Meu urso me contou uma vez
As coisas que com ele foram a se passar
Tanto fizeram mal ao ursinho, ó coitado.
Assassinos, todos eles, prendam-nos!!
Destruíram o coração frágil, fulgoroso e luminoso
Orquestraram contra meu ursinho
Reliz ursinho, nunca fez nada a ninguém.Mas a mãe do ursinho contou diferente
Ataca ela todas as noites, garras e dentes
Tanto me disse, que sai assustado
Até parece, meu ursinho ser esse desviado?
Deuses, nem se quer podia pensar
Ordinária que atormentou minha mente
Rejeito suas falas, rejeito sua dor, vamos a próxima e ver o que é veemente.Me fiz em pavor ao ouvir o amor
A ursinha, jovem, ferida e cheia de dor
Torrentes de facas pareciam tê-la acertado
Até parecia que navalhas a tinham cerrado
Depois que ela disse, que ursinho a tinha esfolado
Ouvi atentamente, tinha até a deflorado
Resolvi questionar, aquele urso assustadoMe vi frente a frente, a criatura em prantos
Obtive respostas, dos crimes os quantos
Rejeitei muito tempo, o que havia feito
Rastejei pelo chão, quando acertou o meu peito
Ignorei, desvirtuei e para as garras do urso me irei.
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Poemas de um coração lilás
PoesíaNeste livro busco trazer minhas poesias feitas até hoje, quando me enxergo plenamente, em reflexão aos antigos textos que já criei (pois aqui terão alguns poucos textos também, fora da estrutura de poema). Este livro conta uma trajetória, uma histór...