Capítulo 11

2.4K 63 9
                                    

Entre risadas, insinuações e carícias, bebemos quase toda a garrafa de champanhe, na linda e enorme varanda da suíte. Madri está a meus pés, e eu adoro olhar a meu redor. Mas a proposta que ele fez no restaurante não me sai da cabeça.
Eu deveria aceitar ou recusar pelo que ela significa?
Estou levemente embriagada. Não estou acostumada a beber, e menos ainda champanhe. Gustavo fala com alguém pelo celular, e eu o observo. Vestido com esse jeans de cintura baixa e essa blusa preta, ele me deixa com tesão. É forte e atlético. O típico homem de olhos claros e cabelo curto que, quando você vê, não consegue deixar de observá-lo. Me surpreendo ao perceber que ele não tem nenhuma tatuagem. Hoje em dia quase todo homem da sua idade tem uma. Mas de certa forma isso me alegra, porque eu gosto tanto de tatuagens que passaria o dia inteiro lambendo as suas.
Examino seu corpo com luxúria. Me detenho na parte superior de sua calça e então me dou conta de que ele desabotoou o primeiro botão. Me deixa louca. Me excita. Me incita. Me provoca. Instantes depois, larga o celular e vai até o balde de gelo. Olha para mim e sorri. Calor. Estou com muito calor. Serve as últimas taças e deixa ali a garrafa vazia. Vem para perto, me entrega a taça e murmura enquanto beija minha testa:
— Vamos pro quarto.
O nervosismo se apodera de mim novamente e eu sinto meu sexo se contraindo. Faço menção de calçar meus sapatos de salto, mas ele diz que não, então obedeço.
Chega o momento que eu estava desejando e imaginando desde que o vi me esperando na porta da minha casa com a Ferrari.
Quando entramos num dos lindos e espaçosos quartos, fico admirando a enorme cama. Uma king size. Gustavo se movimenta pelo cômodo e, de repente, uma música sensual nos envolve. Ele se senta e apoia uma das mãos na cama. Com a outra segura a taça e dá um gole.
— Está preparada para brincar, pequena?
Meu ventre se contrai de ansiedade e sinto que estou ficando molhada. Vendo-o assim, tão sexy, tão viril... Estou pronta para tudo o que ele quiser, e consigo responder:
— Sim.
Ele balança a cabeça afirmativamente. Levanta-se. Abre uma gaveta. Tira dois lenços de seda pretos, uma câmera de vídeo e algumas luvas. Isso me surpreende e me assusta ao mesmo tempo. Mas, incapaz de me mover, permaneço parada à espera de que se aproxime. E ele então vem. Passa a língua por minha boca de forma provocativa e aperta meu traseiro com suas mãos.
— Você tem uma bundinha maravilhosa. Estou com vontade de experimentar.
Assustada, dou um passo para trás.
Nunca fiz sexo anal!
Gustavo entende minha resposta silenciosa. Dá um passo na minha direção. Me agarra de novo pelo traseiro e, enquanto volta a me apertar contra si, murmura:
— Calma, pequena. Hoje não vou penetrar seu lindo traseiro. Me excita saber que serei o primeiro, mas quero que você aproveite e, quando fizermos isso, será devagarzinho e eu vou ficar te estimulando para que você sinta prazer, não dor. Confie em mim.
Engulo a enxurrada de emoções que estão presas em minha garganta, e tento dizer alguma coisa.
— Hoje vamos brincar com os sentido— prossegue. — Colocarei esta câmera em cima daquele móvel para gravarmos tudo. Então logo poderemos ver juntos o que tivermos feito. Que tal?
— Não gosto de gravações... — consigo dizer.
Abre um sorriso cativante. Seus olhos brilham e ele os crava em mim.
— Não tem problema, Ana. Eu sou o maior interessado em não deixar mais ninguém ver o que gravarmos. Você não acredita em mim?
Penso por alguns instantes e chego à conclusão de que ele tem razão.
Ele é rico e poderoso. De nós dois, é quem mais tem a perder. Acabo aceitando. Ele deixa a câmera em cima do móvel e aperta um botão. Aproxima-se de mim novamente.
— Vou tapar seus olhos com esse lenço. Toca nele!
Obedeço sem hesitar e sinto a suavidade do tecido. Seda.
— O que você vai sentir quando estiver nua na cama é a mesma suavidade que sentiu ao tocar o lenço.
Escutar isso me atiça de novo. Concordo num gesto.
— Adoro seus olhos — murmuro, sem conseguir me conter. — Seu olhar.
Gustavo me olha por alguns segundos e, sem fazer referência ao que acabo de dizer, continua:
— Além de vendar você, como sei que confia em mim, vou amarrar suas mãos e prendêlas na cabeceira da cama para te impedir de me tocar. — Faço menção de protestar, mas ele põe um dedo nos meus lábios e acrescenta: — É seu castigo, senhorita Castela, por ter esquecido o vibrador.
Seu comentário me faz sorrir e eu olho para as luvas com curiosidade. Gustavo as coloca em mim e toca meus braços. A suavidade que sinto me encanta. Não sinto seus dedos, apenas a suavidade que essas luvas me proporcionam.
Sem falar nada, senta-se em cima da cama e olha para mim. Rapidamente entendo o que quer, e obedeço. Tiro a calça e a blusa. Repito a operação do dia anterior. Ainda de calcinha e sutiã, me aproximo dele e sinto-o de novo apoiar sua testa na minha barriga e colocar a boca na minha calcinha. A sensação atiça meu clitóris e eu o sinto latejar. Gustavo retira as luvas que deixa sobre a cama. Me pega pela cintura com suas mãos fortes e me faz montar em cima dele. Olha para mim e sussurra enquanto eu sinto sua ereção entre minhas coxas e seu hálito nos meus seios:
— Está preparada para participar do meu jogo?
— Estou — respondo, cheia de desejo.
— Tem certeza?
— Tenho.
— Pra qualquer coisa? — murmura, perto da minha boca.
Encosto minhas mãos em seu cabelo curto e massageio sua cabeça.
— Para qualquer coisa, exceto...
— Sado — ele completa, e eu sorrio.
Desabotoa meu sutiã, e meus seios inchados ficam livres diante dele. Com avidez, Gustavo os leva à boca.Primeiro um, depois o outro. Endurece meus mamilos com sua língua e seus dedos, e isso me faz gemer.
— Me ofereça seus seios — pede com voz rouca.
Montada em cima dele, eu seguro meus seios com as mãos e os aproximo da boca de Gustavo.
Quando ele faz menção de chupá-los, eu os afasto e ele me dá um tapinha no traseiro. Nos olhamos, e as faíscas entre nós dois parecem prestes a provocar um curto-circuito. Gustavo me dá outro tapinha. Desta vez arde. E, sem vontade de receber um terceiro, chego com os seios perto da sua boca e ele os toma para si. Dá mordidinhas e os lambe enquanto eu os entrego a ele.
Olho na direção da câmera. É inacreditável que eu esteja fazendo isso, mas não posso nem quero parar. A sensação me agrada. Gustavo e seu jeito ousado me matam de desejo, e, num momento como este, estou disposta a fazer tudo o que ele me pedir.
De repente, sinto seus dedos por baixo da minha calcinha e isso me excita mais ainda.
— Fique de pé — me ordena.
Obedeço e o vejo deslizar e se sentar no chão entre minhas pernas. Tira devagar minha calcinha e, quando passa pelos meus pés, ele os separa, apoia suas mãos nos meus quadris e me faz flexionar os joelhos. Meu sexo. Minha vagina encharcada. Meu clitóris e eu inteirinha ficamos expostos diante dele.
Sua boca exigente sorri e me provoca com seu olhar para que eu ponha a vagina em sua boca. Faço como ele pede e explodo e respiro ofegante ao sentir seu contato. Gustavo me agarra pelos quadris e me aperta contra sua boca. Me sinto estranha. Pervertida naquela postura.
Gustavo está sentado no chão e eu estou em cima dele, movendo meu sexo em sua boca. Gosto disso. Me enlouquece. Me atiça. Sinto meu orgasmo chegando enquanto ele me segura pela parte superior das minhas coxas e me devora com avidez. Sua língua entra e sai de mim e em seguida percorre meu clitóris, me fazendo gemer, enquanto o mordisca com os dentes. Mil sensações tomam conta do meu corpo e eu me entrego a elas. Sou sua. Meu corpo é seu. E, quando põe meu clitóris com cuidado entre seus dentes e sinto-o puxando, solto um grito e enlouqueço.
O calor se espalha por todo o meu corpo. Então sinto que esse ardor está estampado no meu rosto, e acho que vou gozar.
— Deita na cama, Ana — diz ele, parando o que estava fazendo.
Com a respiração entrecortada, eu faço o que ele manda. Quero que continue.
— Vai mais para cima... mais. Abre as pernas pra que eu possa ver o que quero.
Obedeço e ele solta um gemido enlouquecido.
— Assim, pequena... assim, mostra tudo pra mim.
Tira a blusa preta e a joga num dos lados da cama. Seus bíceps são incríveis. Depois tira a calça e,enquanto abro as pernas e vejo como ele observa a umidade que eu lhe mostro, noto que as luvas estão a meu lado junto a uma caixa aberta de preservativos. Com firmeza, pega um dos lenços de seda e monta sobre mim.
— Me dá suas mãos.
Obedeço.
Ele me amarra pelos pulsos.
Me beija e depois estica minhas mãos atadas por cima da minha cabeça e amarra o lenço a um dos suportes da cabeceira da cama. Respiro com dificuldade. É a primeira vez que deixo amarrarem minhas mãos e estou nervosa e excitada. Quando ele vê que estou bem presa, aproxima seu rosto do meu e me beija primeiro num olho e depois no outro. Instantes depois,coloca na minha frente o outro lenço e amarra na minha cabeça. Não enxergo nada. Apenas ouço a música sensual ao fundo e imagino o que está acontecendo.
Nua e totalmente exposta a ele, sinto sua boca no meu queixo. Ele o beija. Quero me mexer, mas não tenho como. Os nós que ele deu impedem qualquer movimento. Sua boca desce pelos meus seios. Ele se entretém com meus mamilos até endurecê-los de novo e depois usa seus dedos para estimulá-los. Continua descendo até chegar ao meu umbigo, e minha respiração se acelera de novo. Sinto sua boca chegando à minha vagina, beijando-a e me abrindo as pernas. Seus dedos brincam ali e sinto que escorregam pela minha umidade. Ele volta a mergulhar sua boca em mim. Me lambe. Me suga e eu solto gemidos enquanto abro as pernas totalmente para que ele tenha tudo o que quer de mim.
— Adoro seu sabor... — ele diz, após passar alguns segundos chupando meu inchado clitóris.
Depois de dizer isso, sinto sua respiração entre minhas coxas até que um rastro de beijos doces começa a descer em direção a meus tornozelos. A cama se move. Ouço-o afastar-se e escuto de repente que a música está mais alta. Respiro com mais agitação. Quero que ele continue, mas fico com medo por não saber o que vai acontecer. Instantes depois, sinto a cama se mover outra vez e, pelos movimentos, percebo que ele está vestindo as luvas. Acerto. Suas mãos enfiadas nas luvas começam a percorrer devagar as minhas pernas.
Solto um gemido... outro gemido... e outro... Só consigo gemer!
Quando ele dobra minhas pernas e separa meus joelhos... Ai, Deus! Sua boca, de novo exigente, toca meu sexo à procura do meu clitóris. Dá mordiscadas e eu grito. Ele o estimula com a língua e eu solto mais um gemido. Sinto que Gustavo novamente o pega entre os dentes, mas desta vez não o puxa. Preso entre seus dentes, ele dá toquezinhos com a língua e eu volto a gritar. A pressão que suas mãos exercem sobre mim, acompanhada dos movimentos de sua boca, me deixa louca.
Solto um gemido... outro... e outro... e tento fechar as pernas.
Ele não deixa.
Seus dentes agora dão mordidinhas um dos meus lábios internos, e isso me mata de prazer. Me retorço, gemo enlouquecida e abro mais as pernas. Seu jogo me agrada e me excita. Quero mais e ele me dá. De repente, sinto que ele enfia algo em minha vagina. É suave, frio e duro. Introduz com cuidado, gira e logo o retira, depois repete a operação. Estou enlouquecendo de tesão e meus quadris se erguem em busca de mais. Sua boca volta à minha vagina, enquanto ele enfia novamente em mim.
Por alguns minutos, meu corpo é seu corpo. Sou sua escrava sexual. Não quero que pare e, quando ele retira de dentro de mim o que enfiou e sua boca volta a procurar meu clitóris, grito de satisfação quando ele começa a puxá-lo. Gosto disso. Sua mão suave passeia agora pelo meu traseiro. Agarra minha bunda e me aperta contra sua boca. Vou explodir, enquanto um de seus dedos brinca no meu ânus. Descreve pequenos círculos sobre ele, e eu peço mais.
O objeto que antes me deixou louca passeia agora sobre meu orifício anal. Me excita, mas Gustavo não o enfia em mim. Somente o passeia por ali, com se quisesse indicar que algum dia não vai se contentar só com isso. De repente, um orgasmo me invade, e eu me convulsiono de prazer, enquanto sinto que ele solta minhas pernas.
— Adoro seu sabor, pequena... —repete, ao mesmo tempo que aperta minhas coxas e ouço-o rasgando a embalagem da camisinha.
Incendiada pelo desejo mais incrível que já pude imaginar, sinto meu corpo inteiro arder. Me queimo. Noto que a cama afunda e sinto seu corpo musculoso e poderoso de quatro sobre mim.
— Abra as pernas pra mim.
Sua voz me dando essa ordem neste momento é música celestial para meus ouvidos. Seu corpo se encaixa no meu. Sinto seu pênis duro em contato com minha vagina molhada.
Peça-me o que quiser — diz.
Meu Deus! Que frase!!! Ele me enlouquece quando diz isso.
Minha impaciência faz com que eu me mexa na cama. Não respondo e ele exige:
Peça. Fale logo ou eu não continuo. Escondida atrás do lenço, respiro com dificuldade.
Me come! — consigo dizer em resposta à sua ordem.
Escuto sua risada. Sinto suas mãos sobre minha vagina. Calor! Me toca e abre meus lábios vaginais para enfiar todo seu pênis em mim. Me contorço. Gustavo não se move, mas sinto as batidas do seu coração quando me sussurra ao ouvido:
— Gosta assim?
Balanço a cabeça afirmativamente. Não consigo falar. Minha boca está tão seca que quase não posso articular as palavras.
— Gozou?
— Sim.
— Sentiu prazer?
— Sim...
Ofegante, ele dá um tapinha no meu traseiro.
— Ótimo, pequena... Agora é minha vez.
Contenho um gemido enquanto sinto
meu corpo voltar a arder. Ele belisca suavemente meus mamilos.
— Você está molhadinha e pronta... Adoro isso.
Sinto a cama se mexer de novo. E,ainda dentro de mim, fica de joelhos em cima da cama. Segura meus quadris e começa a bombear com força. Dentro... fora... dentro... fora. Forte... forte... Me dá a sensação de que vai me rasgar por dentro, mas de tanto prazer.
— Você gosta que eu te foda assim? —  me pergunta entre sussurros.
— Gosto... gosto...
Dentro... fora... dentro... fora.
Meu corpo volta a ser dele. Não quero que pare. Ouço seus gemidos, sua respiração entrecortada, a poucos metros de mim. Sua força me enlouquece e, apesar de que suas mãos, agora sem luvas, me apertam os quadris, não reclamo e abro as pernas para ele. Explodo num orgasmo. Sem poder ver a cena, eu apenas a imagino e isso me deixa com mais tesão ainda.
Sou como uma boneca nas suas mãos, e me delicio como me possui. Então ele se inclina sobre mim e, após uma selvagem estocada final, ouço seu grunhido de satisfação.
Instantes depois e ainda ofegante, ele me dá um beijo forte e possessivo. Quando se afasta de mim, desata minhas mãos. Depois ele as segura com carinho e beija meus pulsos. Retira o lenço dos meus olhos e nós nos olhamos.
— Está tudo bem, pequena?
Extasiada e um pouco dolorida pela penetração tão profunda, faço um gesto afirmativo com a cabeça.
— Sim.
Me dou conta de que só digo sim... sim... sim... mas é que não consigo dizer outra coisa além de “sim!”.
Ele sorri. Levanta-se da cama. Retira a camisinha e vai até o banheiro.
— Fico feliz.
Sua estranha frieza num momento como este me desconcerta. Vejo-o desaparecer e observo o quarto. Meus olhos se detêm na filmadora. Estou louca para assistir ao que gravamos. Me levanto e caminho sem roupa até o banheiro. Escuto o chuveiro.
Quero tomar um banho!
Gustavo me vê entrar. Está mexendo numa nécessaire e, ao me ver refletida no espelho, se irrita e fecha a bolsinha.
— O que você está fazendo aqui?
Sua voz me paralisa. O que houve com ele?
— Estou com calor e quero tomar uma chuveirada.
Com a sobrancelha franzida, responde:
— Por acaso te pedi que entrasse no chuveiro comigo?
Olho para ele desconcertada.
Mas... o que deu nele?
Sem responder nada e irritada com sua reação, lhe dou as costas. Que se dane! Mas então sinto sua mão molhada segurando a minha. Me solto e digo:
— Quer saber? Odeio quando você fica desse jeito. Já sei que o que temos é só sexo, mas não entendo por que uma hora você está legal comigo e, de repente, numa fração de segundo, tudo muda e você vira um insensível. Sério, por que você precisa falar comigo desse jeito?
Gustavo olha para mim. Vejo-o fechar os olhos e por fim ele me puxa para si. Me deixo abraçar.
— Desculpa, Ana. Você tem razão. Desculpa pelo meu tom.
Estou irritada.
Tento me soltar, mas ele não permite. Me pega no colo, me leva até o enorme boxe onde fica o chuveiro, me solta e diz enquanto a água nos molha:
— Vire de costas.
Percebo suas intenções e me nego, furiosa.
— Não!
Ele sorri. Inclina a cabeça e murmura, segurando-me de novo entre seus braços:
— Tudo bem.
Ao estar novamente suspensa no meio dos seus braços, com os pés sem tocar o chão, sinto seu pênis duro encostando nas minhas pernas. Olho para Gustavo, e ele aproxima seus lábios dos meus. Mas eu recuo rapidamente.
— O que você está fazendo?
— A cobra.
— A cobra? — ele repete, surpreso.
Sua expressão de desconcerto me faz rir. Minha irritação se dissipa.
— Na Espanha, dizemos “fazer a cobra” quando alguém vai te beijar e você se afasta — explico.
Isso o faz rir, e sua risada é irresistível. Instintivamente envolvo sua cintura com minhas pernas.
— Se eu te beijar, você vai me “fazer a cobra” de novo? — pergunta, sem se aproximar de mim.
Faço cara de pensativa, mas, quando sinto seu pênis duro, murmuro:
— Não... se você me foder.
Meu Deus! O que eu disse?!
Eu disse “foder”? Se meu pai me ouvisse, lavaria minha boca com sabão durante um mês inteiro. Me sinto vulgar por soltar essa frase, mas esse sentimento logo desaparece quando vejo Gustavo sorrir e, com uma das mãos, segurar seu pênis e esfregá-lo na minha vagina. Perversa. Neste momento me sinto perversa. Malvada. Malvadinha. Me apoia contra a parede e eu me seguro a uma barra de metal.
— O que foi que você me pediu, pequena?
Meu peito sobe e desce de tão excitada que estou ao ver seu olhar. Então repito:
Me fode!
Minhas palavras lhe agradam e o atiçam. Posso ver em seu olhar.
Ele gosta de usar esse verbo atiçar, fica mais excitado. Mais selvagem. Sem camisinha e sem precauções, debaixo do jato do chuveiro sinto minha carne se abrindo quando ele enfia em mim seu pênis maravilhoso e molhado. Sim É a primeira vez que sua pele e a minha se esfregam sem preservativo, e é uma delícia! Alucinante.
Meu frenesi aumenta. E, quando sinto seus testículos se esfregando contra mim, me agarro a seus ombros para marcar o movimento. Mas Gustavo, como sempre, não me deixa. Põe suas mãos na minha bunda, as aperta com força e, após me dar um leve tapa que me faz olhá-lo nos olhos, me move em busca de nosso prazer. O som de nossos corpos se chocando, junto ao da água, me consome totalmente. Fecho os  olhos e me deixo levar enquanto nossos gemidos ecoam no banheiro luxuoso.
— Olhe para mim — exige. — Se você gosta dos meus olhos, olhe para mim.
Abro os olhos e o encaro.
Vejo sua mandíbula tensionada, mas seu olhar castanho é o que me enfeitiça. O esforço que sinto em seu rosto e sua boca entreaberta me excita mais ainda. Então aumenta o ritmo das estocadas e eu grito e jogo a cabeça para trás.
— Olhe pra mim. Olhe pra mim sempre — volta a exigir.
Com os olhos vidrados pelo momento, me agarro com força em seus ombros e fixo os olhos nele. Me deixo guiar enquanto seu olhar diz muita coisa. Me pede aos gritos que eu goze. Quer meu orgasmo e, quando não consigo mais segurar, cravo as unhas nos seus ombros e solto um grito agoniado mas cheio de prazer.
— Isso... assim... goza pra mim.
Minha vagina se contrai e meus espasmos internos conseguem fazer o que quero. Dar prazer a ele. Vejo isso em seus olhos. Ele está gostando. Após uma estocada brutal, sai de dentro de mim e eu o escuto soltar o ar entre os dentes, enquanto morde meu ombro pelo esforço feito. A água desliza pelos nossos corpos enquanto respiramos ofegantes. O que fizemos foi sexo em estado puro. E reconheço que gosto disso tanto quanto ele. Gustavo abre um pouco mais a água fria. Isso me faz gritar e, como duas crianças, começamos a brincar debaixo do chuveiro do hotel.

____________________

Continua......

Peça-me o que quiser, miotela ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora