Poemas de um coração lilás

O Poema Assassino de Poesias

Eu sinto falta de sonhar com a realidade
Esperar a semana toda por um momento de particularidade
Expressar tudo que sinto, deitado à tranquilidade
Encantar um coração erudito quanto ao meu ser
Enxergar de olhos fechados um sorriso crescer
E de novo lembrar que Orfeu não fez o sol nascer

Sou um oceano de tanto faz, mas não me faço tão bem
Sou seu cavaleiro sem cabeça, e sem coração também
Sou A Bixa que Sofre, sem um ombro pra chorar
Sou um sonhador de azuis, sem sonhos pra sonhar
Sou um escritor no escuro, que de seus versos é refém
Sou sem queixas, pois para queixar-me não há ninguém

Coração de pedra ou de gelo, me faça escolher
Cair na cilada de tentar o sentimento esconder
Colorir de transparente meu ardente fulgor
Castigar o meu peito por tentar sentir dor
Coração me julgando, pedindo por amor
Continuarei torturando-o, esperando longas-metragens até onde for

Agora eu só guardo seus versos no peito
Acalorados, beijando minha alma em seu leito
Amando amar amores amáveis sem amargura
Afundando a socos o sentir infeliz que não me segura
Arrancando cada membro seu dentro de dentro do meu peito de carcaça dura

Sou seu na minha mente, mas só te tenho no coração
Ser insuficiente pro mundo, me fez um azarão
Sei agora que para O Sol, o azarão era o mundo
Só me estilhaça saber que agora preciso estar mudo
Se eu soubesse ser eu hoje, ontem, teria mudado tudo

Solidão me fez feito de feituras em corrosão
Só não queria ter corroído a resolução
Sei que não foi tudo eu, mas ainda não consigo me perdoar
Se um dia eu puder me dar o perdão por nessa vida eu só sangrar
Saberei então, que poderei correr pros braços do seu amar

É coisa de pele, né?
Eu até dou risada da minha própria fé
E meu peito dança com uma mera e longínqua esperança
E minha mente se contorce, rodando e dando laço
Essa noite tão quente, se faz tão fria sem teu abraço

Zelo por mim mesmo, mas pelo motivo errado
Zéfiro tá deixando tudo tão enevoado
Zona de conforto, não é conforto real
Ziziei em versos, na esperança do meu ideal
Zonzeira doida, acordei pra ver o mundo irreal
Zizânia zoada zerou tudo em mim...