A dança sempre chamou a atenção de Kim Na-Yeon, a dor e o cansaço depois de uma boa música causava alegria para ela. Cada movimento contando a história de sua paixão pela arte.
A garota era popular na escola por sua aparência e seu talento, mas não...
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— Acho melhor a gente ir. — Seo-jun falou assim que voltou do caixa.
Me levantei da cadeira e sorri. Segurei a mão de Han Seo-jun pronta parar dar uma leve caminhada até onde a moto dele estava estacionada.
Tenho que confessar que hoje foi muito legal, mesmo que no começo eu estivesse pensando que iriamos em algum lugar chique. Foi muito bom passar um tempo com o meu namorado sem ter que me preocupar com nada, o único problema foi que o nosso tombo de bicicleta me gerou um ralado no joelho, e tenho certeza de que isso vai me atrapalhar muito quando eu tiver que apoiar o joelho no chão em alguma coreografia.
De repente o celular de Seo-jun começou a tocar. Ele olhou para a tela, claramente surpreso com a ligação e eu consegui enxergar que era um número desconhecido. Ele atendeu sem dizer uma palavra além de um "alo". Senti uma pontada de curiosidade, mas ele parecia tão sério que não ousei perguntar.
Depois de desligar o telefone, ele agarrou minha mão e começou a me puxar em direção à moto, sem explicar o motivo. Senti meu coração acelerar, imaginando o que poderia estar acontecendo. Seo-jun parecia tenso, concentrado apenas em chegar à moto o mais rápido possível.
— Seo-jun, o que está acontecendo? — Perguntei, tentando acompanhar seu ritmo acelerado.
Ele não respondeu, apenas continuou a me puxar até a moto e subiu rapidamente nela, ligando o motor com urgência. Antes que eu pudesse protestar ou perguntar novamente, ele acelerou, deixando a rua para trás em um borrão.
A sensação de velocidade era eletrizante, mas confesso que estava com medo, ele nunca havia corrido tanto comigo. Eu me segurei com firmeza nele, tentando não pensar no que poderia estar acontecendo e confiando que Seo-jun sabia o que estava fazendo.
Tentei entender a situação, mas ficou ainda mais confusa quando paramos em frente ao prédio de Lee Su-ho.
— O que ta acontecendo? Por que estamos aqui? —Perguntei novamente, mas fui ignorada quando Seo-jun começou a subir as escadas.
— Liga pra Soo-ah. — Ele mandou, minutos depois que desceu do apartamento de Su-ho em uma tentativa falha de falar com o garoto.
— Eu não vou ligar pra ninguém se você não me explicar o que ta acontecendo. — Cruzei os braços, começando a ficar irritada por ele não me dar o mínimo de explicações.
— Eu não consigo falar com nenhum deles. — Seo-jun murmurou evidentemente preocupado. — O pai do Su-ho, ele... ele não tá bem. E ninguém consegue falar com ele.
— Calma, vai ficar tudo bem. Eles foram para a praia... — Falei em um tom pensativo tentando lembrar em qual praia exatamente. Vendo que não iria conseguir, peguei meu celular e procurei o número de Soo-ah.
— Oi, Nana. Já voltou do seu encontro? Como foi?
— Soo-ah, pra qual praia a Ju-kyung e o Su-ho foram? — Perguntei rapidamente e minhas mãos começaram a tremer.
