Capítulo 37.

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"Um dia você terá tudo o que está procurando agora tão confuso. Esse tipo de calma que vem de conhecer a si mesmo e aos outros. Mas você não pode apressar a chegada desse estado de espírito. Há coisas que você só aprende quando ninguém ensina. É assim com a vida. Há ainda mais beleza em descobrir por si mesmo, apesar do sofrimento."

– Clarice Lispector

Os olhos de Hermione se abriram, o sol da tarde depositando beijos quentes em sua coluna nua. Seu corpo estava dolorido, seus membros lânguidos e os músculos pesados ​​de exaustão, mas ela se sentia gradativamente leve. Ela inclinou o rosto para cima, ainda mantendo a bochecha pressionada no peito de Draco, e o inspira. Ele ainda estava dormindo, seu rosto relaxado, com certezas pesadas sobre suas lesões, lábios ligeiramente entreabertos e um leve rubor manchando suas maçãs do rosto. Ela ajustou seu corpo contra o dele e ele deliberadamente abriu o braço em volta dela.

— Como você está se sentindo? — Sua voz assustou, seus olhos fechados.

– Dolorida. Mas bem — ela sussurrou, ainda sentindo a intimidação das consequências profundas em seus ossos. Levemente, ela passou as pontas dos dedos pela borda grossa da cicatriz prateada do sectumsempra no peito. Ele estremeceu sob seu toque. Olhando para cima, ela parou com a intensidade de seus olhos. — E você?

Seus olhos ficaram inabaláveis ​​quando ele a deixou para cima e pressionou sua testa contra a dele. — Eu gostei — ele murmurou — eu - eu não sabia que poderia ser assim.

Hermione sorriu suavemente, roçando seus lábios nos dele. Seu coração se encheu de emoção. A eternidade existiu neste exato momento, no calor do corpo sólido e real dele sob o dela, na carícia suave dos dedos dele percorrendo sua espinha.

— Eu também não sabia que poderia ser assim. — Hermione não perdeu o toque de surpresa nos olhos dele quando ela se atrasou. — Foi... intenso.

Ele a beijou silenciosamente, a pressão de sua boca na dela insistentemente antes de se demorar, como se lembrasse que tinha todo o tempo do mundo para saboreá-la. Ele roçou o nariz no dela.

— Eu queria ter certeza de que você gostou — ele sussurrou, uma vulnerabilidade suave em seus olhos. Íntimo.

— E acredite em mim — ela respirou —eu gostei.

Ela o beijou desta vez e quando eles se separaram, eles pararam um momento para observar suas mãos entrelaçadas. Hermione foi embalada pela batida constante do coração dele sob sua orelha.

— Eu poderia ficar aqui para sempre — ela cantarolou.

— Não temos alguns relatórios para enviar a Kingsley e Moody?

Franzindo a testa, ela bufou. — Isso pode esperar. — Ela olhou para ele, uma expressão severa no rosto. — Você não vai a lugar nenhum agora, Draco Malfoy.

Ela manteve firmemente seu corpo ao redor dele, recusando-se a deixá-lo se mover. Ela só precisava de mais um momento. Ou dois.

Ele deu um sorriso com covinhas, fazendo-o parecer despreocupado e jovem. Com a língua na bochecha, ele sorriu.

Ela se sentiu ridícula, como se pudesse apenas rir. Ela sentiu como se seu peito tivesse se aberto e ela pudesse respirar. A intensidade quase assustou. Ela quis dizer o que disse que não sabia que poderia ser assim.

Ela o beijou novamente, saboreando a sensação do sorriso dele em seus lábios.

~*~

Draco revirou os olhos, encostando-se na porta da biblioteca enquanto observava uma certa bruxa de cabelos grossos em seu habitat natural. Ele percebeu que ela estava perto de um beco sem saída pelo frizz extra de seu cabelo que ela provavelmente estava atrapalhando (e estava quase se libertando do coque), a tinta manchada em seu nariz e as sobrancelhas franzidas de frustração.

The Order Of Serpents | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora