Sem piedade.

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Eu pov:

Após aquela conversa com sua variante, o Auditore se pôs em estado de meditação e reflexão. As agora iriam ser muito diferentes. Não iria mais bancar o bonzinho... Não mais... Pelo menos até que essa rota genocida sumisse de vez do Underverse. E foi por isso que ele pegou pesado, não só com ele mas também com todos aqueles o conheciam o e o reconheciam como futuro líder do clã. Se sua variante queria uma guerra, então ele tinha conseguido. O que pra nós duraria décadas ou séculos, para todos aqueles que conheciam Frisk, o treinamento parecia que estava durando uma eternidade de pura força bruta e gritos assim como ossos gritando para descansar. No momento, Frisk estava só, no topo de uma montanha nevada.

Frisk: ... -Esteve em silêncio durante o dia inteiro. Não comeu, bebeu ou fez qualquer outro tipo de coisa. Apenas ficou sentado nessa montanha enquanto mantinha seus olhos fechados. Podia não parecer mas ele estava aumentando sua força a cada momento, hora, minuto, segundo, milisegundo e assim por diante.

Ninguém poderia impedir ou interferir que ele continuasse nesse estado. Chegou até mesmo a alcançar a famosa iluminação que Buda tinha alcançado no anime de Shuumatsu. Ninguém sabia mas Frisk estava lutando tanto internamente quanto externamente. Assim que ele abrisse os olhos... Seria hora de agir.

Na rota genocida:

Um homem, praticamente sem vida, com o corpo todo costurado estava sendo controlado por fios de determinação. Não sentia dor, medo, raiva ou qualquer outro tipo de coisa. Afinal de contas... Ele estava morto. A sua frente, estava a responsável por isso...
Genocide Chara.

Genocide Chara: ... Uma ótima marionete para se brincar... Porém meu rei tinha me pedido um Receptáculo... E aqui está você... -Em sua palma da mão, uma alma escura, que provavelmente era muito hostil, estava acorrentada por correntes de determinação. Ela lutava para se livrar mas não tinha forças pra isso. -Shh. Isso vai ser rápido.

A alma foi direcionada até o corpo do cadáver e entrou sem qualquer exitação. A pele do cadáver começou a criar vida mas em questão de segundos, se tornou pura escuridão e então... Saiu daquele corpo sem vida como se tivesse sido repelida.

Genocide Chara: Tsk... Mesmo morto, seu papai ainda é um problema.

Acorrentado, perfurado e quase nu, lá estava Kris, quase sem vida mas com uma expressão mortal na face enquanto via aquela cena. O cadáver de quem se tratava era do próprio Kristian Auditore. Kris tentou ajudar seu pai quando Chara tinha surgido no meio de seus amigos mas como vimos, não funcionou.

Kris: ... -Seus olhos brilhavam num tom vermelho Escarlate. Eles só brilhavam assim quando Kris tinha vontade de matar seres tão desprezíveis quanto demônios ou piores que eles. -... Você vai morrer...

Genocide Chara surgiu na frente dele com um olhar e sorriso macabro. Kris nem sequer piscou. Manteve seu ódio por ela e sua feição séria era inabalável. Nem com a tortura ou as ofertas de aliança ele se entregava para eles.

Genocide Chara: Você tem muita coragem, garoto... E se eu fizesse o mesmo com sua filha ado... -Não terminou pois Kris quebrou as correntes na pura força bruta e saltou na direção dela e pressionou contra uma parede. -Ghk... Haha... Haha... HAHAHA! VOCÊ É IGUAL A MEU REI! NÃO É ATOA QUE ELE AINDA TE DEIXA VIVO!

Kris não se importou e então começou a socar a cara dela até que seu crânio fosse esmagado por completo mas nem assim ela morria. Isso teria continuado se Bete e Ágata não tivessem o interferido enquanto assim que surgiram naquela sala grotesca. Porém Kris foi mais forte que elas e as repeliu usando uma explosão de determinação. Ele claramente estava com uma vontade imensa de matar todas elas mas não poderia agora. Tinha que voltar pra casa e dizer tudo o que havia descoberto nessa rota. Embora Frisk Tenha pegado muitas informações, a maioria era falsa.

Kris: ... Vocês vão pagar caro. -Criou uma lâmina vermelha de determinação e a cravou no chão. O chão ficou vermelho e então todo aquele lugar explodiu, assim desfigurando todas as adversárias de Kris no momento.

Quando tudo se reconstruiu, Kris tinha sumido. Provavelmente havia retornado para a rota Pacifista. No entanto, as amantes de genocide ficaram com um mau presságio. Por que sentiam que o que ele tinha dito era verdade? Bem, isso não importava no momento.

Genocide Chara: ... Pelo menos o Receptáculo ainda está aqui. -Encarou o corpo de Kristian jogado no chão. -... Já me cansei disso. -Ela faz a alma do ódio surgir novamente em sua palma. -Você vai aceitar esse corpo por bem ou por mal. -Sua face era tão grotesca que talvez ela chegasse no nível do Espantóide de Ben 10 Omniverse.

Na rota Pacifista:

Kris tinha surgido bem ao lado de Frisk, que ainda mantinha aquela mesma postura do início do capítulo. Estava totalmente quieto. Estava tão imerso em seu treinamento que não notou Kris, o que era muito raro de acontecer.

Kris: ... Irmão... -Assim que disse essas palavras, um brilho branco o envolveu e então todas as feridas que haviam em seu corpo tinham sumido. Foi praticamente instantâneo. -... Papa fue...

Frisk então... Abriu os olhos. O céu escureceu, o sol ficou vermelho, estrelas morreram e por uma questão de segundos, o aplicativo sentiu um leve tremor.

Frisk: ... Irmão... Sente-se por favor... -Não se virou para falar com ele. Apenas encarou a paisagem que acabou ficando um pouco distorcida graças ao que aconteceu.

Kris não se opôs ao pedido. Assim que se sentou do lado de seu irmão, sentiu algo... Não foi medo ou pavor... Sentiu tristeza mas também, clareza.

Frisk: ... Eu senti sua falta. -Virou sua face para Kris. -... Me desculpa...

Kris: Não... Eu que deveria... -Ele notou lágrimas saindo de Frisk. -... Frisk...

Frisk: Perdoname, hermano... No fue fuerte lo suficiente...

Depois de muitos anos... Ele finalmente chorou como uma criança. Frisk estava tão imerso em sua tristeza que finalmente depois de tanto tempo... Ele tinha chorado como nunca antes. A única reação fe Kris foi... Um abraço.

Kris: ... Não precisa se desculpar por nada... Você não tem culpa de nada...

Frisk: ... Mama está tentando se manter firme... Mas... Eu não consigo fazer ela sorrir de novo... Acho que ela está ficando doente... Uma doença que afeta até a alma dela...

Kris: ... Ao menos, ela tem a nós... Não é...?

Frisk: ... Por favor... Vá ver mama... Ela precisa saber que você está bem...

Kris: Yo voy si... Pero... ¿Y tú? ¿Que harás ahora?

Frisk: ... -Aquela paisagem distorcida voltou ao normal e então uma luz radiante cobriu os dois irmãos. -... Voy acabar com estes malditos de una vez por todas.

Só isso.


Undertale: Caminhos Opostos.Onde histórias criam vida. Descubra agora