Epílogo

295 20 0
                                    

Abril

Acabo de sair do trabalho e já vejo o Axel encostado no capô do carro.

— Oi! — digo.

— Oi, amor! — ele me dá um selinho longo. — Bora pra casa.

Agora nós moramos juntos há pouco mais de um mês, o Axel me chamou quando meu contrato de aluguel terminou em fevereiro. Vocês podem dizer que foi rápido, e até foi um pouco, mas eu amo o Axel e a confiança no nosso relacionamento foi bem maior que o medo de não dar certo.

Chegando na nossa porta já podemos ouvir a Sammy arranhando do outro lado e latindo alegre.

— Oi, Sammy! — digo quando a porta abre. — Papai chegou, meu amor.

Ela pula nas minhas pernas e me olha com a língua pra fora, então eu balanço seu rostinho. Depois disso ela pula no Axel também.

— Eu acabei de sair pra te buscar e parece que tô fora há semanas. — ele diz dando atenção pra Sammy.

— Exatamente, é muito amor.

Vou pro nosso quarto e tomo um banho rápido.

— Pronto pra passear com a Sammy? — pergunto.

— Ela também tá pronta. — o Axel diz terminando de prender a guia na coleirinha da Sammy.

Dou um selinho nele e então saímos em direção ao parque, quem está guiando a Sammy é ele, mas nossas mãos ainda estão juntas.

— Ela é animada. — digo olhando a animação da Sammy.

— Nossa, sim.

— Amor, o tempo tá correndo, né? Tem quase um ano que a gente se beijou pela primeira vez.

O Axel me olha sorrindo.

— Aquele beijo foi tão bom. — ele diz.

— Perfeito. Eu não poderia ter beijado lábios mais gostosos, os do homem que eu amo.

— E eu não poderia arrumar um gato mais quente pra abraçar enquanto durmo.

Trocamos sorrisos cúmplices e apaixonados, o olhar do Axel diz tudo sobre nosso relacionamento, traduz confiança no nosso amor. Ele ficou com um sorriso estampado na cara durante todo o passeio, animado quase como a Sammy, e eu não estava diferente.

Nossa vida juntos tem sido ótima, amo dividir o meu tempo com o Axel, a gente sempre sai pra fazer alguma coisa juntos, às vezes o Hugo e o Wade até vão juntos. Nós somos animados, mas como ficar pra baixo quando eu tenho o homem que eu amo do meu lado? Eu posso ir pra qualquer lugar com ele.

Nossa vida sexual também não deixa a desejar, a gente faz amor frequentemente, é sempre apaixonado e muito intenso. Essa é a primeira coisa que eu mais gosto de fazer, a segunda é fazer o café da manhã com o Axel, nós dividimos o que fazer e nos acarinhamos no processo.

Eu queria poder fazer isso com o Humberto, mas ele se foi e agora eu tenho uma nova chance de amar, e estou feliz por essa chance ser com o Axel.

— Meu bem... — o Axel chega manhoso e senta no meu colo, ele tá só de bermuda.

Já estamos de volta em casa depois do passeio com a Sammy, e eu estou no sofá.

— Oi?

Ele me beija gostoso e rebola no meu colo, o que me faz arfar e apertar a cintura dele. Sugo seus lábios pra que ele abra a boca e nossas línguas se juntam.

— Vem comigo. — meu ruivo diz.

Levantamos e ele estende a mão pra mim, parando pra me dar um selinho longo, então com um olhar sedutor o mesmo me leva até o quarto e fecha a porta. Subimos na cama e eu fico por cima do Axel, que deita de barriga pra cima.

— Tira minha roupa, vai. — o ouço dizer.

Beijo a boca dele com línguas o apalpando, alisando seu abdômen e apertando seu quadril de leve.

— Claro que eu tiro.

Tiro a bermuda dele e o vejo com uma fio dental branca.

— Uma graça. — digo dando um selinho molhado nele, que tenta seguir minha boca no que eu me afasto. — Você fica maravilhoso de calcinha, amor, mas hoje eu quero pele com pele.

Levanto as pernas dele e tiro a calcinha de seu corpo, então o beijo novamente com a maior intensidade de hoje, apertando sua bunda que eu trago pro meu colo. Logo já estamos os dois completamente pelados, o Axel de barriga pra baixo e eu por cima dele.

— Eu te amo, Axel. — digo baixinho no pé do ouvido dele.

— Eu te amo, Daniel.

Quando terminamos a gente se abraça forte e eu o trago pro meu peito, alisando seu abdômen suado e sujo pelo seu ápice.

— Te quero sempre assim na nossa cama, abraçado comigo. — digo entrelaçando nossas mãos.

— Você vai me ter aqui sempre, gato. Eu amo isso, a gente, juntinhos...

— Eu também. Você é um presente na minha vida, amor, eu te amo tanto.

— Que fofo! Eu também te amo.

Um bom futuro nos aguarda, com certeza, mas eu não vou ficar me preocupando com ele. Eu amo o Axel e quero viver o agora com ele, o presente, e apenas confiar que o nosso amor será forte.

FIM

_____//_____

Bem, eu adorei escrever sobre a vida do Daniel, e eu espero que quem leu tenha gostado também, os quais eu agradeço. Nos vemos na próxima.

Perdido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora