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Coloquei o pé para fora do aeroporto soltando um longo suspiro

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Coloquei o pé para fora do aeroporto soltando um longo suspiro. Eu realmente pensei que nunca mais voltaria a morar em Seul, não sei como pensei que conseguiria evitar isso para sempre.

— Até o ar daqui é diferente. — Comentei sozinha, arrumando minha bolsa no ombro.

A noite deixava Seul mais iluminada do que durante o dia, luzes acenas por todos os lados, parece até mais movimentado que antes.

— Kim Na-yeon.

Forcei a vista e me virei para onde ouvi meu nome ser chamado, logo abri um sorri assim que me deparei com Lee Su-ho acenando na minha direção e sorrindo.

Depois que ele foi embora ele ficou bem mais sociável, foi o único com quem mantive contato e ficamos próximos.

— Su-ho? — Perguntei confusa até o mesmo. — Voltou hoje? — Olhei ao redor em busca de alguma coisa que indicasse que ele teria acabado de descer do avião.

— Acabei de chegar. Mas e você? Pensei que só viria na semana que vem. — Ele perguntou levantando uma sobrancelha e eu ri fraco. Ele já sabia de tudo.

— As coisas se adiantaram. — Respondi dando de ombros. — E o seu pai? Como ele está?

— Ele tá ótimo. Logo ele virá para Seul. — Su-ho sorriu animado e eu suspirei sentido frio. — Na-yeon, eu sei que não é o melhor momento, mas você já comeu algo hoje? — Ele perguntou, a preocupação clara em sua voz.

— Não, não tive tempo. E estou sem fome. — Balancei os ombros enquanto olhava o horário.

— Mas Na-yeon, são nove horas da noite. — Su-ho resmungou e eu revirei os olhos.

— Foi você que perguntou. — Ergui as mãos em sinal de redenção.

— Mesmo assim, você precisa se alimentar. Que tal jantarmos juntos? — Perguntou com um pingo de esperança.

— Tudo bem então. Vamos comer. — Ergui o braço comemorando.

Saímos do aeroporto e pegamos um táxi para um restaurante próximo que Su-ho conhecia. Quase 19 anos morando em Seul e eu nunca ouvi falar daquele lugar. Era um lugar pequeno e aconchegante e quase nem dava para perceber o frio que estava fazendo lá fora, o que  me fez sentir um pouco mais à vontade. Sentamo-nos em uma mesa perto da janela, onde podíamos ver as luzes de Seul brilhando na noite.

O garçom veio e fizemos nossos pedidos. Su-ho escolheu algo leve para mim, sabendo que se eu comece tudo aquilo seria um milagre.

— Então, como estão as coisas, Nana? — Su-ho perguntou, depois que o garçom se afastou. — Sei que você não queria voltar para Seul, acho que disse umas mil vezez.

— Acho que eu só vou fugir dos outros. Talvez eu devesse pintar meu cabelo para disfarçar. — Brinquei fazendo uma cara pensativa enquanto bebia água.

𝑳𝒐𝒗𝒆 𝑮𝒂𝒎𝒆 - True BeautyOnde histórias criam vida. Descubra agora