A dança sempre chamou a atenção de Kim Na-Yeon, a dor e o cansaço depois de uma boa música causava alegria para ela. Cada movimento contando a história de sua paixão pela arte.
A garota era popular na escola por sua aparência e seu talento, mas não...
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Passei pelos portões da escola bocejando. Não dormi bem o final de semana inteiro por causa do maldito filme. Não fiz nada no domingo, eu poderia ter dormido o dia inteirinho, mas simplesmente não consegui pregar o olho.
Recuei para trás quando Ju-young surgiu na minha frente de repente. Nos encontramos poucos vezes depois do concerto que assistimos juntos, mas desde de então sempre nos cumprimentamos pelos corredores.
— Ta perdida? — Me perguntou e eu o olhei confusa, tentei passar por ele, mas fui impedida. — Você fica vagando na minha cabeça perdida e sem direção. Tudo bem. Eu vou te dar uma chance de morar na minha cabeça.
— Que isso? — Perguntei sem ânimo nenhum.
— Eu fiz essa cantada pra menina que eu gosto mas ela só disse " Não tem graça" — Afinou a voz para imitá-la me tirando uma risada fraca. — e me deixou falando sozinho. O que achou? É muito ruim?
— Eu odiei. — Comentei — Você é sempre esquisito assim com ela?
— Eu não sou esquisito não. — Cruzou os braços e fez uma feição séria. — Elas se amarram no meu jeitinho, menos ela. Mas olha só, eu sou bonito, sou gostoso e sou inteligente.
— É, to vendo. — Fingi que acreditei encarando o garoto de cima a baixo. — Só aceita que ela não te quer e tenta pelo menos ser só amigo dela. — Apertei as bochechas dele, antes de sair e o largar falando sozinho.
Uma pouco mais á frente avistei Lim Ju-kyung e Han Seo-jun conversando. Pelo menos acho que tem mais chances de dar certo para o lado dele do que o meu. Nunca mais falei com o Su-ho depois do acampamento.
Su-ho chegou de surpresa e puxou Ju-kyung para longe do Seo-jun, me aproximei dele e me sentei ao seu lado.
— Que saco. — Seo-jun suspirou pendendo a cabeça para trás. — Eu só tava ajudando ela a arrumar um emprego.
— Ele é um babaca. — Dei leve tapinhas no ombro de Seo-jun.
— Mas você gosta dele. — Me olhou confuso e eu ri fraco.
— Mas isso não quer dizer que ele não seja babaca. —Dei de ombros com indiferença.
— Aí, como você quer que eu te entregue o suco? O que eu falo?
— E você acha que eu sei? — Olhei para ele com indignação. — Não é você que fica dando coisas por aí pra todo mundo que você gosta? Você deveria saber.
— Que tal '' Achei perdido por aí. Pega''? — Seo-jun perguntou enquanto arrumava os cabelos.
— Não gostei. Foi a mesma coisa que você disse para a Ju-kyung, inventa outra coisa. Se você falar isso eu te mato. — O ameacei apontando meu dedo em seu rosto. — Ah e se você falar algo que seja minimamente parecido com " Eu só vou ouvir você" eu te ressuscito e te mato se novo. — Soltei um longo bocejo e deitei minha cabeça no ombro de Han Seo-jun. -- To morrendo de sono.
