26° capítulo

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Enfiei as mãos no bolso observando o oceano azul, a água escura por conta da profundidade e a calmaria que estava tendo naquele momento

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Enfiei as mãos no bolso observando o oceano azul, a água escura por conta da profundidade e a calmaria que estava tendo naquele momento. O silêncio que passei a dar valor depois que eu me casei com a Esmeralda. O cheiro de marizia, o sol batendo sobre a minha cabeça e não queimava, não estava na época do verão ainda e o vento batendo contra meu rosto, fazendo alguns fios de cabelo se soltarem no coque.

— Algum sinal deles?—Indaguei sentindo a presença do meu consigliere.

— Nossos soldados viram um helicóptero rodando por aqui— Me virei pra ele.

— Ele veio de helicóptero?—Matheo deu de ombros.

Puxei meu celular do bolso e eram seis da tarde já, ele estava atrasado. Odeio atrasos. O barulho de hélice se fez presente eu olhei para cima vendo o  helicóptero preto rodando encima do meu iate, ele provavelmente iria posar no heliporto. Que cara mais louco.

Muito de falava sobre o Luciano, mas ele não era tão visto, não tinhamos fotos dele, mas ele tinha um legado, tem uma história aí que ele torturou cem homens de uma vez só, os enfiou dentro de um silo, sim um silo, e tacou fogo em volta, o negócio aqueceu e todos morreram. Ele era um gênio, o máximo que eu já matei de uma vez foram quarenta, eu coloquei uma granadas pelo mato e eles pisaram. Épico!

O helicóptero pousou no iate. Meus homem estavam a postos, subi a escada que dava no quarto andar e vi quando ele saiu, vestindo uma regata preta, horrível, que deixava todas as suas tatuagens a mostra, uma delas era o símbolo da N’drangheta, ele tinha a cabeça raspada e olhos extremamente claros, a pele branca que contrastava bastante com os desenhos desenhos na pele, Luciano usava um colar de prata no pescoço e eu identifiquei que com certeza ele estava com um rastreador. O homem era da minha altura, um pouco mais alto, alguns centímetros.

— Eu sempre quis sabe como era o digníssimo Luciano Gambino— Falei estendendo a mão para ele, que olhou e acabou cedendo e apertando com força a minha mão, também apertei a sua.

Ele devia ter uns quarenta e poucos anos de idade. Seus homens saíram do helicóptero completamente armados e ficaram de longe parados.

— Eu estou curioso pra sabe o que você quer— Disse e estendi a mão em direção a escada.

— Vamos conversar lá embaixo— Falei descendo os primeiros degraus.

Me sentei no sofá branco e ele do outro lado, Matheo de sentou ao meu lado. Abri uma garrafa de whisky e enchi seu copo, o do meu consigliere e o meu.

— Suponha que saiba que duas cargas minhas foram pegas pela polícia federal?—Ele assentiu dando um gole na bebida— Foram a Camorra, o Alfonso Rocco me odeia— Ao falar o nome do herdeirinho de merda vi ele franzir o nariz—Ele quer iniciar uma guerra…e eu não quero isso, mas de precisar eu quero estar pronto.

— Aí eu entro?

— Exatamente, se nos juntarmos, ele não vai ter peito pra enfrentar a N’drangheta e a Cosa Nostra, estaria brigando com máfias muito grandes. Eu quero uma aliança…quero que espalhe por aí que agora estamos juntos…

Em Nome Da Máfia  - Livro 1 Série "Cosa Nostra"Onde histórias criam vida. Descubra agora