Fazem 3 luas cheias que adquiri filofobia
Fincando em uma boneca voodoo, um vermelho agonia
Fechando o corpo, colhendo a mente do chão
Folheando a massa que recobre minha emoção
Farejando os rastros do que se fez eudaimonia
Ficaria feliz até mesmo com migalhas da sua sinfonia.Iludindo a mim mesmo com um sonho que já acabou
Irrigando as feridas do meu nome que chamou
Iluminando onde a distopia criou morada
Imbuido de restos, meu sorrir de boca arrastada
Impelido dos passos dados pelo caos do meu eu
Ignorando que cada verso é pra não chamá-lo de meu.Letargia, já correu de mim faz tempo
Liricismo foi-se como brasas ao vento
Lembranças vem como um furacão
Lamentos recorrentes entraram em ação
Leotimia jamais poderia ser uma boa sensaçãoOlhar os meus sonhos de noite dói
Os meus sonhos tem uma visão, a qual meu coração corrói
Os astros caídos e cheios de um cacau doce-amargo
O arbusto na mata curto e encaracolado
O luar mais lindo que se pode imaginar
O sol brilhando como a estrela mais quente a amar
O mundo desabando como uma ferida aberta a sangrarFelicidade seria se como uma fênix eu fosse
Fazer-me de minhas cinzas, mais belo e doce
Falar como Afrodite e Cantar como Orfeu
Fingir que dessa forma algo estaria sob o controle meu
Fugir da sensação de não ser mais seuOutros diriam que estou sendo cruel
Ou então que minha dependência me fez réu
Olharia em seus rostos, concordando sem pestanejar
O amor me fez refém, mas não consigo o odiar
O Eros me trouxe medo, mas também afeição
O Anteros me trouxe calor, mas também me fez ser destruição
O Himeros me confortou, mas não me livrou da instabilidade
O Hermafrodito, bem, o tempo dirá se é de verdadeBeijei o sol ao final de um belo junho
Bendito seja quem o trouxe a meu caminho
Brasileiro completo não seria, se não tivesse um amor assim
Belo, doloroso, doce e forte, do início ao fim
Bem, quem eu quero enganar, a alma quem foi assim
Bater na mesma tecla, não apagará o sentimento de mimInóspito como estou, quem poderia me habitar?
Isso que dá, girar até vomitar, depois voltar de novo a rodar
Inevitável era parar pra minha reconciliação comigo
Inesperado era só ter que desamar meu ombro mais querido
Isso que dá, se olhar no espelho, esperar que te amem antes de se amarAgora é momento do sentimento descansar
Arrancar de dentro do peito a preocupação em outramar
Ajeitar o terno fino, lua a lumiar-se
A insegurança de talvez não mais sonhar, contentar-se
Arrancar do fundo do barro, o que é Leotimia
Ascender como o caos em plena disformia
Arrebatar tudo que tem no peito, ser a própria eutimia.
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Poemas de um coração lilás
PoetryNeste livro busco trazer minhas poesias feitas até hoje, quando me enxergo plenamente, em reflexão aos antigos textos que já criei (pois aqui terão alguns poucos textos também, fora da estrutura de poema). Este livro conta uma trajetória, uma histór...