Valar Morghulis

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Todos os homens devem morrer
Todas as mulheres arder em viva chama
Todes que ousarem beijar a morte, devem esmaecer
Tártaro, Elísios, meu Hades é púrpura ardente

Exatidão nunca foi meu hobbie
Exaustão nunca foi parte de uma fusão
Eloquência sempre foi nossa aptidão
E quando a gente desaprende a falar
É que acabaram as palavras

Reescrevendo cada língua humana
Raiva é sinônimo de loucura
Responde pra mim, eu sou sua raiva?
Revivi cada segundo, apagando os minutos
Repensar, não é se arrepender
Repenso, mas não me arrependo.

Meus sonhos ainda tem a visita do filho de Morfeu
Minha garganta ainda está seca sem seu liquor
Meu paladar ainda está indiscrito, sem seu doce amargor
Meu mundo ainda está escuro, sem a lua do teu sorriso

Isso é pro bem da nação, não é?
Ironicamente, a nação se compõe dentro de nós
Inimigos do fim, aceitaram a derrota
Índigo é uma cor, sabia?
Índigenicidade é incógnita, gênero é fluidez

Nem liga se eu chorar no seu ombro, tá?
Não é sempre que vou conseguir segurar
Nenhum momento de dor, expressar
No amor, existe um ciclo, lembra?
No início vem a cura, no final a dor.

Os meus dias não terão mais intrigas
O meu coração não vai ter mais locador
Orlas da minha praia, vazias
Orelhas sangrando rios
Olhos escorrendo o mar
O fim, não significa o desamar.

Poemas de um coração lilás Onde histórias criam vida. Descubra agora