mágoa, tristeza, saudade, raiva. Aceitou todos eles até que se transformassem em … nada.
E o sentimento de nada lhe pareceu agradável para uma pessoa que sempre sentia demais. Que sempre fugia.
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