Capítulo 12.

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"Sou frágil e profano.
Abra. Destrua. Coma."

– Tanaka Mhishi

— ... Temos motivos para acreditar que se trata de algum tipo de arma...

O olhar de Hermione não enxergava enquanto ela examinava a linha em seu pergaminho mais uma vez. Sua mente girava em torno das informações que Moody acabara de compartilhar. Ela estava sobrecarregada - tentou estabelecer conexões entre as informações separadas que havia encontrado, mas tudo o que conseguiu foram becos sem saída. Mesmo depois de semanas de pesquisa, ela ainda não havia chegado perto de entender os próximos passos de Voldemort para adquirir seu novo corpo. E agora, além disso, ela estava sem saber o que fazer com essa nova arma na qual ele supostamente estava trabalhando.

— Corpos de trouxas foram encontrados ao redor do perímetro da selva de Ostium. Esses corpos eram cascas. Deformados — Moody resmungou, antes de tomar um gole de seu frasco.

Murmúrios ecoaram pela sala. O olhar de Hermione se voltou para os outros dez sentados à mesa para a reunião. Os dedos de Ginny batiam inconscientemente na mesa, Seamus e Dean tinham as cabeças inclinadas em uma conversa silenciosa e Kingsley mexia em seus papéis com um olhar cansado. Os demais pareciam inquietos, com exceção de Malfoy, que estava sentado em frente a ela, com uma expressão vazia e um ar de indiferença.

— Como vocês podem ver no pergaminho distribuído — começou Kingsley, acalmando as conversas silenciosas. — estamos planejando enviar uma equipe - esta equipe - até o final desta semana para verificar o que está acontecendo.

A reunião continuou por mais uma hora, examinando os detalhes e a delegação de tarefas. Quando terminou, as pessoas saíram da sala com expressões de cansaço no rosto. Houve um tempo em que as reuniões terminavam com uma energia inquieta e entusiasmo por fazer parte de um objetivo maior. Mas agora, essa luz se apagou e tudo o que restou foram sombras de pessoas que foram forçadas a crescer muito mais rápido do que deveriam.

Hermione se virou, mas foi impedida por uma mão em seu ombro.

— Mione, como você está? — Hermione olhou para cima, sorrindo ao ver George Weasley. Seus cabelos eram brilhantes e indomáveis como chamas tremeluzentes e seu rosto tinha sardas em um padrão de constelações familiares. Apesar da cicatriz perversa ao longo da mandíbula e das bolsas sob os olhos, seu rosto ainda tinha um ar caloroso, juntamente com os traços de imprudência e travessuras de menino.

— Existindo — disse ela com um meio sorriso. Hermione evitou os olhares persistentes, principalmente os dos olhos cinzentos que a fitavam.

— Venha, vamos conversar um pouco, sim? — George lhe deu um sorriso torto e a abraçou, levando-a para fora da sala.

Um silêncio fácil se instalou entre eles quando se sentaram sob um carvalho atrás da casa de segurança. O ar estava frio à medida que o crepúsculo caía, mas Hermione o recebeu bem, o calor do álcool trouxa que George havia trazido já estava se espalhando pelo seu corpo.

— Como foi na Alemanha? — Hermione perguntou, sentindo-se agradavelmente zumbida.

— Não tão bem quanto esperávamos — disse ele com um sorriso sombrio. — Conseguimos recrutar muitos que haviam fugido da Grã-Bretanha no início da guerra. A maioria de suas famílias acabou sendo capturada ou morta, então eles não tinham mais nada a perder. Quanto ao governo, eles ainda relutam em se envolver - com muito medo de serem arrastados — disse ele.

Hermione franziu a testa e tomou outro gole da garrafa que tinha na mão.

— Mas chega dessa guerra — disse George, interrompendo seus pensamentos. — O Malfoy está lhe causando algum problema?

The Order Of Serpents | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora