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Um presentinho pra vocês 🩵



James

Em toda a minha vida, eu nunca cedi aos meus desejos, nunca me deixei levar pelos meus sentimentos e nem os coloquei acima da minha família.

Até ela entrar no meu caminho!

Eu soube que era ela, antes mesmo de saber seu nome. O encontro no restaurante foi proposital, eu a vi atravessar a rua e fui arrastado para ela, como se um ímã gigante nos estivesse conectando.

Quer dizer, o plano era beber um drink, conversar com uma mulher bonita e talvez, acordar ao lado dela no dia seguinte. Mas Angelis roubou toda a atenção, não enxerguei mais nada na minha frente.

Eu precisava provar ela, precisava tê-la nem que fosse só por aquela noite.

Mas então, acordei ao lado daquela mulher maravilhosa e a observei dormir por tanto tempo que não sei dizer ao certo. Ela respirava tão serenamente, tão linda, tão minha.

Maximiliano Cassifild, mais conhecido como meu tio, mandou uma mensagem dizendo que precisava falar comigo urgentemente.

Che diavolo!

Se eu saísse sem falar com ela, corria um grande risco de nunca mais a ver. Muitas coisas me diziam que ela não era italiana e tão pouco, morava na cidade.

Porém, acorda-lá seria um grande crime.

Escrevi um bilhete e o deixei sob o balcão da cozinha, usando o elevador privativo do hotel desci diretamente para a garagem.

Desde que aprendi a desenhar, antes mesmo de saber falar corretamente, eu sabia que seria um engenheiro. Construir lares era minha paixão e meu tio se aproveitou disso, se tornando implacável quando meu pai decidiu se afastar da empresa.

Raramente discutia com ele ou o contrariava, porém, quando era sobre algum projeto particular ele se tornava um tirano.

— Bom dia Maxi, queria falar comigo?! — exclamei entrando no escritório dele.

— Sente-se James — ele é direto, sem um pingo de bom humor, Maxi continua — Que história é essa de que você irá construir a casa do Carlo? E em outro país?!

Respiro fundo, sabendo que ele tentaria ao máximo me desestabilizar e fazer desistir.

— Isso não está em discussão, Maximiliano! — aperto os braços da cadeira, irritado por ele sempre querer mandar em mim.

— James, você pode ser meu sobrinho, mas ainda é meu funcionário e precisa me respeitar!

Ele levanta, caminhando devagar até a estante com as bebidas, ele abre uma garrafa e deposita duas doses de uísque em dois copos.

— Não quero! — respondo olhando para o relógio.

Não era nem sete da manhã.

Ele dá de ombros, entornando os dois copos.

— Você ainda vai aprender a me respeitar, James! Seu pai é um fraco que não educou os filhos direito!

Levanto, incapaz de continuar ouvindo aquele mesmo discurso de sempre. Bato a porta ao sair, irritado com a intromissão dele.

Dirigi o mais rápido que consegui para o hotel, mas ela não estava mais lá. A loira dos olhos mais azuis que um céu de brigadeiro e os beijos mais quentes e viciantes, se foi para sempre.

Che diavolo!!

Minha família não era exatamente rica, mas sempre tivemos o suficiente para não passar dificuldades. Quando minha avó morreu, meus pais passaram a administrar o vinhedo que ela é meu avô construíram.

ABSOLVIDO | Os Hard IVOnde histórias criam vida. Descubra agora