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Julho

Estou na estação central de Berlim, é verão e hoje o Axel vem de Hamburgo pra passar o fim de semana.

— Daniel! — ele sai da estação e me vê.

Aceno pra ele enquanto ele se aproxima.

— Oi!

Ele me abraça.

— É bom te abraçar de novo. — ele diz.

— Concordo.

Acabei virando o rosto pro lado e nós ficamos bem próximos, sentindo a respiração um do outro e nos olhando. Meu olhar desce pra boca dele, bem rosa e convidativa, então não resisto e aliso com um dedo.

— Vem cá, vem. — digo puxando ele pra um beijo gostoso e bem calmo.

Ele brinca com os cabelos da minha nuca entre seus dedos, e eu pego na cintura dele com calma, ficamos assim até o fôlego acabar.

— Eu tava esperando por isso. — ele diz vermelho.

Aliso o rosto dele.

— Eu também. — digo dando um beijinho na bochecha dele. — Mas desculpa fazer você esperar.

— Não tem problema, alguma coisa dentro de mim me dizia que você precisava de tempo. Eu gostei de você desde a nossa primeira conversa.

— Eu gostei de você assim que te vi.

Ele sorri.

— Vamos lá, quero deixar a mala no hotel.

— Vamos.

Pegamos um táxi e fomos pro hotel do Axel, então ele faz o check-in e nós subimos com a mala dele.

— Eu te acho lindo, sabia? — ele diz passando os braços pelo meu pescoço.

Dou um selinho nele.

— E eu te acho uma beldade. Lá em Innsbruck eu tava nervoso vendo seu corpo na piscina.

— Se serve de consolo, eu também.

— O que quer fazer? — pergunto.

— Bem, eu estou com vontade de tomar um drinque tropical, no bar do hotel deve ter umas opções. E a tarde já tá acabando, amanhã a gente passeia.

— Por mim ótimo.

Descemos até o bar do hotel, que é charmoso e aconchegante.

— Nossa, várias opções. — Axel diz vendo o menu de bebidas.

Pego na mão livre dele e fico alisando, dando uns beijinhos.

— Que carinhoso ele.

Rio.

— Eu tô apaixonado, oras. Ainda com medo, mas diante disso...

— Espera. Você tá apaixonado por mim?

— Apaixonado e encantado. "I was enchanted to meet you".

Ele coloca a mão no peito de forma dramática.

— E ainda citou Taylor Swift.

Axel pega nas minhas mãos.

— Eu também estou apaixonado por você, Daniel.

Ele me dá um selinho.

— O que acha desse drinque? — diz o mesmo me mostrando o menu.

— Hum, soa refrescante.

— Então é esse.

Fazemos os pedidos.

— Você comentou sobre medo, Daniel?

Perdido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora