Capítulo 25.

278 21 1
                                    




"A sala vibrou com a voz dela, depois com o silêncio.

Na escuridão sombreada, o silêncio tinha a qualidade de um dragão iminente.

Parecia rugir e o rugido reverberar, dominar.

Escapar disso exigiria uma explosão de imprudência e até mesmo de crueldade."

– Anita Desai

— E como está nossa princesa da Grifinória? — uma voz fria soou na porta da biblioteca. Hermione ergueu os olhos de sua pesquisa e viu Pansy sorrindo, seu cabelo escuro brilhando nitidamente na luz da tarde. Hermione sabia que os Zabinis junto com Theo e Luna viriam antes da reunião na sede da Ordem, então a presença de Pansy não foi uma grande surpresa.

— Estou bem. E você? — Hermione disse educadamente, ainda sem saber o que pensar da bruxa.

— Tudo bem, tudo bem — Pansy suspirou e caminhou até o sofá, sentindo-se em casa. A Sonserina apoiou a cabeça no braço apoiado, olhando para Hermione antes de abrir a boca. — Admito que você nos deu um grande susto, Granger. Eu nunca vi Draco tão... desequilibrado. — Pansy lançou-lhe um olhar avaliador, como se procurasse algo em seu rosto.

Hermione desviou o olhar, ocupando-se em guardar seu catálogo de pesquisas antes de se endireitar e encontrar os olhos de Pansy. — Eu nunca tive a chance de agradecer a todos vocês, por me salvarem — Hermione disse suavemente, mas com firmeza, ignorando seu comentário sobre um certo loiro.

Pansy encolheu os ombros. — Vou ser honesta, Granger, foi suicídio. Mas na verdade não tivemos escolha — ela sorriu com tristeza.

Hermione ofegou. — Mas... mas Draco disse que vocês se ofereceram! Eu nunca teria...

— Sim, sim, nós nos oferecemos como voluntários, mas não por algum momento de bravura da Grifinória — ela bufou. — Draco teria ido sozinho de qualquer maneira. — Hermione congelou, a culpa subindo por sua espinha. — Você deveria tê-lo visto – ele estava bastante lívido. Por um momento até pensei que o cão do Lorde das Trevas tivesse aparecido.

— Oh, não fique com essa expressão, Granger. Claro, nós nos voluntariamos porque não queríamos ver Draco ser morto, mas tudo bem, talvez também não gostássemos da ideia de uma certa Grifinória de cabelos espessos sendo mantida em cativeiro e torturada... Eu - eu sei do que eles são capazes. — Um olhar sombrio cruzou seu rosto.

Hermione piscou com a mudança de tom de Pansy, capaz de detectar as camadas de emoções subjacentes em sua voz.

— Draco alguma vez te contou como Blaise e eu saímos de toda a provação do herdeiro?

Hermione balançou a cabeça.

— Blaise e eu sempre fomos amigos. Mas quando éramos crianças eu perseguia Draco, como você sabe, porque ele era o melhor prêmio. Minha mãe fez questão de que eu soubesse disso. Depois do sexto ano, porém, quando Draco se isolou, Blaise e eu nos aproximamos. Para encurtar a história, fiquei realmente feliz quando Blaise e eu combinamos de nos casar quando o decreto do herdeiro foi publicado. O mundo estava desmoronando, mas pelo menos estávamos bem. — Pansy soltou um suspiro trêmulo, fechando os olhos. — Minha mãe... pouco antes da vitória do Lorde das Trevas, ela já estava enlouquecendo - ela tinha essa condição devido ao fato de seu lado ter uma gota de sangue de vidente. Ela tinha sonhos que a atormentavam, sua mente entrava e saía, mas ninguém conseguia entender suas "previsões". Quando o Lorde das Trevas assumiu o controle, ela estava delirando e era violenta. E depois que Blaise e eu nos casamos, ela disse que queria me ver - não poderia ser consolada até me ver. E eu a vi. Ela ficou divagando sobre crianças e o Lorde das Trevas, e que sabia o que aconteceria. E ela me atacou. Pegou uma faca e... se certificou de que eu nunca teria filhos.

The Order Of Serpents | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora