Capítulo 22.

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"Perdoe-me, Pai, porque pequei.
É a imagem dela.
Ela é o cálculo,
O fim de toda religião.
Pois ela é um Deus,
E ela é real.
E eu abandonei tudo,
exceto Seu nome".

B. L. Cortez

A casa-forte à beira do lago estava em péssimo estado, com musgo espalhado pelos painéis de madeira mofada e tinta descascando como se estivesse recuando da estrutura. O único benefício que Draco supunha era o fato de que a única outra pessoa que estava ali era um velho ex-Auror que, pelo que ele havia observado durante as reuniões da Ordem, era um sujeito estranho e reservado.

— Papai, quantas noites vamos ficar aqui? — Scorpius sussurrou enquanto olhava para o gramado coberto de mato.

— Apenas três noites, Scorp.

— Vou fazer o almoço e depois vamos dar uma olhada no lago. O que você acha? — perguntou Hermione, cutucando o nariz do garoto. Scorpius deu uma risadinha em resposta e assentiu com entusiasmo.

Quando finalmente se acomodaram em seus quartos, Draco e Scorpius sentaram-se na mesa frágil da cozinha enquanto Hermione terminava de cozinhar. O ex-auror, Callum, estava na varanda, mexendo em um objeto mágico que girava e zunia. O homem lembrava a Draco o professor Slughorn - uma estranha semelhança infantil. Ele simplesmente acenou para eles quando chegaram, continuando a falar sozinho e a se contorcer. Hermione lhe assegurou que ele era um homem gentil e explicou que havia sido atingido por uma maldição que lhe viciou um pouco a mente, fazendo-o acreditar que objetos inanimados podiam falar. Ele ainda era capaz de lutar, mas só era chamado para participar de missões que precisavam de apoio. No entanto, as garantias dela não ajudaram Draco a se acalmar quando ele viu o mago repreendendo um relógio.

— Aqui está. — Hermione passou um prato de macarrão para cada um deles antes de se acomodar em sua própria cadeira.

— Mini, você pode, por favor, me dar mais vegetais? — disse Scorpius, estufando o peito com orgulho. Draco revirou os olhos, sem precisar ver a reação orgulhosa de Hermione.

— Sim, é claro! — a bruxa sorriu enquanto colocava mais tomates no prato dele. — Um menino tão bom, comendo vegetais! — Scorpius sorriu para ela parecendo muito satisfeito consigo mesmo, se não um pouco presunçoso.

— Você encontrou mais alguma informação sobre a localização? — Draco perguntou enquanto eles comiam.

— Nada demais — Hermione franziu a testa. "Não é propriedade de nenhum bruxo. A partir dos registros públicos trouxas que Kings conseguiu obter, tudo o que descobrimos foi que se tratava de um prédio trouxa abandonado. Eles detectaram a atividade dos Comensais da Morte há apenas uma semana. Moody suspeita que provavelmente seja um campo de treinamento para novos recrutas.

— Concordo com Moody — disse Draco, sombriamente. — Pelo que li no relatório da Weaslette, mais e mais Comensais da Morte estão sendo recrutados.

— Bem, vamos descobrir hoje à noite, não é mesmo?

— Feito! — O garotinho sorriu com o molho espalhado no rosto.

— Scorpius... — Draco levantou uma sobrancelha.

— Oh! — ele se sobressaltou, pegando o guardanapo e limpando o rosto. Draco bagunçou o cabelo do garoto.

— Ah, na verdade eu também fiz uma coisinha! — Hermione saiu de seu lugar e pegou um prato de cupcakes. Ela estava com pressa, então eles estavam desiguais, com a cobertura inclinada precariamente.

— Cuppa-cakes!

Hermione os colocou no meio. — Faz algum tempo que não faço - receita da minha mãe. Eles não são perfeitos, mas a cobertura deve ter ficado boa...

The Order Of Serpents | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora