#22

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Setembro, Hamburgo

Encontro o Axel na estação central de Hamburgo, acabei de chegar, hoje também é minha mudança pra cá.

— Oi, amor.

— Oi, meu bem.

Dou um selinho longo nele.

— Vamos pro seu novo apê.

Eu procurei um apartamento pela internet, mas no meio do caminho vagou um no prédio do Axel, que agilizou o processo de aluguel pra mim. Fechei um contrato primeiro de seis meses, e se eu quiser ou precisar, posso prolongar depois.

Saímos da estação e entramos no carro do Axel.

— Agora deixa eu te dar o beijo que você merece. — ele diz me puxando pra um beijo.

O beijo é apaixonado, longo, calmo e molhado.

— Lindo. — digo beijando o rosto dele quando o fôlego acaba.

— Ah, você que é.

— Não, você.

Damos mais um beijo longo.

— Bora lá.

Axel dirige até nosso prédio, então nós entramos, eu pego minhas chaves e então pudemos subir.

— Quão conveniente, mesmo andar. — o Axel deixa no ar, indo na minha frente, mas parando pra me lançar um olhar safado.

— Muito.

Chego perto dele e dou um tapa em sua bunda, então destranco a porta do meu novo apê e entro.

— É, realmente... — digo olhando em volta.

— Esse apartamento que tire o cavalinho dele da chuva, eu sou mais especial.

Dou uma risada nasalada.

— Com certeza, meu amor. Ei, tenho um convite pra você.

— Dormir essa noite com você? Claro, amor!

Rio.

— Era isso mesmo. Cê tá animado.

— É que eu tô um pouco ansioso.

— Com o quê?

— Eu tenho uma pequena surpresa pra você hoje.

— Oh, ok. — sorrio.

— Enfim, eu vou te levar pra jantar cedo hoje, tá?

— Tudo bem. Acho que devo arrumar umas coisas aqui no quarto agora.

— Vou ligar seu ar, amor. Aí te ajudo.

— Boa ideia, tá bastante calor.

Me ajoelho no chão pra abrir a mala, então o Axel liga o ar condicionado e ajoelha do meu lado.

— Lindo. — ele diz beijando minha bochecha.

— Fofo. — digo dando um selinho nele.

Passamos um tempo arrumando meu quarto, conversamos bastante e rimos muito juntos, realmente nos entendemos. Me apaixonar de novo está fazendo muito bem pra mim, o Axel é tão doce e carinhoso comigo, o que eu tento ser ainda mais.

— Tenho que fazer mercado. — digo horas depois.

— Eu te levo, então.

Saímos de casa e o Axel me leva de carro até o supermercado, então faço umas comprinhas básicas de comida e artigos de primeira necessidade.

Perdido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora