Capítulo 51

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Saio do escritório às seis da tarde, e vou direto para casa. Assim que chego, só tenho tempo de deixar a bolsa em cima do sofá, tirar o blazer e a campainha toca. Abro a porta e Gustavo se lança sobre mim. Me beija com prazer, me pega entre seus braços e murmura após me dar um tapinha:
— Depravada. Que história é essa de ficar me provocando no escritório?
Achando graça de seu comentário, solto uma risada enquanto ele acaricia meu pescoço.
— Vou te fazer pagar por ter me deixado excitado o dia todo.
Continuo rindo enquanto ele desabotoa minha saia, que desliza pernas abaixo. Nesse momento, me desvencilho de suas mãos e corro pela casa. Ele vai atrás de mim e rimos à beça.
Chegamos ao quarto, subo na cama e começo a pular como uma criança. Gustavo me olha, sorri e enquanto abre a camisa e depois a calça, avisa:
— Pula... pula... vai pulando, que já já eu te agarro e aí você vai ver só.
Feliz pelo momento tão bobo que estamos vivendo, pulo fora da cama e corro de novo até a sala. No corredor Gustavo me agarra pela cintura e me encosta na parede. Seus lábios se colam aos meus outra vez e sua língua me invade com sofreguidão.
Ele tira minha blusa e a joga no chão. Desabotoa o sutiã e arranca a calcinha.
— Meu Deus... — diz, em meio a risadas. — Passei o dia inteiro desejando fazer isso.
— Sério?
— Sim, querida... sério.
Dou um beijo nele. Eu também estava desejando esse momento e, ao sentir minha reação tão instantaneamente acolhedora, Gustavo deixa escapar um suspiro de satisfação, me ergue e mergulha devagar em mim. Fecho os olhos, solto um gemido, me contorço e, quando sinto que ele não se move, abro os olhos e murmuro perto de sua boca:
— Vamos... vamos.
Gustavo ri, sai de mim e devagar torna a entrar.
— Gustavo ...
— Que foi, querida?
— Mais... quero mais.
Sai de mim novamente.
— Mais o quê?
O sangue ferve descontrolado por todo o meu corpo, e eu arranho suas costas exigindo mais. Ele ri e obedece. Aumenta o ritmo e me dá o que estou pedindo. Uma vez... depois outra... e mais outra, enquanto eu morro de prazer e ele morde meu queixo com paixão.
Ele me come cada vez mais fundo e, quando meu orgasmo chega e eu grito, ele grita também e me aperta contra seu corpo.
— Sim, Ana... siiiiiiim.
Exaustos, ficamos apoiados na parede do corredor, enquanto beijo seu ombro e ele respira em meu pescoço. De novo, acabamos de fazer o que sabemos fazer de melhor e estamos plenos e satisfeitos.
Me coloca no chão e vamos nus até a cozinha. Precisamos de água e, quando voltamos para a sala, ele me ergue outra vez entre seus braços.
— Te ver no escritório e não poder te tocar é uma tortura.
— Uma tortura... confesso... pra mim também.
— Te vi com Luan hoje de manhã. O que você estava fazendo?
— Tomando café, como todo dia de manhã.
— Esse cara...
— Escuta, meu lindinho desconfiado — eu o interrompo —, eu e Luan somos apenas colegas. Nos damos super bem e nada mais. É verdade que ele arrasta as asinhas pro meu lado, mas ele sabe que não tem a menor chance comigo.
— Tá vendo? Você acaba de admitir. Ele dá em cima de você.
Adoro essa sua expressão séria. Seu ciúme bobo é irresistível. Eu o beijo.
— Não tem perigo. Não perca tempo se preocupando com algo que nunca vai acontecer.
Nunca mesmo?
Nunca, Gustavo... acredita em mim, meu amor. Eu só amo você e só preciso de você. — Quando vejo como me olha, eu me assusto com o que acabo de dizer e acrescento: — Em compensação, eu, sim, tenho motivo pra me preocupar.
— Você? Por quê?
Respiro fundo e pergunto:
— Você já fez algum dos seus joguinhos com minha chefe?
Seus olhos castanhos ficam me encarando. Por um instante que me parece eterno, ele pensa como vai responder.
— Jantei com ela e reconheço que ficamos flertando, mas não muito mais que isso. Nunca misturo trabalho com minhas brincadeiras.
Sua resposta me faz rir.
— Sei... E eu sou o quê? Não se esqueça de que trabalho na sua empresa...
— Você foi minha única exceção. Desde a primeira vez que te vi no elevador e você me confessou que poderia se transformar na menina do Exorcista, acho que me apaixonei por você.
— Ah é?
— É... Por isso não parei de te perseguir até ter você como tenho agora. Nua em meus braços.
— Bom saber — reconheço encantada.
Gustavo me beija e me deixa sem ar.
— Melhor ainda é saber que tenho você... moreninha.
Sorrio e desta vez sou eu quem o beija.
— A partir de agora, te proíbo que fale gracinhas para a minha chefe, entendeu?
Meu deus grego move a cabeça num gesto de concordância e me devora os lábios de um jeito só dele.
Eu quero só você, querida. Só preciso de você.
Sua boca desce até meus seios; me curvo para trás e eles ficam à mostra. Ao me mexer, percebo sua ereção e já estou ansiando que ele continue a brincadeira. Gustavo sorri e me dá uma palmada, e bem nesse momento a porta da rua se abre e eu quase caio para trás ao ver minha irmã e minha sobrinha.
— Pelo amor de Deus, o que você está fazendo? — grita minha irmã ao nos ver.
Rapidamente tapa os olhos da minha sobrinha e elas dão meia-volta.
Achando graça nós dois nos olhamos. Quero rir, mas, ao ver que minha sobrinha tenta se virar e olhar para nós, digo baixinho:
— Vamos nos vestir.
Ele concorda.
— Duda, dá uns minutinhos pra gente. Já voltamos.
— Tá bem, fofinha.
Gustavo me olha e pergunta intrigado:
— Fofinha?
Belisco seu braço.
— Nem pensar me chamar assim, ok?
Em meio a risadas, voltamos para o quarto. Nos vestimos em poucos minutos e em seguida vamos encontrar minha irmã na sala.
Ao nos ver, Duda move a cabeça num gesto de reprovação. Eu a pego pelo braço e a levo até a cozinha.
— Vem cá, Eduarda...
Gustavo e minha sobrinha ficam na sala. Quando entro com minha irmã na cozinha, sussurro:
— Você quer fazer o favor de tocar a campainha antes de entrar?
— Me... me... me desculpa. Mas, ao ver vocês dois nus, e como eu estava com Antonella...
— Duda... para de gaguejar. E tudo bem, Antonella não viu nada que vá traumatizá-la. Mas te garanto que, se vocês tivessem chegado cinco minutos antes, talvez ela visse coisa pior, então, por favor, bate antes de entrar, ok?
— Ok... e... Ah, Ana Flávia! É o Gustavo, né?
— É.
— Que bom, fofinha. Vocês se acertaram?
Por enquanto acho que sim.
— Ah, você não sabe como fico feliz em ouvir isso — diz minha irmã.
— E eu...
Duda sorri e chega mais perto de mim.
— Como papai vai ficar contente. Já me falou que foi muito com a cara dele. Aliás, que bumbum bonito ele tem.
— Eduarda?! — digo, achando graça.
— Ai, filha...! O que você quer que eu diga? Não pude deixar de olhar. Tem um bumbum perfeito.
— Verdade. Não tenho como negar.
— E que costas... E não digo nada das outras coisas em que reparei, porque... Ai, meu Deus!
— Para... — Eu rio. — Para... que eu te conheço.
Minha irmã também está rindo.
— Saiba que você tem muita sorte por ele ser tão grande. Eu gostaria que meu José pudesse me pegar nos braços assim. Ai, meu Deus... isso até me dá calor! Anda, toma... Vim te trazer uns croquetes e... desculpa por ter aparecido num momento desses.
Alguns minutos depois, minha irmã e minha sobrinha vão embora. Gustavo me olha.
— Sabe o que tua sobrinha me disse?
Convencida de que essa bruxinha soltou alguma de suas pérolas, olho para Gustavo e ele desata a rir.
— Ela disse literalmente: “Se você bater de novo na minha tia, eu te dou um chute no saco que você vai ver só.”
Tapo a boca e arregalo os olhos antes de cair na gargalhada. Ao ver minha expressão, Gustavo ri comigo e, cheio de vontade de continuar com a brincadeira de antes, murmura:
— Vamos pro chuveiro. Quero continuar de onde paramos.
— Devo te lembrar que você disse que tínhamos que ter uma conversa séria.
— Exatamente... — Sorri. — Mas agora tenho outras coisas mais importantes pra fazer... fofinha.


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Continua........☆

A vergonha que eles passaram.

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