[10] - Veneno

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— Achei que não fosse mais vir, Sky!

Naomi o abraçou apertado depois de vê-lo entrar no bar, Skylar retribuiu com carinho e logo ocupou a cadeira vaga ao lado da melhor amiga e colega de trabalho. Rapidamente roubou um gole da cerveja dela para saciar a sede.

— O meu encontro babou, desmarcado em cima da hora. – ele fez bico. – Quero cerveja também! – agitou a mão para Charlie. – Por favor, docinho.

— Para de me chamar assim. – Charlie, emburrado, serviu um pouco da bebida em um copo vazio. – Você anda tendo muitos encontros, senhor tesouro nacional.

— O que posso fazer se sou tão desejado? – Sky encolheu os ombros. – Mas e você? – Tentou mudar o foco da conversa. Principalmente por causa do olhar desconfiado de Naomi. – Como vai o namoro?

— Bem. – Charlie foi simplório. Os outros riram. – Vou comprar uma casa para nós dois.

— Oh! Temos uma novidade! – Diana bateu palmas. – Já pensando em casamento?! Que rápido!

— Não, ele é muito jovem para se casar. Só prefiro que Mike não more nos dormitórios da agência com aqueles outros novatos, sob o controle dos agentes.

— Cara, ouvi umas coisas péssimas sobre isso. – Justin comentou depois de secar o próprio corpo, ele gesticulou um pouco. – Estão fazendo aquelas crianças trabalharem muito! Sem contar o book azul.

Skylar, atento à conversa dos amigos, pensou em Liam.

O garoto respondia suas mensagens, mas pouco conseguia vê-lo na agência quando ia até lá. Ele rapidamente sacou o celular do bolso e buscou pelo contato do menino, digitando uma mensagem descontraída.

"Liam, o que acha de tomarmos um sorvete amanhã?"

Ele guardou o celular sob o olhar ainda desconfiado de Naomi.

— Acho que eu não conseguiria fazer tudo aquilo de novo, quando começamos, sabe? – Diana suspirou. – É tanta pressão e agora, com o avanço da internet, ficou pior. Esses garotos e garotas são cobrados dez vezes mais. – negou. – Parece difícil.

— E é difícil. O Mike trabalha muito e todos os dias. – Charlie olhou ao redor do bar. – Ele mal tem tempo de comer ou dormir e agora tem um garoto que é amigo dele fazendo aquilo.

— Aquilo? – Justin lamentou. – Oh, Deus. Isso é horrível. Eu odeio lembrar, juro por Deus. Meu terapeuta tem ganhado muito por isso.

— Qual garoto? – Skylar não conseguiu evitar sua preocupação. – Qual deles? Você sabe o nome do garoto?

— O sobrenome dele é James... Acho que se chama Liam. Mike disse que ele é levado para esses encontros quase todos os fins de semana e sempre volta quieto ou estranho.

— Meu Deus. – Sky pegou o celular de novo e se afastou da mesa sem explicar, deixando-os confusos com sua reação. Ele saiu do lugar de novo, procurou um lugar mais silencioso e longe o suficiente do bar para fazer a ligação. – Atende, Liam... Por favor, garoto. Liam?!

— Sky? – a voz dele estava sonolenta. – Skylar?

— Oh, querido, me desculpe! Te acordei?!

— É quase uma da manhã. – o tom manhoso derreteu o coração do mais velho. – Tudo bem? Aconteceu algo?

Preciso ver você!

— Agora?!

— Não, não! – riu de um jeito nervoso. – Mas eu preciso te ver e conversar... Sobre o que você tem feito, Liam.

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