42° capítulo

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— O que foi?— Perguntei quando Matheo entrou na sala e se jogou na cadeira na minha frente

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— O que foi?— Perguntei quando Matheo entrou na sala e se jogou na cadeira na minha frente.

— Luciano acabou de confirmar, a carga dele vai chegar hoje a noite no porto de Nápoles— Dei um sorriso de lado.

— Vamos ver o que ele tem pra gente dessa vez— Meu consigliere concordou.

Estamos focados cem por cento em tornar a vida de Alfonso Rocco a mais difícil possível, pegamos uma carga dele com armas, e agora outra. Não faço ideia do que seja, mas já é nossa. Foi ele quem começou toda essa merda, eu não gosto de ficar por aí roubando cargas nos meus inimigos, mas ele fez isso primeiro. Só vamos devolver.

Na última semana, ele esteve completamente silencioso e sequer demonstrou que haveriam retaliações, mas já estávamos de olho nele. Sai de casa cedo para nós organizarmos e tripliquei a segurança da minha casa, já que a minha esposa ficaria aqui, além disso Luciano também colocou alguns dos seus homens para cuidar dela. Eu expliquei brevemente que ela devia ficar só dentro de casa, que de madrugada ia estaria aqui e depois fui para o local de encontro. Vamos para Nápoles, e lá mesmo vamos interceptar o contêiner com seja o que ele esteja mexendo. Separamos as equipes, alguns dos nossos foram desfarcados por terra, entraram no territórios e estarão lá, outros vão conosco no barco.

A noite estava clara, por conta da lua um pouco próxima, era bonito.

— Tá nervoso?—Me virei para olhar Luciano, encostei na grade e lhe encarei com os braços cruzados.

— Não é nervoso, estou curioso— Ele riu e acendeu um cigarro. Balancei a cabeça em negativa quando me ofereceu. Ele deu uma tragada e sorriu soltando a fumaça com cheiro forte.

— É minha filha?

— Ela tá bem— Falei e ele piscou um par de vezes— Ela aprendeu a ler e escrever…está estudando bastante— Ele concordou e deu um sorriso pequeno.

Sempre recebia essa reação dele quando falava da filha. Queria muito que ela desse a Luciano a oportunidade de se conhecerem, ele parecia nutrir bons sentimentos pela filha, desde quando eu contei que ele tinha uma herdeira. Mas a minha garota não parece pensar da mesma forma, acredito que exista um pouco de rancor da parte dela.

— Estamos rastreamento o contêiner— Matheo me entregou um tablet e vi que realmente estava bem próximo.

Entrei no barco junto dos soldados e esperamos até que parassemos no porto, eram éramos vinte e cinco, então precisávamos nos esconder.

— Façam tudo de forma impecável— Avisei— Não existem em atirar se for necessário— Falei.

Eram duas da manhã, então o porto não estava cheio, seria melhor assim, para não envolver inocentes.

— Pararam agora— Balancei a cabeça em concordância e fiz sinal para que cada um seguisse o seu caminho.

Eu, Matheo e Luciano saímos do barco e seguimos até o navio que tinha acabado de parar. Fiz sinal para que parassem e eu fui na frente, um homem estava de costas com um fuzil, eles estavam muito bem armados ultimamente. Me aproximei e atirei em sua cabeca, segurei seu corpo para não fazer barulho e o coloquei no chão. Corri pela rampa que já estava abaixada e me encondi atrás de um dos conteiners, olhei para trás e vi os dois vindo na mesma direção que eu estava. Sai dali de trás e corri até o outro lado, não tinha ninguém. O contêiner nele estava bem no final do navio e era de cor verde escuro, não tive dificuldade em encontrar, me aproximei e ergui a mão em sinal de que estava limpo, do outro lado vi mais dos meus virem em nossa direção.

Ouvi um barulho de tiro e me virei vendo um deles atirar em nossa direção, os barulhos eram abafados, todos nós estávamos com silênciodores. Virei nele e atirei vendo-o cair no chão. Franzi a testa confuso. Eles não esperavam pelo ataque.

— Quantos vocês pegaram?

— Acho que oito— Um dos meus homens disse e eu me aproximei do contêiner. Mirei minha arma no cadeado e atirei vendo-o cair no chão.

Me afastei e deixei que Matheo abrisse a porta de ferro.

Ele parou olhando confuso e depois me encarou.

— O que é?— Perguntei e engoli seco quando me aproximei.

Eram mais de vinte pessoas ali dentro, entre mulheres e crianças. Guardei a minha arma e abri mais a porta.

— De onde vocês são?— Perguntei vendo as moças se escolherem com as crianças nos braços.

Agora é questão de honra pegar o Alfonso.

— Não vamos machucar vocês ok?—Falei.

— Sou de Bolívia— Uma delas falou e eu concordei.

Eram mulheres que muito provavelmente seriam mortas ou traficadas, e as crianças também.

— Matheo, tirem eles daqui— Falei e meu consigliere assentiu. Passei a mão nos cabelos e me aproximei da grade do navio.

Isso era uma merda!

— Eu achei que fossem mais armas e drogas— Luciano falou e eu concordei tentando entender…

Porque tinha tanto poucos homens dele aqui? Foi fácil e…

—Cazzo! — Me virei pegando o celular.

— O que foi?

— Isso foi fácil demais— Falei— A Esmeralda.

Vi ele engolir seco e ficar pálido. Não era uma certeza, mas se a carga fosse tão importante, a gente teria muito mais dificuldade. Eu não tinha certeza, mas talvez isso aqui fosse uma nuvem de fumaça pra conseguirem algo maior. O nosso foco estava aqui, e ela sozinha.

Em Nome Da Máfia  - Livro 1 Série "Cosa Nostra"Onde histórias criam vida. Descubra agora