#26

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De tarde

Estamos no Cabo da Boa Esperança, que é uma reserva natural que fica numa península ao sul da Cidade do Cabo. Aqui tem uma vista privilegiada do Atlântico, e do Índico, além de um belo farol e umas trilhas.

— Talvez daqui dê pra ver o Brasil. — Axel implica.

Rio.

— Oh, não me zoa, amor.

— É que você devia ser tão fofo criança.

— Algum dia eu te mostro uma foto. Mas eu trabalho com trocas.

— Ah, tá. — ele faz uma careta e a gente ri. — Sei bem.

Andamos um pouco de mãos dadas, tirando algumas fotos pra não perder esse lugar lindo de vista.

— Vamos de escada mesmo? — o Axel pergunta quando chegamos na escadaria que leva até mais perto do farol, e lá encima tem as escadas do próprio farol.

— Sim, é mais rápido que o funicular.

Subimos.

— As escadinhas do farol não são lindas? — digo quando vejo o farol.

— São

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— São. — Axel responde. — Muito interessantes.

Subimos aqui também.

— Agora sim dá pra ver o Brasil.

Abraço ele por trás e coloco a cabeça no ombro dele.

— Você não vai esquecer isso, né?

— Não. Eu vou ficar imaginando um Danielzinho agora.

— Então eu vou imaginar um Axelzinho dormindo com um ursinho de pelúcia.

— Oh, céus, a gente é tão piegas.

— Não quero nada menos que isso.

— Enfim, é super interessante o encontro do Atlântico com o Índico, não?

— É bastante. Geografia pra mim é tudo.

[...]

Outro dia...

Acabamos de chegar em Skukuza, uma pequena cidade perto do Kruger Park, próxima da divisa com Moçambique. Nós vamos fazer safari no Kruger Park, e aqui tem um hotel super interessante, ele fica num trem que está parado numa ponte.

Como eu sou louco por hotéis, assim que descobri que esse existia eu quis incluir no itinerário da viagem

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Como eu sou louco por hotéis, assim que descobri que esse existia eu quis incluir no itinerário da viagem.

— Nosso quarto fica nesse vagão... — digo andando pela passarela do lado da ponte com o Axel.

Há vários macaquinhos na passarela.

— Ainda acho que poderíamos ter ficado num quarto fora do trem.

— Não se preocupa, amor.

Abro a porta e nós entramos, junto com um rapaz que trouxe nossas malas.

— Enjoy your stay. — ele diz depois de deixar nossas malas.

— Thank you. — respondemos juntos.

Abro a cortina.

— Que vista! — digo boquiaberto.

Daqui dá pra ver o rio e até um jacaré descansando encima de uma pedra que fica na água. Os animais ficam descansando debaixo da ponte periodicamente.

— É, maravilhosa.

Do lado que a janela fica não tem jeito de passar, a passarela fica do outro lado do trem, onde não há janelas. O quarto tem ar condicionado, uma bela cama e um banheiro com chuveiro walk-in e banheira, além de uma bela decoração africana.

— Ai, adorei. — o Axel diz sentando na cama, apoiando as mãos e se inclinando pra trás.

— Adoraria trabalhar num hotel assim.

— Seus olhos estão mesmo brilhando. Vem cá.

Sento com ele.

— Escuta, seu namorado não importa te deixar um gato desse dividir um quarto com outro?

Rio, então o faço deitar e fico por cima dele, com as mãos dos lados de sua cabeça.

— Ele nunca reclamou, sabe?

— Ah, é?

Nos beijamos e o Axel abraça meu pescoço.

— Não conta pra ele que eu sou doido por você. — digo beijando todo o rosto dele, que fica vermelho.

— Então ele não pode saber que eu também sou doido por você.

Me deito e pego uma mão dele pra alisar.

— Essa viagem tem aproximado a gente ainda mais. — digo.

—Acho que com o jeito que estamos apaixonados um pelo outro, não é tão difícil.

Axel chega mais perto e me enche de beijos.

— Gato.

Passo os dedos no cabelo dele.

Continua...

Perdido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora