The Order Of Serpents | Dramione

Capítulo 31.

"Eu me superei, o sofredor;

Levei minhas próprias cinzas para as montanhas;

Eu mesmo inventei uma chama mais brilhante."

– Friedrich Nietzsche

Parecia que foi ontem que Hermione colocou os olhos pela primeira vez em um rostinho redondo com olhos prateados olhando para ela, tímido e curioso, espreitando do peito de seu pai. E num piscar de olhos, o garotinho — que sempre seria pequeno para ela — estava um pouco mais alto, com um pouco mais de dentes. Do outro lado da mesa da cozinha, Hermione observava com carinho enquanto Scorpius vibrava de energia. Ele ficou de pé na cadeira da cozinha, tentando animadamente acompanhar as palmas e os cantos ao seu redor.

— Faça um pedido — Draco murmurou no ouvido de Scorpius. Os olhos de Scorpius brilharam sob o brilho fraco da única chama da vela.

O garotinho fechou os olhos com força, um amplo sorriso cheio de dentes no rosto antes de abri-los novamente. Seu olhar se voltou para Hermione e depois para seu pai antes de apagar a vela de seu bolo de dragão verde. A pequena cozinha explodiu em aplausos.

Hermione contornou a mesa, apertando Scorpius. — Feliz aniversário, Scorp!

— Saúde — Blaise sorriu, colocando o braço em volta de Pansy. Luna bateu palmas enquanto Theo sacudia sua varinha, atirando confetes coloridos para o alto. Watson resmungou quando a água caiu sobre seu rosto, mas mesmo assim bateu palmas lentamente.

Scorpius pulou na cadeira e enfiou o dedo no bolo, mais rápido que os reflexos de Draco. Ousadamente, ele colocou o dedinho coberto de glacê verde dentro da boca, sorrindo o tempo todo ao olhar de repreensão do pai.

Foi uma festa pequena, com Theo, Luna, os Zabinis e um Watson travesso. Apesar de tudo o que estava acontecendo, Hermione queria que Scorpius tivesse uma festa de aniversário normal - embora em um esconderijo decadente e com um bolo preparado rapidamente. Ela só ficou sabendo da ocasião um dia antes, quando flagrou Draco na cozinha, olhando para um velho livro de receitas de bolos. Silenciosamente, ela tirou o livro das mãos de Draco e o orientou a pegar a manteiga e os ovos na geladeira. Ela também pediu um favor a Watson para ajudá-lo a obter alguns ingredientes. Ela ficou surpresa com a facilidade com que Draco seguia as instruções, levando o bolo de aniversário a sério como se estivesse fazendo um exame de poção para a prova de N.O.M.s

— Não vai explodir, você sabe, se as medidas do chocolate não forem exatas. — Ela mordeu o lábio com mais força quando ele fez uma careta. Ela quase perdeu a compostura quando ele a olhou imperiosamente, sem perceber o leve pó de farinha em seu nariz.

— Granger, as instruções dizem claramente...

— Um pouco mais de doçura não faria mal — ela acenou para ele e derramou um pouco mais de chocolate na massa. Draco pairou sobre ela enquanto ela continuava a misturar a massa.

Uma vez satisfeita, ela mergulhou o dedo nele. Ela tinha acabado de levar a mistura de chocolate aos lábios quando ele pegou seu pulso e fechou a boca em torno de seu dedo.

Lentamente, ele extraiu a boca, os dentes roçando a ponta do dedo dela. A mão dele permaneceu firme em volta do pulso dela. Sua respiração falhou quando ela percebeu o olhar sombrio em seus olhos. — Você está certa — ele respondeu.

Depois de fatiar o bolo, instalaram-se na biblioteca. O pomo de brinquedo de Pansy e Blaise bateu suas asas douradas pela sala, lembrando a Hermione um gordo besouro dourado. Apesar de não poder usar sua vassoura de brinquedo dentro de casa, isso não impediu o aniversariante de correr atrás dela.