Às oito da noite, Bruna e eu decidimos começar a nos arrumar. Eles também. Nos vestimos separados para surpreender um ao outro, e gosto disso. Quero que Gustavo tenha uma surpresa. Bruna se oferece para me maquiar, algo que não faço com muita frequência, então aceito. Ela é esteticista. Me aplica uma sombra escura nas pálpebras e usa bases de mil potinhos no rosto todo. E, quando me olho no espelho, minha expressão é impagável. Essa desconhecida com esses olhões sou eu?
Bruna ri e me anima a continuarmos com a produção. Ela comprou um vestido vermelho, decotado e cheio de franjas, e eu um prateado de lantejoulas, solto até os quadris. Os dois vão até os joelhos e são sensuais e provocantes. Usaremos sapatos de salto incríveis, colares imensos, plumas no cabelo e também umas luvas compridas até acima dos cotovelos. Quando acabamos, nos olhamos no espelho e Bruna diz, achando graça:
— Uau... estamos parecendo melindrosas de verdade!
— Melindrosas? O que é isso?
— Ana Flávia, nos anos 20 a mulher mudou radicalmente de imagem e ficou mais livre... mais atrevida. As melindrosas dançavam charleston e se vestiam de maneira diferente, provocativa e meio doidinha. Exatamente como a gente. Prontas pra deixar os homens loucos.
Isso me faz rir. Bruna é divertida e tem um senso de humor maravilhoso. Pegamos nossas piteiras de meio metro que compramos e descemos para a sala, onde os rapazes nos esperam.
Antes de entrar, vejo Gustavo e fico sem palavras. Usa um terno branco, uma camisa preta e um chapéu de época, no estilo Al Capone. Está sexy e gatíssimo. Felipe também, mas seu terno é cinza e sua camisa vermelha. Quando nossos olhares se encontram, sorrio. Reparo que ele gosta da minha fantasia e vem, me pega pela mão e me faz dar uma voltinha na sua frente.
— Está deslumbrante.
— Gostou?
— Adorei, tanto que acho que nem vou te deixar sair de casa.
Isso me faz rir. Me afasto dele e me requebro um pouco para que o vestido balance.
— Sou uma melindrosa! — Por sua expressão vejo que não sabe do que estou falando, então explico: — Uma mulher desinibida da época do charleston.
Gustavo sorri, me pega pela cintura e, enquanto seguimos Bruna e Felipe até o carro, murmura em meu ouvido:
— Muito bem, melindrosa... vamos nos divertir.
Às nove e meia, entramos numa linda mansão decorada no mais puro estilo anos 1920. Fascinada, olho ao redor e me surpreendo ao ver uma banda tocando no fundo de um enorme salão. Os músicos estão de branco, como nos famosos filmes de gângsteres que eu via quando era pequena.
Gustavo me apresenta aos anfitriões e estes, encantados, elogiam minha roupa. Eu sorrio, feliz. Felipe e Bruna também os cumprimentam. Entro no salão e vejo as pessoas conversando animadamente e percebo que todo mundo conhece Gustavo e fala com ele. Enquanto me apresenta aos empregados da casa, eu fico admirada. Saber que é uma festa em que todos estão em busca de sexo é algo que me surpreende. Há gente de todas as idades. Gente jovem e gente mais velha. Terminadas as apresentações, Gustavo e eu ficamos um tempo curtindo o som. Bruna, que sabe tudo sobre os anos 1920, é quem me diz se está tocando um boogie-woogie, um charleston ou um foxtrot. Eu não entendo nada disso. Sou mais um rock. E, quando já entornamos vários copos, descubro que foi Bruna quem ajudou Mari, a dona da casa, a organizar a festa.
Conforme as horas vão passando, percebo como os homens se aproximam de nós e me devoram com os olhos. Sei o que estão pensando, mas estou tranquila. Ninguém, absolutamente ninguém, diz nada que possa me incomodar. Todos são muito educados. Após várias bebidas, vou até o banheiro junto com Bruna. Estamos morrendo de vontade de fazer xixi. Rapidamente vamos aonde está desocupado, e a porta do banheiro se abre e entram outras mulheres. Muitas, que não conheço, falam bem alto e, ao escutar o nome de Gustavo, resolvo prestar atenção.
— Que bom ver Gustavo de novo, né?
— Ah, sim... fiquei muito feliz que ele veio. Está muito gato.
— Quanto tempo fazia que ele não vinha a uma de nossas festas?
— Dois anos.
— Realmente ele está ótimo. Tão atraente e sexy como sempre.
— Sim... parece estar recuperado do que aconteceu. Tadinho.
Recuperado? O que houve com Gustavo?
Decidida a saber mais, fico de ouvido ligado, mas logo ouço a voz de Bruna:
— Garotas, vocês estão lindas! Onde compraram essas roupas?
Em seguida mudam de assunto e passam a falar de compras. Saio da cabine e Bruna me apresenta e todas são supersimpáticas comigo. Quando saímos do banheiro, uma delas, Criss Paiva, caminha ao meu lado e pergunta:
— Você veio com Gustavo, né?
— Sim.
— De onde você é?
— De Madri.
— Ah, adoro a capital! Eu e meu marido somos de Huelva, mas vamos muito a Madri. Temos um apartamentinho lá, na rua Princesa.
Saber disso me deixa surpresa.
— Eu moro na Serrano Jover.
— Tem uma academia de ginástica ali, né?
— A Holiday Gim? — A mulher faz que sim com a cabeça. — É a minha academia.
Criss sorri e diz:
— O mundo é um ovo, menina. Meu apartamento fica perto, e é a essa academia que eu e Thiago vamos quando estamos em Madri.
Nós duas sorrimos da coincidência.
— Então com certeza a gente vai se ver por lá.
— Sim, com certeza.
Falamos mais um pouco, enquanto observo Gustavo conversar com uma mulher e um homem no fundo da sala. Parece entretido. Sua expressão está relaxada e vejo que ele sorri. Criss é simpática, pula de um assunto a outro, e logo me apresenta a outras mulheres. Quando ficamos sozinhas novamente, pega duas taças de champanhe em uma mesa.
— Gostaria de passar uns momentos agradáveis comigo na sala ao lado?
Fico vermelha, azul e verde. A mulher, ao perceber, sorri.
— Se mudar de ideia, me avisa, ok?
Quando se afasta, pisca um olho e eu caminho até Gustavo. Ele, ao me ver chegar, me dá um beijo na boca e continua falando com o casal que o acompanha. O bufê é livre, e os convidados começam a beliscar uma porção de comidinhas gostosas.
Sinto os olhares dos homens sobre mim e também os de muitas das mulheres, mas, quando vejo como várias delas olham para Gustavo, fico um pouquinho chateada. Meu sentimento de posse surge forte e, ao fim, consciente do que está acontecendo, Gustavo me acalma e me lembra de onde estamos. Mas as mulheres que se aproximam de nós o devoram com os olhos, e vou ficando uma fera. Gustavo acha graça e logo me leva pelo braço para uma janela. Assim que ficamos a sós, me beija na boca.
— Essas brotoejas no pescoço estão te entregando. Que é que houve?
— Nada.
Impulsivamente faço menção de me coçar, mas Gustavo segura minha mão e sopra meu pescoço.
— Não, moreninha... não. Se você coçar, vai piorar.
Isso me faz rir. Lembro o que acabei de escutar no banheiro e decido perguntar, mas ele se antecipa.
— Ouça, amor. Conheço essa gente há anos. Pode ficar tranquila. Olho para aquela mulherada e sinto que todas nos observam. O celular de Gustavo começa a apitar e novamente leio no visor: “Thaynara.”
Já li esse nome várias vezes em seu telefone e não aguento mais:
— Quem é Thaynara?
Gustavo guarda o celular e olha para mim.
— Alguém do meu passado. Nada importante.
Tomo um gole da minha taça. Gostaria de saber mais sobre essa mulher, mas acabo mudando de assunto.
— Quando eu estava no banheiro, tinha umas mulheres falando de você.
— Ah, sim... Espero que tenham sido coisas boas e excitantes — murmura, rindo.
Sua expressão maliciosa me faz arregalar os olhos.
— Babaca.
Minha resposta o diverte e, enquanto acaricia minhas costas, ele sussurra:
— Menina... são antigas conhecidas.
— Diziam alguma coisa sobre você parecer recuperado.
Ele fica tenso. Para de fazer carinho nas minhas costas.
— Não estou interessado nas fofocas dos banheiros femininos.
— Nem eu, espertinho — insisto. — Mas, ao ouvir aquilo, pensei que...
Gustavo me interrompe, chateado.
— Já te disse que não estou interessado.
Sua resposta fria põe fim na conversa. Corta qualquer possibilidade de contar alguma coisa dele, como sempre faz em relação a sua vida pessoal. Por fim resolvo quebrar o gelo e mudo de assunto, digo:
— Me incomoda o jeito como algumas mulheres olham pra você.
Gustavo sorri. Dá um gole na taça e se vira para mim.
— E você reparou como os homens te olham? — Balanço a cabeça, indicando que sim. — A diferença entre elas e eles é que elas querem que eu as deixe nuas e eles querem deixar você nua. Elas querem que eu lhes dê prazer, e eles querem te dar. Não acha que eu posso estar mais chateado que você?
Suas palavras me fazem sorrir. Olho para ele, que então chega mais perto de mim.
— Lembre-se, Ana, seu prazer é meu prazer e hoje meu único prazer é você. Quero tirar sua roupa e...
— Fica quieto...
— Que foi?
— Assim fico excitada, Gustavo.
O risinho que ele solta me faz relaxar. Gustavo me beija e me atrai para si.
— É o que eu quero, moreninha. Que você fique excitada.
Em seguida, a banda começa a tocar uma música sensual, e Gustavo me pega pela cintura e me convida para dançar. Dançamos olhando um para o outro. Não precisa falar, seu olhar já me diz o quanto me deseja. Isso mexe profundamente comigo. Depois segura minha mão e caminhamos por um amplo corredor da casa. Uma porta se abre e de lá sai um homem que nos cumprimenta:
— E aí, Gustavo, que bom te ver!
Apertam-se as mãos e Gustavo responde:
— Digo o mesmo, amigo. Não sabia que você estava por aqui.
O homem moreno sorri e, após me olhar de cima a baixo, continua:
— Estou passando férias em Cádiz. Além disso, você sabe que não perco nenhuma festa de Mari e Theo... São fantásticas!
Os dois sorriem e então Gustavo se volta para mim.
— Ana Flávia, esse é Luan Santana, um grande amigo meu. Luan, essa é Ana Flávia, minha namorada.
Uau! Ele disse que sou sua namorada.
Sorrio e cumprimento o recém-chegado com dois beijinhos, mas, assim que me afasto, ele diz:
— Prazer, Ana Flávia. Hummmm... você tem uma pele muito macia.
Fico como uma boba, e então ouço Gustavo dizer:
— Ela é toda macia e gostosa.
Me contraio enquanto sinto que os dois homens se olham. Gustavo está me oferecendo? Instantes depois, Luan Santana abre a porta que tinha fechado.
— Vamos entrar?
Gustavo me segura e entramos.
É um quarto espaçoso, com uma luz vermelha. Luan fecha a porta e vejo que não estamos sozinhos. Há três casais numa das tantas camas daquele quarto, e começo a ficar nervosa. Sei por que estamos ali e isso me inquieta. Luan se aproxima de um pequeno balcão e serve três taças de champanhe. Gustavo me olha e sussurra, provocando-me arrepios:
— Que tal brincar com Santana? Sei que você o prefere a uma mulher.
Olho para ele. É moreno e atraente. Alguém que sem dúvida eu teria reparado se tivesse conhecido em outro momento. Gustavo espera uma resposta.
— Legal.
— Posso te oferecer a ele?
Meu estômago se contrai, mas, excitada, respondo que sim.
— Pode.
— Ótimo. — Gustavo sorri e eu vejo seus olhos brilharem.
Segundos depois, Santana se aproxima e nos entrega as taças. Falam em alemão e tentam me integrar na conversa. Dá para perceber que se conhecem e que existe uma cumplicidade entre eles. Mas estou muito nervosa, ainda mais quando Luan vem me beijar nos lábios. Gustavo o impede.
— Sua boca e seus beijos são só meus.
Fico emocionada ao ouvir isso e notar o sentimento de posse na sua voz. Santana concorda logo. Não ficou chateado com o que Gustavo disse.
— Vamos nos sentar? Assim ficamos mais à vontade.
Gustavo me segura pelo braço e me faz sentar num sofá. Dou um gole na minha bebida e nos sentamos cada um de um lado. Estou nervosa. Me sinto um animal indefeso diante do olhar atento dos predadores. Ouço gemidos. Perto de nós outras pessoas transam. Seus ruídos ecoam pelo quarto e não consigo parar de olhar. O que fazem me deixa agitada, mexe muito comigo, ainda mais quando Gustavo chega pertinho e chupa o lóbulo da minha orelha.
— Excitada?
Respondo que sim. Santana põe a mão no meu joelho e vai me acariciando, subindo pela minha coxa.
— Gustavo tem razão. Você é muito macia.
Gustavo concorda. Nesse momento, a porta se abre. Entram duas mulheres e um homem, e, depois de olhar pra gente, vão pra outra ponta da sala. Uma das mulheres se senta num dos sofás do fundo, levanta o vestido, e a segunda mulher, diante do olhar do homem, começa a chupá-la.
— Uau... a festa está esquentando — diz Santana, sorrindo.
Gustavo olha para mim e me pede com voz neutra:
— Ana... tira a calcinha.
Já estou tão excitada por tudo o que está acontecendo à minha volta que nem penso: levanto e, em dois movimentos, tiro logo. Em seguida, me sento novamente entre eles. Gustavo pega a calcinha das minhas mãos e a guarda no bolso da calça.
— Abre as pernas, menina — ordena.
Obedeço. Santana começa a me tocar. Começa a me acariciar no joelho outra vez, mas agora dum jeito lento e contínuo. Passa para a parte interna das minhas coxas e, quando seus dedos roçam minha vagina, murmura:
— Você está molhada e eu adoro isso. Sinal de que vamos nos divertir muito, linda.
Sinto que enfia um dedo em mim e logo dois. Me recosto mais no sofá e solto um gemido. Gustavo beija minha boca enquanto é outro homem quem percorre meu corpo com as mãos.
— Assim, querida... Quero que tenha prazer na minha frente.
Santana continua e estou encharcada. Sentir seus dedos em mim e os beijos de Gustavo está me deixando louca.
— Gosta disso, pequena?
— Gosto.
— Quer mais?
— Quero.
Santana nos escuta e pergunta:
— O que mais você quer, linda?
— Ana... — acrescenta Gustavo. — Diga a Santana o que você quer.
Estou vermelha como um tomate, e meu corpo inteiro arde. Pelo menos a luz vermelha ajuda a disfarçar. Minha boca está seca, e Gustavo percebe que não consigo falar.
— Se você não disser, querida... não faremos nada.
— Quero... quero que façam comigo o que vocês quiserem.
— Hummmm... disposta a tudo? — murmura Santana. — Que tal uma dupla penetração?
— Não. Por enquanto só meteremos na sua vagina — diz Gustavo, e Santana aceita.
Excitada e de pernas abertas pra eles, deixo escapar um gemido quando Gustavo chega ainda mais perto.
— Levante-se e vire-se, Ana.
Obedeço e, instantes depois, ele abaixa o zíper do meu vestido de lantejoulas, que cai aos meus pés. Estou completamente nua diante de Santana, e meu peito sobe e desce agitado. Gustavo beija meu pescoço.
— Ofereça a ele seus seios.
Me aproximo, e Santana os toca e os chupa. Primeiro um seio e depois o outro. Gustavo, que está atrás de mim, me empurra com delicadeza e caio sobre o rosto de Santana, que agarra, junta meus seios e enfia os dois mamilos na boca, enquanto Gustavo massageia minha bunda e me dá um tapa. Passa sua mão por minha vagina molhada e mete um dedo no meu interior. Fico cada vez mais excitada. Os dois homens estão me tocando à vontade e gosto disso. Quando estou quase gozando, Gustavo deixa de me tocar e vai para trás do sofá.
— Ana... suba no sofá.
Obediente, faço o que ele pede.
— Agora quero que você se ofereça a Santana bem aberta e deixe que ele te saboreie.
Obedeço. Santana recosta a cabeça no sofá e eu, com uma perna em cada lado de seus ombros, me agacho pra que ele prenda firmemente minhas coxas e me atraia para si. Minha vagina fica totalmente sobre seus lábios, e ele começa a brincar com ela e com meu clitóris. Sua boca desliza de um lado ao outro, e eu solto gemidos de puro prazer.
Gustavo me observa. Em seu olhar vejo o brilho da luxúria e isso mexe ainda mais comigo. Ele se delicia e sua respiração fica entrecortada. Por fim, aproxima-se do sofá, segura minha cabeça e me beija enquanto Santana continua em ação. Enquanto sua língua brinca com meu clitóris, sinto seu dedo entrar e sair de mim rapidamente. O calor aumenta cada vez mais, ao mesmo tempo que me sinto um brinquedinho delicioso nas mãos desses homens. Mas eu gosto do que estão fazendo. Gosto de ser o brinquedinho deles, ainda mais quando Gustavo murmura em minha boca:
— Você é meu prazer... me dá mais, pequena.
Solto um grito devastador e gozo na boca de Santana.
Minha vagina está latejando. Suga o dedo de Santana que está dentro de mim, e eu o ouço dizer:
— Assim, linda. Grite e goze pra nós dois.
Nesse momento, uma mulher chega e nos olha. Eu a reconheço. Criss Paiva! Por uns minutos ela fica só olhando, enquanto continuo me mexendo com prazer, gemendo sem parar, com Santana me chupando e metendo seu dedo em mim. Marisa, excitada pela cena, se deita num divã próximo e começa a se masturbar.
Instantes depois, Gustavo diz a Santana que pare. Pega meu vestido, me faz descer do sofá, e nós três caminhamos até uma porta que fica no fundo da sala. Sinto meu coração bater forte enquanto ando nua entre os dois e chego a latejar de excitação. No caminho, observo outras pessoas gritando de prazer. Quando atravessamos a porta, Gustavo se detém.
Estou sufocada de desejo. Acho que vou explodir. Gustavo abre uma porta e entramos num pequeno quarto onde há uma cama e um sofá. Cada vez estou mais excitada. Gustavo deixa meu vestido na cama e se senta no sofá. Me chama e me faz sentar sobre ele. Abre minhas pernas, flexiona-as e me oferece. Santana, sem falar nada, se ajoelha, se coloca entre minhas pernas e volta ao ataque, enquanto Gustavo murmura no meu ouvido:
— Assim, Ana... Quero que você esteja à minha disposição sempre. Sou seu dono e você, minha dona. Só eu posso te oferecer. Só eu posso abrir suas pernas às outras pessoas. Só eu...
— Sim... só você. Brinca comigo — murmuro.
Percebo que minha voz e minhas palavras o excitam, ao mesmo tempo que me estimulam também. O que estou dizendo é uma verdadeira loucura, mas é o que eu desejo. Quero que ele me ofereça. Quero sucumbir ao que ele me pede. Quero tudo isso.
— Você me deixa louco, querida, e escutar seus gemidos e o jeito como você deixa que eu te guie é a melhor coisa que existe. Estamos aqui. Você está nua nos meus braços e outro homem brinca contigo. Ah... meu Deus! Gosto de te sentir minha em todos os sentidos. Quero que você aproveite. Quero que você explore e se deixe explorar. Quero te comer e ver outros te comendo. Quero tanta coisa de você, querida, que até me dá medo.
Isso me faz gemer e me contorcer. Estou com calor. Muito calor. Não consigo resistir à situação. Estou em cima de Gustavo. Ele abre minhas pernas. Me oferece a outro homem. Sinto a dureza de seu sexo contra meu traseiro, enquanto um homem de quem só sei o nome, Santana, me chupa.
O orgasmo está prestes a vir.
— Quer mais? — pergunta Gustavo.
— Quero... ah, quero...
Ao escutar minha resposta, Gustavo se move e se levanta. Eu me levanto também e Santana faz o mesmo. Gustavo me pega pela mão e me senta sobre a cama. Vejo que fala algo com Santana e então diz:
— Vou realizar sua fantasia, querida.
Esses dois deuses gregos ficam completamente nus na minha frente e eu contemplo suas vigorosas ereções. Gustavo fica de um lado e Santana se aproxima de mim.
— Deite-se na cama e abra as pernas, linda.
Olho para Gustavo, ele faz que sim e eu obedeço. Nua e com os mamilos arrepiados, eu me deito no centro da cama e percebo que há espelhos no teto. Como um deus nórdico, Gustavo sobe na cama e aproxima seus lábios dos meus.
— Peça-me o que quiser.
Estou confusa e superexcitada. Ele me beija e eu estremeço quando suas mãos deslizam pelos meus mamilos. Santana nos observa e isso me estimula ainda mais. Então lembro algo de
que Gustavo gosta.
— Quero que Santana me coma enquanto você me oferece, me beija e olha pra mim. Sei que você vai gostar disso. E, quando ele gozar, quero que você me coma do jeito que sabe que eu gosto.
À medida que vou dizendo essas coisas, vejo a cara de Gustavo iluminar-se. Seus olhos faíscam. Entrei totalmente no seu jogo e ele sabe disso. Me dá um último e lascivo beijo antes de se levantar da cama. Depois se vira para Santana e diz:
— Come ela.
— Será um prazer, amigo — murmura Santana, sorrindo.
Em seu rosto se vê o desejo, e seu pênis ereto revela a vontade que tem de executar a ordem de Gustavo. Sobe na cama e monta em mim. Sinto seu pau em minha barriga e, quando se agacha, estica meus braços e enfia um dos meus mamilos na boca. Respiro ofegante enquanto olho para Gustavo. Durante vários minutos, sinto Santana chupando e sugando meus mamilos e manuseando meu traseiro sob o olhar atento do meu dono. Aperta minha bunda com suas mãos e eu gosto disso. Depois, desce até minhas pernas e, sem rodeios, agarra-as e as coloca sobre os ombros me erguendo alto.
Com os olhos muito abertos, observo os espelhos do teto e fico ainda mais excitada. Estou nua num quarto com dois homens e de pernas abertas para um desconhecido que vai me comer. E, o melhor, Gustavo está ao meu lado, assistindo a tudo, e eu quero muito aproveitar. Por vários segundos, Santana não faz nada até que o ouço dizer, enquanto sinto que enfia seus dedos em mim:
— Você está encharcada e sua boceta está me deixando louco.
Volto a sentir sua boca me invadindo, e Gustavo fica a meu lado de novo.
— Assim, pequena... — diz Gustavo. — É o que você queria, né?
— É.
— Vamos, querida, abra bem as pernas pra que eu possa desfrutar de você e goze pra que eu te saboreie bem. Depois, eu vou te foder como estou pensando em fazer há horas.
Em outra época eu detestaria uma linguagem tão chula. Inclusive teria ficado muito irritada, mas agora, estou gostando. Me estimula. Me deixa fora de mim.
Santana segura minha bunda pra me colocar totalmente em sua boca. Ele me saboreia e eu respiro ofegante. Solto um gemido e me contorço. Percorre meu sexo com a língua várias vezes, e então Gustavo segura minhas mãos acima da minha cabeça e eu não consigo deixar de olhar para sua ereção. Santana, sem me dar trégua, chega até meu inchadíssimo clitóris. Está enorme, muito estimulado. Preso entre os dentes de Santana, que fica chupando. Grito. Me contorço de novo. Quero mais.
Olho para Gustavo para o pau dele. Ele sorri ao perceber minhas intenções e, quando um gemido sai da minha boca, Gustavo se agacha e o põe entre meus lábios. Quero enfiá-lo inteiro na boca. Eu o chupo, mas ele o retira rapidamente.
— Não, pequena — diz, agachando-se. — Se eu deixar você fazer o que quer, não vou conseguir parar.
Minha vagina se contrai e então Santana abaixa minhas pernas. Em seguida coloca um preservativo.
— Vou te comer, linda. Vou te comer na frente do seu homem e ele vai te abrir pra mim, enquanto te segura pra você não se mexer.
Grito. Estou sem ar.
Os olhos de Gustavo brilham. Ele gosta de ficar olhando. Gosta de me ter assim. E então Gustavo se agacha e abre os lábios da minha vagina com suas mãos. Santana segura minhas coxas, põe seu pênis na entrada e pouco a pouco puxa minhas coxas e me atrai para si. Me contraio, toda molhada enquanto sinto Gustavo me encaixando em Santana. Suas mãos pressionam minha vagina e ele totalmente se enfia em mim.
Meu Deus... que sensação maravilhosa!
Gustavo afasta as mãos da minha vagina, pega minhas próprias mãos e as mantém presas acima da minha cabeça. Nesse momento, Santana move os quadris em busca de mais profundidade e se enfia mais. Solto um gemido, depois outro, e Gustavo me cala com sua boca. Ele devora meus gemidos, que o deixam louco.
Santana continua sua dança particular dentro e fora de mim. Uma vez, depois outra, e outra... Me come exatamente do jeito que Gustavo pediu e eu adoro isso. Abro as pernas pra ele e deixo que me penetre várias vezes até que meus gemidos ficam mais rápidos e mais altos.
Gozo e me contorço entre as mãos deles.
Santana me solta. Gustavo faz o mesmo e, quando Santana sai de dentro de mim, vejo os dois homens mudarem de posição na cama. Agora, Gustavo está entre minhas pernas e Santana acima da minha cabeça. Enquanto minha respiração vai voltando ao normal, observo Gustavo colocando um preservativo; depois, pega uma espécie de jarra d’água e a despeja sobre meu sexo. A água geladinha me faz gritar de novo.
— Meu Deus... eu te comeria outra vez! — diz Santana, retirando a camisinha.
Gustavo sorri, olha para seu amigo e, enquanto me enxuga com uma toalha, murmura:
— Você vai fazer isso...
Fecho os olhos. Ainda não consigo acreditar no que estou fazendo. Quando os abro, vejo a cara de Gustavo bem diante da minha, e ele me pede:
— Me beija.
Abro a boca e o beijo enquanto sinto que desliza sua ereção desde meu clitóris até meu ânus. Brinca comigo. Me estimula e eu grito. Estou molhada e escorregadia e isso me excita e o excita também. Enfia seu dedo em mim e, como estou muito aberta, ele enfia três de uma vez.
— Menina... você está tão aberta e convidativa... Está gostando, né?
— Estou... sim...
Me mexo sobre sua mão. Imploro o que quero, enquanto Gustavo continua sua brincadeira comigo e Santana nos observa.
De repente, sinto que um de seus dedos escorregadios para no meu ânus. Com movimentos circulares ele o estimula e, quando tento impedir, seu dedo se move em meu interior. Por alguns segundos ele fica mexendo ali enquanto me contorço pra ele continuar e então percebo que o pênis de Santana volta a ficar ereto sobre meu rosto.
Minha visão fica embaçada, até que Gustavo tira seu dedo do meu ânus e, de uma só vez, mete em mim. Grito. Ele para e me olha. Deita-se sobre mim, põe uma mão na minha cabeça e a outra no meu traseiro.
— Caraca, menina... você está me deixando louco. É isso que você quer?
— É.
Move os quadris e afunda mais ainda em mim, enquanto sinto seus testículos quase entrarem também. Solto um gemido. Sua enorme glande superexcitada é muito mais larga e comprida que a de Santana. Sinto minha carne se abrindo para ele e isso me faz gemer e me contorcer entre seus braços. Gustavo me beija, entra uma... duas... três... quatro e mil vezes em mim com voracidade, e me arranca gemidos de prazer. Santana me segura pelos ombros para que eu não me mexa. E então as penetrações de Gustavo vão ficando mais secas e profundas, enquanto Santana murmura:
— Assim, linda... aproveite...
Meus gritos não demoram para recomeçar. Agarro Gustavo pelo traseiro e o obrigo a golpear-se contra mim várias vezes, e ao mesmo tempo vejo bem na minha frente o pau inchado e duro
de Santana. Estou quase lhe pedindo que enfie todo na minha boca, até que Gustavo lê meu pensamento.
— Não. Olhe pra mim.
Rapidamente obedeço e sinto Santana soltando meus ombros e descendo da cama. Gustavo fixa em mim seus olhos incríveis e me dá um tapa que me queima, enquanto me come com força.
Sua respiração é brusca, inconstante, mas ele me faz estremecer a cada novo ataque. Me dá outro tapa. O calor me sobe pelo corpo e eu solto um gemido e digo seu nome:
— Gustavo...
A excitação me incendeia, até que ele me dá mais um tapa e enfia na vagina um dedo junto com o pênis e eu volto a gemer. Seu dedo encharcado com meus fluidos vai direto ao meu ânus e, ao sentir que ele o enfia, eu grito. Desta vez, a penetração é mais forte. Seu dedo demolidor entra e sai do meu ânus enquanto seu pênis faz o mesmo na minha vagina, e essa nova sensação me deixa esgotada.
Com meu corpo latejando, eu desejo o que ele me exige e o que ele faz comigo e quase rezo para que continue e não pare nunca. Meus quadris se erguem em busca de mais, até que o rosto de Gustavo se contrai, e eu, após um grito incontrolável, tenho um orgasmo. Quando tudo acaba, Gustavo cai sobre mim. Eu o abraço e ele apoia sua cabeça no meu pescoço. Permanecemos assim por alguns minutos. Exaustos. Rendidos. Consumidos. Ele então se separa de mim e, sem me olhar, ordena com voz seca:
— Vista-se. Estamos indo.
Em êxtase por tudo o que acaba de acontecer, pego e coloco o vestido. Me sento na cama e observo Gustavo se vestindo. Depois, me dou conta de que estamos sozinhos no quarto.
— Onde está Santana?
Gustavo olha para mim e, de um jeito que me desconcerta, pergunta:
— Por que você quer saber?
— Por nada, Gustavo — respondo, sem entender sua pergunta. — Só por curiosidade.
Nesse instante percebo que algo está acontecendo com ele e o seguro pelo braço. Gustavo se solta irritado.
— Por que está aborrecido?
A fúria de seus olhos me deixa sem fala.
— Por que você queria meter o pau dele na boca?
Suas palavras me pegam de surpresa. Não sei o que responder.
— Sei lá, Gustavo. A loucura do momento.
Ao ver que ele não olha para mim e continua abotoando a camisa, explodo:
— Ótimo! Perfeito! Você me traz aqui, me faz abrir as pernas pra ele e ainda vem reclamar comigo? Porra, Gustavo... não dá pra entender.
— Você concordou. Não se esqueça disso.
— Claro que concordei. Idiota! Entrei no jogo. Seu jogo! Me deixei lamber, chupar e ser comida por uma pessoa que nem conheço porque sei que é disso que você gosta, e agora, quando vê que eu me diverti e que aproveitei essa perversão toda, você reclama comigo. Vai à merda!
A fim de dar o fora dali, me dirijo pra porta. Mas, ele me agarra e me joga na cama.
— Tem razão, menina... tem razão.
— Babaca!... É isso que você é, um verdadeiro babaca.
— Entre muitas outras coisas. Me desculpa.
Seus olhos... sua voz... o cheiro de sexo e ele inteirinho conseguem, como sempre, fazer minha irritação desaparecer em décimos de segundo.
— Me desculpa, querida. Sou mesmo possessivo e me descontrolei e...
— Mas, olha só, Gustavo. Eu sou sua! Você ainda não se deu conta de que só quero fazer o que você quiser? É sério que ainda não percebeu que eu gosto das brincadeiras e perversão, mas só se for com você? Você me disse que meu prazer é seu prazer. E a recíproca é verdadeira. O que acabou de acontecer aqui foi incrível. Maravilhoso! Enlouquecedor! Gostei de ver o brilho nos seus olhos quando te pedi o que eu queria. Você curtiu o momento e eu também. O que há de mau nisso? Só curti o que você me ensinou a curtir, essa loucura sexual toda. Essa loucura, você e o que você fazia comigo me fizeram querer mais e mais. Só que...
Gustavo me beija. Não me deixa terminar.
Devora minha boca e brinca com minha língua, e eu adoro o que ele faz. Por um momento permanecemos sozinhos e abraçados no quarto. Apenas abraçados. Estamos exaustos. E, quando voltamos à sala principal, Santana se aproxima, nos oferece taças de champanhe bem gelado, pega minha mão e a beija.
— Foi um prazer, Ana...
Faço que sim com a cabeça. Santana olha para Gustavo.
— Obrigado, amigo, por me oferecer à sua mulher. Foi uma delícia.
Gustavo sorri.
— Fico feliz em saber.
— Aliás — acrescenta Santana . — Amanhã à noite vamos brincar de roda no chalé que eu aluguei. Criss e Bruna já toparam. Vocês se animam?
De roda? O que é roda? Quero perguntar. Mas Gustavo responde enquanto nos afastamos:
— Obrigado pelo convite, mas não. Talvez em outra ocasião. Quando chegamos à pista de dança e começamos a nos movimentar ao som da música, não aguento de curiosidade e acabo perguntando:
— O que é a roda?
— Um jogo para o qual você não está preparada.
— Tá... mas como é?
Gustavo sorri e me puxa mais para si.
— Logo de cara, você ficaria nua junto a outras mulheres. Costuma haver duas ou três. Nós, homens, jogaríamos cartas enquanto vocês nos serviriam bebidas e satisfariam nossos caprichos mais imediatos. Ao fim da partida, os homens fazem um círculo ao redor das mulheres e toda a roda as come. Mas, claro, sempre com consentimento.
Engulo em seco. Não. Definitivamente não estou preparada para isso.
Por volta das quatro da manhã, depois de só ficarmos conversando com os outros convidados, Gustavo e eu decidimos voltar pra casa. Bruna e Felipe, vão mais tarde. Quando nos sentamos na limusine que os donos da casa puseram à nossa disposição, Gustavo me abraça e eu olho pra ele com malícia.
— Estou exausta. Por que será?
— Por causa do esforço, moreninha... não tenha dúvida.
Nós dois rimos e Gustavo me beija no pescoço.
— Você se divertiu?
— Sim. Muito.
— Vai então querer repetir outro dia?
Olho bem nos seus olhos e respondo:
— Ah, sim... claro que sim. Além disso, vi umas coisas que gostaria de experimentar e...
Gustavo sorri e aproxima seus lábios dos meus.
— Meu Deus, criei um monstro!__________________________________
Continua......☆
A festa foi bem quente.....
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Peça-me o que quiser, miotela ✔️
FanfictionPara todas as pessoas a quem a paixão enamora e o amor apaixona. Conta a história da secretária espanhola Ana Flávia Castela e seu chefe, o alemão Gustavo Mioto, também conhecido como Iceman - um homem muito sério e com os olhos castanhos mais inten...