Capítulo 13.

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"e ainda assim seu nome era como uma convocação
para todo o meu sangue tolo".

James Joyce

A luz do sol entrava pelas frestas entre as tábuas de madeira que cercavam o barracão. Apesar de parecer dilapidado e pequeno do lado de fora, o interior era espaçoso o suficiente para abrigar uma dúzia de membros da Ordem. Draco olhou ao redor, notando um único cômodo pequeno, além da cozinha, que parecia funcionar também como sala de estar.

— Os batedores mapearam a área a apenas alguns quilômetros a oeste de nossa localização. Vocês já têm seus grupos e conhecem os protocolos. Cada dupla de parceiros tem uma chave de emergência que os levará de volta ao QG. Como a Hermione descobriu, essa selva tem algumas proteções naturais, mas muito fracas, contra aparição. Ainda é possível aparatar com muita concentração, mas há uma grande chance de não levá-los ao local exato e um risco maior de estilhaçamento - portanto, não recomendamos isso. Voltaremos a nos reunir nesta cabana que tem alguns suprimentos médicos básicos. Em caso de ferimentos graves, leve a chave de portal diretamente para a sede — disse uma ex-Auror que Draco não reconheceu. Ela entregou as moedas da chave de portal embrulhadas em um pano para cada dupla, com um olhar severo no rosto quando passou por ele e deixou a moeda nas mãos de Granger.

— Obrigada, Anja. Todos vocês conhecem o plano. Encontrem o que puderem — disse Moody com aspereza.

O restante da equipe se dispersou para se preparar. Granger ficou para trás conversando com Moody e Anja, que foi nomeada líder da missão. Do lado de fora, Draco parou um pouco para ajustar as botas e a capa do escudo. A missão não deveria durar mais do que a metade do dia, mas ele havia dito a Scorpius (que ficará com Watson no QG) que o esperasse no dia seguinte.

— Precisa de ajuda com isso? — Uma bruxa loira se aproximou dele enquanto ele começava a apertar o coldre da varinha em seu braço. Ele a reconheceu vagamente de Hogwarts, talvez uma Sonserina. Ultimamente, os membros da Ordem pareciam menos hostis em relação a ele. Embora ainda fossem cautelosos, aos poucos começaram a aceitar sua presença com relutância. No entanto, continuavam a manter distância, o que Draco preferia de qualquer forma.

— Não, obrigado — disse ele, voltando a olhar para o que estava fazendo. Quando percebeu que ela ainda estava ali, olhou para ela impassível. A irritação começou a se espalhar por ele quando ela não disse nada e continuou a corar.

— A propósito, eu me chamo Corin. Eu era da Sonserina, mas um ano mais nova do que você em Hogwarts — disse ela timidamente, olhando para ele por entre os cílios. Draco simplesmente a encarou, sem saber o que fazer com a informação. — Bem, eu sei como é ser um Sonserino na Ordem Verdadeira. Pode ser muito solitário. Então, se... erm... você precisar de companhia... — A mão dela se estendeu, mas Draco recuou instintivamente antes que ela pudesse fazer contato. — Ela pareceu perceber a hostilidade nos olhos dele e retirou a mão imediatamente.

— Malfoy! — Draco relaxou e se virou para a voz firme e irritada.

— Sim, Granger? — ele disse, seus lábios se inclinando para cima ao ver a carranca dela. Os olhos castanhos dela se moviam entre ele e a garota.

— Se você já terminou aqui, achei que poderíamos repassar alguns detalhes da nossa parte da missão.

— Claro — ele respondeu suavemente. A bruxa de cabelos espessos fungou e se afastou. Draco balançou a cabeça e a seguiu de volta para dentro da cabana.

— Ela é uma Sonserina, certo? Você a conhecia antes? — Hermione perguntou despreocupadamente enquanto eles examinavam o layout da área. Draco fez uma pausa, olhando para ela por baixo dos cílios. Ela ainda estava concentrada no pergaminho diante deles, fazendo pequenas anotações aqui e ali.

The Order Of Serpents | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora