A dança sempre chamou a atenção de Kim Na-Yeon, a dor e o cansaço depois de uma boa música causava alegria para ela. Cada movimento contando a história de sua paixão pela arte.
A garota era popular na escola por sua aparência e seu talento, mas não...
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O colégio se tornou um caos. Se antes já estava pelo incidente com a Ju-kyung, agora com certeza piorou. Hoje de manhã, quando eu vinha para escola no ônibus, Han Seo-jun me mandou um post do fórum anônimo, e eu rapidamente abri para ver, pensando que seria apenas um novo casal do colégio ou algo assim. Mas eu estava enganada.
Simplesmente alguém ouviu uma conversa entre Soo-jin e Ju-kyung " Vou contar o que ouvi no banheiro feminino. A Kang Soo-jin da turma cinco é assustadora. Foi a Kang Soo-jin que enviou os vídeos e as fotos da Lim Ju-kyung. Elas eram amigas, mas quando o Su-ho começou a namorar a Ju-kyung, ela ficou com ciúmes e traiu a amiga. Eu não to inventando. Eu mesma vi outras amigas dela reclamando da Soo-jin. Parece uma vilã de novela,né. Ela é uma psicopata?" Era exatamente isso que estava escrito no post.
Além de escutar a conversa dos outros, essa garota ainda teve coragem de postar.
Encontrei Seo-jun pelos corredores do colégio. Sem dizer nada, me aproximei dele e segurei sua mão para irmos até a sala de aula. Assim que entramos, alguns olhares foram direcionados para mim por causa de inúmeros comentários do post inventando mentiras sobre mim.
— Vocês viram o que está rolando no fórum? — Soo-ah perguntou assim que passamos em frente sua mesa. Parei para poder responde-la e engoli seco algumas vezes.
— Sim, vimos. — Respondi sem muito ânimo. Apesar de não dizer, Seo-jun continuou do meu lado e apertou minha mão com mais força.
Quando Soo-jin entrou na sala com o lábio cortado e sem saber de nada, todos os olhares se viraram para ela. Eu achei que esse assunto iria morrer e eu nunca mais teria que me preocupar com algo relacionado à ela.
— Ju-kyung, você olhou o fórum? — Si-hyun perguntou assim que a garota entrou na sala. Ela me olhou confusa, mas tudo que eu consegui fazer foi desviar meu olhar para o chão.
Todos encararam Soo-jin, enquanto ela lia a post, sem deixar de fazer comentários maldosos por um segundo se quer.
— Ela traiu a amiga por causa de um cara?
— Ela é a pior.
— Como ela teve coragem?
Comentários como esses surgiram indiscretamente, as pessoas nem tentavam disfarçar que estavam falando da Kang Soo-jin.
— Você tirou aquela foto da Ju-kyung e do Su-ho escondida? Tipo Stalker? Cara, você é bizarra. — Um garoto perguntou diretamente para ela enquanto eu revirei os olhos frustrada.
Soo-jin intercalou os olhares entre eu e Han Seo-jun antes de se levantar e sair da sala repentinamente.
Surpreendendo ainda mais o pessoal, Ju-kyung saiu correndo atrás da garota. Me debrucei sobre a mesa e bufei. Por que elas não podem ser iguais adolescente normais que quando brigam nunca mais se olham, ou tentam resolver na conversa e quando não resolvem elas se batem? Seria tão mais fácil.
— A Ju-kyung tem um coração muito bom, depois que tudo que aquela... que a Soo-jin fez ela ainda foi atrás dela. — Me levantei e me virei para Seo-jun. — Ah, que inveja dela. Se eu tivesse no lugar dela...
— Você já teria acabado com a raça da Soo-jin. — Seo-jun completou com um sorriso ladino enquanto bagunçava meus cabelos.
— Mas ela meio que mereceu, não é? — Parei para pensar. — Ah, mas isso não se faz com ninguém. Mas ela fez a mesma coisa... eu sei lá. — Suspirei confusa, não sabia a que conclusão chegar.
— Calma, Na-yeon, deixa elas se resolverem. — Ele tentou me tranquilizar mas isso não adiantou em nada.
— Mas, sabe, apesar de tudo a gente era amiga antes, mas o que ela fez não tem perdão... — O ignorei e continuei tentando criar um raciocínio.
— Se você falar a palavra "mas" mais uma vez a gente termina. — Seo-jun ameaçou em um tom brincalhão me fazendo revirar os olhos e me virar para frente.
Não posso me expressar nem pro meu próprio namorado.
Minutos depois Ju-kyung voltou para a sala parecendo derrotada e consegui perceber que ela havia chorado, então conclui que não mudou nada, elas não se resolveram e nem brigaram para valer.
— O que aconteceu? — Soo-ah questionou o mais indiscretamente possível atraindo os olhares de todos, mas como Ju-kyung a ignorou ela meio que acabou desistindo do assunto e os burburinhos desapareceram quando o professor entrou na sala.
Apesar da conversa ter sumido, eu ainda me sentia desconfortável na sala de aula. Alguns alunos olhavam para mim, Ju-kyung e Soo-ah, outros trocavam bilhetes tão indiscretos que até um cego seria capaz de perceber.
Quando o intervalo finalmente chegou, eu me senti aliviada por ter um momento para respirar. Saímos da sala e nos dirigimos ao pátio, onde os alunos se reuniam em grupos, discutindo animadamente sobre o que havia acontecido.
— O que você acha que vai acontecer agora? — perguntei a Seo-jun, enquanto observávamos o pessoas.
— Não faço ideia — Ele admitiu, logo em seguida soltou um longo suspiro. — Mas daqui a pouco o pessoal esquece.
— O que foi? — Perguntei depois de alguns minutos quando percebi que Seo-jun começou a ficar estranho.
— É que eu não comi nada desde o café da manhã. — Ele me respondeu com um pouco o que conseguiu me tirar uma risada.
— Por que não falou antes? Vamos comer. — Estendi minha mão para ele, que segurou rapidamente.
No refeitório, nos servimos de comida e tentei ignorar os comentários que ainda fazia sobre Soo-jin, mesmo ela não estando mais na escola e me aproximei de uma mesa onde Ju-kyung, Soo-ah e Tae-hoon estavam, todos em completo silêncio, o que é bem incomum, já que na maioria dos dias a Soo-ah sempre está contando uma fofoca diferente e seu namorado sempre responde cada palavra.
— Ju-kyung, você está bem? — perguntei, assim que notei que Ju-kyung parecia distante, brincando com a comida no prato sem realmente comer. Sua expressão estava preocupada, e eu podia ver claramente que algo estava incomodando-a.
A garota suspirou antes de se virar para mim e lançar um sorriso claramente falso para dizer:
— Não estou com fome — murmurou, empurrando a comida em seu prato.
— Como não? Hoje é carne de porco. — Tentei animá-la, já que esse é um de seus pratos favoritos. — Você precisa comer alguma coisa — insisti, tentando incentivá-la. — Você não vai se sentir melhor se não comer nada.
Ju-kyung ergueu os olhos para mim, uma expressão triste em seu rosto.
Notei que Ju-kyung não era a única com a falta de apetite na mesa. Meu estômago parecia revirar com a ideia de comer, e cada pedaço de comida no prato parecia mais pesado do que nunca.
— Nay, por que você não está comendo? — perguntou Seo-jun, seu olhar penetrante buscando uma resposta em meu rosto.
— Ei! — Ju-kyung se virou para mim rapidamente. — Você não tem nem direito de fala.
— Ah, eu... — Comecei a dizer, mas parei quando percebi que minhas palavras pareciam vazias até para mim mesma. — Acho que to com dor de estômago, só isso. — Menti dando de ombros. — Agora Senhorita Ju-kyung, pode comer tudinho.
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Nossa senhora esse capítulo é muito chato, me perdoem por vocês terem que ler isso. Mas juro que o 37 vai estar legal, pelo menos eu acho
Ai gente, sofro toda vez que eu penso na história pelo ponto de vista do Seo-jun, ele deve ter sofrido coitado
