Capítulo 36

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No dia seguinte, no lindo chalé de Gustavo e após uma noite de paixão e loucuras, nos deitamos nus para pegar sol enquanto planejamos um passeio a Zahara de los Atunes. Não tocamos  mais no nome de Vetuche. Nenhum de nós quer falar sobre ele. Gustavo beija minha tatuagem. Ele adorou. Cada vez que transamos, ele me olha todo safado e diz: “Peça-me o que quiser.” Isso me deixa louca. Completamente louca.
Gustavo me chamou para ir à casa de uns amigos seus em Zahara, e gostei da ideia. Podemos curtir uns dias com eles e depois voltar pro chalé, que, aliás, eu adorei. É uma graça.
À noite, Gustavo me leva de volta pra casa do meu pai, que encontro sentado num balanço do pátio dos fundos.
— Esse homem serve pra você, moreninha.
— Ah... é? Por quê? — pergunto, achando graça, enquanto me sento ao lado dele.
— É um homem com H maiúsculo. Tem quantos anos?
— Vinte e seis.
— Boa idade prum homem.
Isso me faz sorrir e ele continua:
— Te olha da mesma forma que eu olhava pra sua mãe e isso me deixa satisfeito. E ouve bem o que estou te dizendo. Até pouco tempo atrás eu pensava que Vetuche era o homem ideal pra você. Mas, depois de conhecer o Gustavo, mudei de ideia. Vocês dois são feitos um pro outro. Dá pra ver que é um homem digno e de princípios e que cuidará de você. Não é um depravado como aquele sujeitinho que conheci em Madri, cheio de agulhas e brincos.
De novo me faz rir. Ele está certo. Gustavo é um homem de princípios, mas tenho certeza de que, se meu pai conhecesse seu comportamento sexual, cairia para trás. Mas isso é minha intimidade.
— Pai... Gosto do Gustavo, mas não sei quanto tempo nossa relação vai durar.
Surpreso, ele olha para mim.
— O que está acontecendo, moreninha?
Minhas palavras fervem dentro de mim. Gostaria de contar ao meu pai que Gustavo é meu chefe, mas não posso. Tenho medo da reação dele. Gostaria de botar pra fora um monte de dúvidas e todos os medos, mas me contenho.
— Não está acontecendo nada, pai — respondo finalmente. — É só que é difícil manter um relacionamento a distância. Você sabe que ele mora na Alemanha e eu aqui. E, quando ele terminar o que veio fazer em Madri, nós dois teremos de voltar aos nossos trabalhos e, bem... você já entendeu.
Ele faz que sim com a cabeça e, com sua habitual prudência, acrescenta:
— Ouça, minha querida. Você já não é uma criança. É uma mulher e é assim que devo te tratar. Por isso, a única coisa que posso te dizer é que aproveite o momento e seja feliz. De nada adianta ficar pensando no que vai acontecer, porque o que tiver que acontecer... vai acontecer. Se você e Gustavo estão destinados a ficarem juntos, não haverá distância que os separe. Mas seja cautelosa e um pouco egoísta, e pense em você. Não quero te ver sofrer à toa, quando você mesma já está me dizendo que a situação de vocês é complicada.
As palavras do meu pai, como sempre, me confortam. Não sei se é pela idade, pela experiência de ter perdido minha mãe há alguns anos, mas, se tem uma coisa que ele sempre deixou claro e sempre transmitiu pra mim e pra minha irmã, é que a vida é pra ser vivida.
No dia seguinte, Gustavo, de moto, vem me pegar bem cedo. Nossa pequena aventura começa. Meu pai se despede de nós com animação e nos deseja uma boa viagem. Visitamos Barbate e Conil. Almoçamos lá e damos um mergulho na praia. À tarde, quando chegamos a Zahara de los Atunes, seu telefone toca e ele sorri.
— Felipe está nos esperando.
Subimos na moto e ele dirige até a casa de Felipe. Pela confiança com que se movimenta pelas estradas secundárias do lugar, fico imaginando que já esteve ali outras vezes. Mas não quero nem saber de sentir ciúme de novo. Nada vai me impedir de aproveitar esse tempo com Gustavo.
Pegamos uma estradinha e paramos diante de um muro de pedras. Gustavo toca a campainha e, segundos depois, uma enorme porta se abre e eu fico boquiaberta. Na minha frente se estende um maravilhoso jardim com centenas de flores coloridas que cercam uma linda casa minimalista.
Ao chegarmos à porta, Gustavo para a moto, eu desço e, um pouco depois, Felipe e uma mulher com um bebê nos braços vêm ao nosso encontro. Felipe é o médico que Gustavo chamou em Madri e que cuidou do meu braço, e isso me surpreende.
A mulher de Felipe se chama Bruna, e o menino, Afonso. Bruna é alemã como Gustavo, mas fala espanhol perfeitamente e nos damos bem logo de cara. Uma mulher de meia-idade aparece e leva a criança. Segundos depois, nós quatro passamos a um jardim nos fundos onde uma empregada nos serve bebidas. Conversamos animadamente e eles contam histórias divertidas de suas viagens. Logo percebo a forte amizade que os une há anos e isso me faz sorrir. Por volta das oito,  Bruna nos leva ao nosso quarto. Um cômodo espaçoso, decorado com bom gosto e com uma cama enorme.
Assim que ficamos sozinhos, Gustavo me agarra, me beija e começa a tirar minha roupa. Me carrega até um enorme chuveiro, abre a água e nós dois gritamos animados ao sentir a água fria caindo na gente. Os beijos de Gustavo se intensificam; e meu desejo por ele, mais ainda. De repente, me coloca no chão do boxe e se deita em cima de mim enquanto a água continua caindo. Sua boca ansiosa morde meus lábios e, ao mesmo tempo, eu sinto suas mãos percorrendo meu corpo, que estremece com o contato.
Quando abandona meus lábios, sua boca desce até meus seios. Os mamilos estão duros e, ao mordê-los, ele me faz gritar. Continua passeando por meu corpo e sinto sua língua descendo pelo meu umbigo, deliciando-se ali por alguns instantes até que continua seu caminho e de repente para.
Ao notar que ele freou seus movimentos, ajeito minha cabeça para olhá-lo e me dou conta do que foi que o fez parar. Está observando a tatuagem. Isso me excita e deixo escapar um gemido, enquanto ele me olha através dos cílios molhados.
— É sério o que está escrito aqui?
Balanço a cabeça num gesto afirmativo.
Posso pedir qualquer coisa?
O formigamento na minha vagina aumenta. Acho que vou ter um orgasmo só de escutar sua voz e ver seu olhar pervertido. Volto a fazer que sim ao que ele me perguntou, e ele aperta os lábios.
Apoia os joelhos no chão do boxe e, com sofreguidão, me segura pelos quadris e me atrai para si. Pega a ducha, separa minhas pernas e me lava. Me umedece todinha e me deixo levar, em êxtase. Em seguida ele muda a intensidade da ducha. Agora o jato é mais fino e a água sai com força.
Imagino o que ele vai fazer e não me mexo. Eu o desejo. Ele se curva, enfia sua língua na minha vagina encharcada e me chupa. Circula o clitóris com a língua e brinca com ele. Faz carinho nele, o devora. Me deixa louca. Pega a ducha outra vez, enquanto com dois dedos vai me abrindo e eu sinto os jatos caírem diretamente sobre o clitóris inchado.
Fico louca!
Solto um gemido... tento me mexer, mas ele me segura firme, enquanto os jatos caem com força no clitóris, despertando mil sensações. Que calor...! O calor sobe pelo meu corpo e, quando me contraio com um orgasmo maravilhoso, ele solta a ducha e enfia seu pênis duro em mim. Me puxa e mete tudo até o fundo.
— Tá bom, pequena... vou levar a sério o que você disse. Vou te pedir o que eu quiser.
Deitada no chão do boxe com Gustavo me possuindo com força, deixo que ele me guie a seu bel-prazer.
Dez... onze... doze, continua sempre em cima de mim, enquanto minha vagina se contrai a cada penetração e o clitóris, com seu roçar, me faz estremecer mais e mais. Tenho outro orgasmo maravilhoso, desta vez ao mesmo tempo que ele.
Instantes depois, Gustavo se deita ao meu lado e nós dois ficamos no chão do enorme boxe olhando para o teto enquanto a água corre ao nosso redor. Sua mão procura a minha e, quando a encontra, ele a aperta e logo a leva à boca. Beija meus dedos e diz:
— Ana... Ana... O que você está fazendo comigo?

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Continua........☆

Capítulo bem quente hoje...

Nosso iceman está mudando, será????

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