No sábado à tarde decido sair de novo com meus amigos. Bebemos umas cervejas no bar do Asensio, jantamos numa pizzaria e depois seguimos para a boate Amnesia. Dou uma olhada à procura do detetive que Gustavo com certeza pôs na minha cola. Mas, claro, não descubro ninguém. Apenas gente se divertindo como eu. Quando já faz mais de uma hora que estou lá, Vetuche aparece. Olho para ele surpresa e ele sorri para mim.
— O que você está fazendo aqui?
— Sete Quedas sem você é muito chato.
Estranhando sua presença, volto a olhar para ele.
— Vetuche... você está se iludindo comigo. Nunca menti pra você e...
Põe um dedo na minha boca para me fazer ficar quieta.
— Eu sei, mas não consegui me segurar. Vamos... venha ao meu hotel. Temos que conversar.
Me despeço dos meus amigos e de Julia e prometo voltar logo. Sei que voltarei. A conversa que vou ter com Vetuche vai ser rápida e na certa não muito agradável.
Quando chegamos ao hotel, podemos sentir a tensão no ambiente. Me recuso a subir até seu quarto. Vamos ao bar e pedimos uma bebida. Conversamos durante uma hora, discutimos, deixamos claros nossos sentimentos. E, quando por fim tudo parece esclarecido e eu me preparo para ir embora, ele me pega pelo braço.
— Me dá uma chance, por favor. Você mesma acabou de dizer que não sabe se quer algo mais. Deixa eu te mostrar de uma vez por todas o que sou capaz de te dar. Você é linda, eu te adoro, suamanimação para fazer as coisas me enlouquece, e quero que saiba que eu faria tudo por você.
Preciso de carinho e suas palavras são, nesse momento, um alívio para minhas feridas. Não posso deixar de pensar no desgraçado safado do meu chefe. Fecho os olhos, e o olhar possessivo e misterioso de Gustavo Mioto aparece. Sem saber por quê, eu beijo Vetuche. Eu o beijo com tanto erotismo e vontade que até eu mesma me surpreendo.
Sem hesitar, Vetuche me arrasta até o elevador. Sei o que ele quer. Sei aonde me leva e eu deixo. Subimos até seu quarto. Por alguns minutos nos beijamos, enquanto eu o deixo percorrer meu corpo com as mãos. Mas me sinto uma traidora, não consigo parar de pensar em Gustavo. Quando ele começa a levantar minha saia jeans até a altura dos quadris, eu suspiro e, para sua surpresa, pego sua mão e o incentivo a me tocar.
Excitado com minha empolgação, Vetuche me joga na cama, deita em cima de mim se esfregando. É cauteloso. Sempre foi assim. Seu jeito de fazer amor não tem nada a ver com o de Gustavo. No sexo, Vetuche é devagar e delicado. Gustavo é rude e possessivo.
Dois homens diferentes, com duas formas diferentes de fazer amor.
Meu coração bate com força. Penso em Gustavo e isso me excita. Tenho certeza de que, se ele visse o que estou fazendo, ficaria tão excitado quanto eu. Seu jogo se transformou no meu. Neste momento, embora seja Vetuche quem me toca, é Gustavo quem me possui. Pego o celular e, disfarçadamente, tiro algumas fotos enquanto ele me beija.
Enlouquecido pela minha entrega, ele tira minha calcinha e se surpreende ao me ver de pernas abertas para ele. Sem demora, me lambe e, instantes depois, meu gemido toma conta do quarto enquanto deixo que ele me coma, me chupe, me penetre com seus dedos.
Estou de olhos fechados e sinto o olhar de Gustavo. Seus olhos ardentes me censuram, mas ao mesmo tempo são cheios de desejo. Não quero abrir os olhos. Não quero ver Vetuche. Quero continuar de olhos fechados e sentir a presença de Gustavo sobre mim.
De repente, Vetuche para e abro os olhos. Abriu a calça e está colocando um preservativo.
— Tem certeza?
Faço que sim com a cabeça. Não consigo falar.
Ele sorri, mas não diz nada. Instantes depois, com delicadeza, começa a entrar em mim. Um pouco... mais um pouco... mais um pouco, mas a impaciência me domina e sou eu quem vai em sua busca. Pressiono meus quadris e me encaixo nele, desejando que goze em mim. Esse ataque o pega de surpresa. Escuto-o suspirar. Ele me agarra pela cintura e move-se para dentro e para fora. Gosto disso. Isso... continua... continua... mas preciso de mais. Minha vagina se abre para recebê-lo, mas esse pênis não é o que eu desejo. Meus músculos se contraem, à espera de mais profundidade, mais voracidade, mas Vetuche, após várias investidas, goza e cai sobre mim.
Fecho os olhos e sinto vontade de chorar. Quero Gustavo. Quero fazer sexo com ele e que ele me faça estremecer. O que até um mês atrás era ótimo com Vetuche ou qualquer outro homem; agora, depois de Gustavo, ficou sem graça e monótono. Preciso de mais, e só Gustavo sabe me dar o que quero.
Sinto a cabeça de Vetuche em meu pescoço. Ouço-o respirar forte pelo esforço. Quando se afasta de mim, pergunta se estou bem. Minto e digo que sim. Não quero magoá-lo.
Ele me ajuda a me levantar e vou até o banheiro. Fecho a porta e jogo água no rosto, me olho no espelho e sussurro ao pensar em Gustavo:
— O que você fez comigo, seu babaca?
Depois de me lavar, saio do banheiro e encontro Vetuche sentado numa cadeira. Nos olhamos.
— Estou indo.
Sua expressão se contrai.
— Não, Ana Flávia... fique aqui.
Consciente de que estou me comportando como uma pessoa sem caráter, como uma idiota filha da puta, me aproximo e lhe dou um beijo na boca.
— Por favor, Vetuche, continue com sua vida e me deixe continuar com a minha. Nos vemos em Sete Quedas.
Dito isso, me viro e saio. Quando fecho a porta atrás de mim, fecho os olhos e suspiro. Sinto-me péssima. Ando até o elevador e, já na rua, ligo para minha amiga Julia. Me diz onde estão e eu corro para lá. Preciso encher a cara e esquecer o que acabei de fazer.__________________________________
Continua.............☆
O que o iceman fez com a pitica da Ana Flávia??
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Peça-me o que quiser, miotela ✔️
FanfictionPara todas as pessoas a quem a paixão enamora e o amor apaixona. Conta a história da secretária espanhola Ana Flávia Castela e seu chefe, o alemão Gustavo Mioto, também conhecido como Iceman - um homem muito sério e com os olhos castanhos mais inten...