Vou comprar arame farpado pra me enrolar
Viver vidas inteiras de olhos fechados
Verdejar pastando, com meu sangue a jorrar
Ver a força que prendi minha venda a nós apertados.
É um suco sulfúrico que tomo de barriga vazia
E foge do meu controle a palpitação cheia de dor
Essa sanção de sensações do meu peito até a bacia
Engasgo com meu próprio veneno, com seu frio calor
Eu tento correr, juro, mas meus pés já derreteram
Na fé juntaria os joelhos e bateria no chão
Na falta da possibilidade, basta tentar fazer parar
Não é fácil não sentir a peçonha em ação
Neurose de idéias corroendo até minha capacidade de respirar
Não há chão, não há abraço, não há ar.
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Poemas de um coração lilás
PoetryNeste livro busco trazer minhas poesias feitas até hoje, quando me enxergo plenamente, em reflexão aos antigos textos que já criei (pois aqui terão alguns poucos textos também, fora da estrutura de poema). Este livro conta uma trajetória, uma histór...
